É necessário se exercitar durante a gestação?
Manter uma rotina regular de exercícios durante a gestação pode ajudá-la a se manter saudável e a sentir-se bem. Estar fisicamente ativa durante a gravidez oferece muitos benefícios à mulher, entre elas saúde psicológica, melhor condicionamento aeróbio e menor risco de ganho excessivo de peso. Sabemos que a atividade física pode prevenir o diabetes gestacional, aliviar o estresse e aumentar a resistência necessária para o trabalho de parto e o parto. Mas é claro que toda atividade física durante a gestação deve contar com a orientação de um profissional capacitado e deve ser autorizada pelo obstetra que faz o acompanhamento pré-natal. E para conhecer mais sobre os benefícios do exercício durante a gestação, confira o artigo que preparei abaixo! Benefícios da atividade física na gestação Os benefícios de caminhar, nadar ou dançar durante a gestação não são bons apenas para as mamães. O exercício é tão bom para o seu bebê quanto para você. Confira alguns dos benefícios potenciais do exercício durante a gestação para seu bebê: Probabilidade reduzida de diabetes Um estudo descobriu que ratos nascidos de mães que se exercitavam tinham melhor sensibilidade à insulina, até mesmo quando adultos. Contribuição para a saúde cerebral Em um estudo em que foi analisado a prole de camundongos de fêmeas prenhas submetidas ao exercício físico foi demonstrado que os descendentes desse grupo eram menos propensos à neurodegeneração. Menor IMC Pesquisadores também demonstraram que filhotes de fêmeas prenhas submetidas ao exercício físico na gestação eram menos propensos a obesidade e diabetes. Além disso, observaram o mesmo efeito em animais que receberam uma dieta rica em em gordura. Um coração saudável Um grupo de pesquisadores analisando bebês observaram que a rotina de exercícios regulares durante a gestação reduziu a frequência cardíaca dos fetos na 36ª semana de gestação. Em 2014, fizeram o acompanhamento dos bebês com 1 mês de vida e observaram que os efeitos dos exercícios praticados pela mãe na gestação ainda estavam influenciando a frequência cardíaca dos bebês, mesmo após o nascimento. Leia também::: Vitamina B12: Suplementação fundamental na gestação Pratique exercícios na gestação Mesmo que a maioria dos estudos tenham sido realizados em animais, os resultados são bastante promissores para humanos. Além disso, a maioria dos estudos sobre os benefícios dos exercícios durante a gestação analisa os efeitos de cerca de 150 minutos de tempo ativo por semana. Essas sessões podem ser cinco sessões de meia hora ou três ou quatro aulas mais longas. A prática de qualquer atividade física que favoreça ao aumento da sua frequência cardíaca e mantenha seus músculos ativos são importantes, pode ser: caminhada, corrida, ioga, pilates, dança, aulas de aeróbica e natação. Assista também::: Principais causas de DIABETES GESTACIONAL Vá no seu tempo Além disso, se você é gestante, respeite o seu tempo. Faça atividade conforme a sua capacidade e vá aumentando aos poucos a duração, a intensidade e a frequência. Dedique-se a prática de atividade física, reserve um tempo para isso. Vai valer a pena! Apenas certifique-se de seguir as regras de segurança para exercícios durante a gravidez: evite esportes de contato e atividades com alto risco de queda. E interrompa o exercício, caso venha sentir qualquer desconforto. Também sempre converse com o seu obstetra, avaliando os eventuais riscos. Espero que tenha gostado do artigo sobre exercícios durante a gestação e seus benefícios. E para mais dicas e informações, siga também meu canal no Youtube!
Exposição ao Bisfenol-A promove riscos na gestação?
