Agosto Dourado: a importância do aleitamento materno

Um novo mês e com ele inicia-se também uma campanha lindíssima: conscientizar a população sobre a importância da amamentação! O Agosto Dourado – Mês da AMAMENTAÇÃO, foi designado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como símbolo dessa luta, uma vez que pode salvar vidas. Essa campanha é linda, como todos sabem, eu defendo e incentivo a amamentação, os benefícios são incomparáveis a qualquer outro alimento. Embora seja um período incrível, a amamentação pode ser um grande desafio. Mas por que insistir e incentivar o aleitamento materno? Amamentar traz benefícios não só para a mãe, mas principalmente para o bebê, atuando diretamente no desenvolvimento dele. O leite materno possui todos os nutrientes e quantidade de água necessárias para os primeiros seis meses de vida. Vou listar para vocês alguns (porque são muitos) benefícios do leite materno para as crianças: Para começar, o leite materno possui a capacidade de adaptar-se às necessidades do bebê. Ou seja, supre completa e adequadamente as necessidades individuais da criança; Possui ômega 3 e ômega 6 em quantidade e proporção ideais para o bebê. Crianças amamentadas têm menos chances de serem obesas, terem hipertensão e colesterol elevado; Diminui a incidência de cólicas, vômitos e intolerâncias alimentares; Além de ser de fácil digestão e absorção pelo organismo do bebê, o que permite um aproveitamento completo dos nutrientes. E para as mamães? Bom, a mulher que amamenta apresenta menor risco de hemorragia, anemia e depressão no pós-parto, além disso diminui o risco de ter outras complicações, como o desenvolvimento de câncer de mama, de endométrio e de ovário; osteoporose e inúmeras outras doenças. Do ponto de vista estético, amamentar aumenta o gasto calórico. Ou seja, facilita a recuperação do corpo após a maternidade. Até quando amamentar? A recomendação é que o leite materno seja fonte exclusiva de alimentação até os seis meses de vida. Dos seis meses aos 12 meses, a alimentação complementa a amamentação. Dos 12 meses em diante, a amamentação complementa a alimentação. O aleitamento materno é uma questão de saúde pública. Não apenas as famílias e os profissionais precisam lutar por essa causa, mas também os Governos, que poderiam economizar bilhões em tratamentos doenças. Uma das principias coisas que podemos fazer para impactar as próximas gerações é apoiar o aleitamento materno!Essa luta precisa ser de TODOS! Vamos juntos fazer a diferença?
Como iniciar a alimentação complementar do seu bebê.
Sem dúvidas a alimentação complementar é um assunto que gera algumas incertezas para os papais e mamães. É normal não saber quais alimentos podemos introduzir na alimentação do bebê, o que oferecer, como preparar e quais quantidades oferecer, porém, há maneiras muito nutritivas de conduzir este processo que é tão significativo para o crescimento da criança. Separei aqui algumas dicas para elucidar as dúvidas frequentes que surgem neste momento de transição alimentar: Quando começar a alimentação complementar? Quando o bebê completa 6 meses de idade, seu corpo já apresenta um desenvolvimento psicomotor que pode sustentar seu pescoço e também o sentar. Neste momento, o bebê já pode começar a mastigar alimentos. Além disso, seu sistema digestivo já está mais maduro e o ph do estômago mais adequado. Ele já leva alimentos à boca e demonstra maior interesse na alimentação. Normalmente indico que se ofereça somente um tipo de fruta por vez. Assim, é possível observar a aceitação sobre um alimento e verificar as possíveis reações adversas que ele pode proporcionar. O exemplo na prática. Na primeira semana é interessante iniciar com frutas amassadinhas pela manhã, mantendo a indicação de uma por semana, para observar as reações do bebê. Banana amassada no garfo, maçã raspadinha e mamão papaya raspadinho são alguns exemplos de um bom café da manhã. Na segunda semana, você pode incluir outra fruta à tarde. Na terceira semana, você já pode, além de frutas, oferecer papinha no horário do almoço. Na quarta semana, papinha também no jantar. Essa etapa necessita muita calma e observação. Aos poucos, a alimentação vai ganhando espaço e novos sabores serão descobertos. Não podemos esquecer que a introdução da alimentação complementar é uma grande mudança na vida do bebê! O bebê tem seu próprio tempo É Importante saber que o bebê tem o seu próprio relógio biológico. Ou seja, às vezes o horário do almoço da família não será o mesmo que ele sentirá fome. É preciso que haja flexibilidade com a alimentação no início, respeitando o corpo da criança. Assim, a hora de comer será sempre relacionada com conforto e não com sofrimento. Incentivo é tudo! A rotina é uma corrida contra o tempo, mas tente priorizar e se disponibilizar para a troca da alimentação do bebê. Palavras de incentivo podem ajudar a tornar este momento mais prazeroso, pois o pequeno absorve e assimila tudo que acontece! Respeite sua individualidade. Às vezes determinados alimentos serão aceitos com o tempo, ou com outro tipo de preparo. Não opte por traumatizar a criança, forçando por algo que ela não quer no momento. Porém, também não é aconselhável oferecer apenas o que ela aceita com naturalidade. Tente dar o mesmo alimento 10 a 15 vezes, para acostumar o paladar. Independentemente do método alimentar aplicado, é preciso ter em mente que cada criança carrega suas particularidades. Algumas com 9 meses de idade realizarão refeições de 1 a 2 vezes no dia. Já outras, apenas 4 vezes por dia. Não faça comparações entre as crianças e lembre-se: cada ser é um universo completamente diferente. A melhor maneira para fluir o momento da alimentação complementar, então, é respeitando o seu tempo e do bebê, buscando conhecimento sobre os alimentos e desfrutar dessa etapa com tranquilidade, sem pressionar qualquer mudança. Importante! – Treine a mastigação do pequeno. Evite alimentos líquidos ou peneirados para que estimule os dentinhos – Não ofereça alimentos temperados, sal ou açúcar demais. Como o paladar é basicamente novo, ainda não possui vícios alimentares e pode aprender desde cedo a ingerir com cautela os temperos. Você pode ler mais sobre isso aqui e aqui. – O ovo é um bom alimento e indicado desde que a criança não possua alergia. Uma ótima maneira de compartilhar saberes sobre a maternidade é encontrar um local de debates de mãe para mãe. Cadastre-se no Clube! Assim você recebe mais informações e também receitas exclusivas. Até a próxima! Andréia Friques