O Bisfenol-A (BPA), é um composto químico usado em larga escala na produção de plásticos, devido ao seu baixo custo e também por garantir resistência e durabilidade aos produtos acabados, sendo assim, a indústria tem grande interesse em utilizá-lo na linha de produção. O problema é que ele impacta diretamente na saúde humana e promove riscos à gestação e também ao bebê. O Bisfenol-A é usado na produção de quase tudo que temos contato no dia-a-dia, desde garrafas plásticas de água, recipientes utilizados para armazenamento de alimentos, e recibos de papel, por exemplo. O BPA foi produzido na década de 1890, por um químico russo.Inicialmente ele foi considerado para uso como um estrogênio artificial, uma vez que imitava fortemente o efeito dos hormônios estrogênicos no corpo. Em meados do século passado, o BPA foi empregado na fabricação de plásticos de policarbonato e resinas epóxi, devido a produção de plásticos mais resistentes “inquebrável” quando aquecidos ou resfriados. O BPA sempre foi barato e eficaz, daí o uso comercial generalizado desse produto químico extremamente prejudicial à saúde. Apesar da crescente evidência de que o BPA está ligado a efeitos colaterais graves, estudos indicam que as pessoas ainda estão expostas a níveis prejudiciais de BPA. Isso provavelmente se deve ao fato de que você pode encontrá-lo em qualquer lugar, seja em garrafas plásticas descartáveis de água, recibos de compras realizadas em supermercados, lojas, postos de combustíveis e tantos outros lugares, brinquedos infantis, em alimentos enlatados e etc. Para falar mais sobre essa substância tão presente em nossas vidas e ao mesmo extremamente prejudicial à saúde e capaz de promover riscos à gestante, preparei o artigo abaixo! Como o BPA afeta a saúde O Bisfenol-A possui atividade estrogênica e, portanto, capacidade de interferir no sistema endócrino. O BPA tem sido associado a causa de problemas reprodutivos, imunológicos e neurológicos. Também está ligado a um aumento da probabilidade de Alzheimer, asma infantil, doenças metabólicas, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. O BPA é solúvel, portanto, gera uma preocupação ainda maior, pois ao entrar em contato com líquidos ou ao ser aquecido, a ligação formada com o plástico pode se rompida e o BPA pode contaminar os alimentos, seja a água ou alimentos sólidos. Além de poder afetar a reprodução masculina ou feminina, também pode afetar o bebê que está sendo gerado. Afinal, ele atua como um disruptor endócrino, podendo comprometer o desenvolvimento como um todo, com consequências para o resto da vida. Estudos epidemiológicos mostram uma associação entre o BPA e efeitos adversos na saúde perinatal, infantil e adulta. Leia também::: Bisfenol-A: Uma ameaça para a fertilidade Impactos no desenvolvimento fetal As condições necessárias para o desenvolvimento de um feto saudável são bem peculiares e requer uma atenção toda especial. Afinal, alguns eventos nessa fase poderão ter impactos negativos por toda a vida. Já sabemos que durante a gravidez as mulheres não devem beber álcool ou fumar e que precisam ter muito cuidado com as escolhas alimentares. As mulheres que se preparam para engravidar e as gestantes precisam estar atentas com os plásticos com os quais entram em contato. Inclusive, um estudo descobriu que o BPA tem um efeito negativo em alguns processos de desenvolvimento fetal. A maneira como isso acontece é preocupante. Essencialmente, o BPA no corpo da mulher atua similarmente a um hormônio, “engando” o sistema reprodutor. Isso bloqueia ou altera a produção dos hormônios naturais do corpo, isso pode comprometer a qualidade e quantidade dos óvulos de uma mulher, bem como alterar o DNA do feto e favorecer ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Em mulheres, os níveis séricos de BPA correlacionaram-se com a ocorrência de abortos espontâneos e até mesmo casos de infertilidade. A exposição pré-natal ao BPA também foi correlacionada ao aumento do risco de asma infantil. Outro estudo, demonstrou que a exposição ao BPA está associada a menores taxas de crescimento fetal e menor peso ao nascer. Assista também::: Alimentos que gestantes devem evitar O plástico sem BPA é seguro? Existem no mercado os chamados plásticos ‘livres de BPA’, normalmente, são garrafas plásticas reutilizáveis, no entanto, precisamos ficar atentos. Sabe por quê? Os fabricantes precisam continuar produzindo os plásticos para permanecerem no mercado. Para isso utilizam o Bisfenol com pequenas alterações na molécula, conhecidas como BPS e BPF. Essas substâncias são extremamente prejudiciais à saúde, como o BPA. Algumas evidências em relação aos produtos “BPA free” tem demonstrado que a estratégia da indústria em utilizar o BPS não garante segurança aos usuários. Essas substâncias também interferem no sistema endócrino, causando inúmeros efeitos deletérios sobre o organismo, afetando principalmente a reprodução. Portanto, é fundamental atentarmos para a nossa exposição ao Bisfenol, seja ele A, S, F e outros que existem no mercado, pois as descobertas dos prejuízos em relação ao uso dessas substâncias estão apenas começando. E de forma ainda mais especial as mulheres gestantes, pois os prejuízos poderão impactar por toda a vida de seus bebês, mesmo que ainda estejam em desenvolvimento. Espero que o artigo sobre os riscos que o Bisfenol-A na gestação tenha sido claro. Para aprofundar ainda mais o seu conhecimento, confira meu livro “Epidemia do Plástico – Bisfenol A (BPA): Você precisa saber!” É só clicar no botão abaixo!
Quais os benefícios do consumo de tâmaras na gravidez?
Quando se trata de gravidez, desejamos um trabalho de parto tranquilo, rápido, sem intercorrências e traumas. O objetivo é que seja o mais saudável possível. Existem, inúmeras coisas que você pode fazer para ajudar no trabalho de parto. Há evidências, que mostram que a ingestão de tâmaras também pode ajudar nessa etapa. Estudos mostram que comer tâmaras durante as últimas semanas de gravidez pode ter efeitos positivos no trabalho de parto e no pós parto. Elas ajudam no “amadurecimento” do colo do útero, o que pode reduzir a duração do trabalho de parto, reduzindo assim a necessidade de ocitocina e prostaglandinas para induzir o parto. Para falar mais sobre os benefícios do consumo dessa fruta durante a gestação, preparei o artigo abaixo que está repleto de informações. Confira! Benefícios das tâmaras As tâmaras são seguras e benéficas para a mãe e seu bebê. O açúcar das frutas se decompõem e fornecem energia sem causar um aumento significativo nos níveis de glicose no organismo. Além disso, elas podem satisfazer o desejo por doces. A ingestão da fruta, pode fornecer energia durante o trabalho de parto e ainda pode ajudar a promover as contrações uterinas, aumentando a sensibilidade do útero à ocitocina. Comer tâmaras pode facilitar o trabalho de parto, bem como reduzir a incidência de hemorragia pós-parto. Essa fruta também é riquíssima em vitaminas e minerais. Apenas 100 gramas delas nos fornecem: Folato – 15mcg Ferro- 0,9mg Vitamina K – 2.7mcg Magnésio – 54mg Potássio – 696mg Leia também::: Quais alimentos aliviam o enjoo na gravidez? Como ela ajuda na gravidez? Aqui estão alguns benefícios específicos de comer tâmaras durante a gravidez: Fornece energia Durante a gravidez, você precisa de mais energia do que o normal. Consumir uma porção de tâmaras todos os dias fornecerá energia e nutrientes que colaboram com a saúde e bem-estar para as atividades diárias. Alívio da constipação As tâmaras são fontes ricas em fibras, contribuindo para o bom funcionamento do intestino, ajudando a aliviar a constipação que muito comum na gravidez. Prevenção de má formação As tâmaras são uma boa fonte de folato. O folato previne deficiências congênitas relacionados ao cérebro e à medula espinhal. A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda suplementos de folato e ingestão de alimentos ricos em folato antes e durante a gravidez, para prevenir deficiências congênitas. Vitamina K Os bebês nascem com baixo teor de vitamina K, que auxilia na coagulação e no desenvolvimento ósseo. Portanto, a ingestão materna de tâmaras durante e após a gravidez, pode ser uma fonte dessa vitamina, inclusive através do leite materno. Ferro As tâmaras contêm ferro e podem ajudar na prevenção da anemia durante a gravidez. Mantém o equilíbrio hídrico As tâmaras contêm potássio, que mantém o equilíbrio hídrico no corpo, regula a pressão arterial e evita cãibras musculares. A deficiência desse mineral pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Ossos e dentes do bebê O magnésio é um mineral essencial, auxilia na formação dos dentes e ossos do bebê. Também regula os níveis de açúcar no sangue e de pressão arterial. As tâmaras ajudam na prevenção da deficiência de magnésio na gravidez, o que pode aumentar o risco de hipertensão crônica, pré-eclâmpsia, disfunção placentária e parto prematuro. Leia também::: Vitamina B12: Suplementação fundamental na gestação Consuma tâmaras na gravidez! Como é possível perceber, consumir tâmaras durante a gravidez é uma forma excelente de dar mais energia e saúde ao corpo tanto da mamãe quanto do bebê! E elas podem ser consumidas em qualquer fase da gestação. É claro que deve-se evitar o excesso! Além disso, embora as tâmaras sejam uma fonte de coisas boas, siga sempre a orientação do seu nutricionista materno-infantil sobre como, quando e quanto consumir para prevenir quaisquer efeitos indesejados. As tâmaras podem ser uma excelente alternativa para substituir a utilização do açúcar durante a gravidez, seu desejo por doce será atendido! E para mais dicas e muita informação, siga meu canal do Youtube!
Depressão pós-parto: alimentação pode influenciar?
A nutrição da mãe após o nascimento do bebê desempenha um papel importante na recuperação da gravidez e do parto. Além disso, contribui para o bem-estar e diminui o risco de transtornos mentais, como a depressão pós-parto. Um número impressionante de mulheres enfrentam transtornos perinatais de humor e ansiedade nos meses e anos após o parto. Muitas delas, não recebem ajuda e o apoio que precisam para a recuperação e o estabelecimento da saúde. Estima-se que até 1 em cada 4 mulheres sofre de transtornos mentais maternos, como depressão pós-parto ou ansiedade, durante ou após a gravidez. Dentre os transtornos mentais maternos, a depressão pós-parto, é a complicação mais comum após o nascimento dos bebês. Isso pode surgir como um novo problema ou uma recorrência de uma condição de saúde mental pré-existente. Nesse sentido, a nutrição adequada da mãe também tem papel fundamental na prevenção do transtorno. E é sobre isso que explico no artigo abaixo. Boa leitura! Como a depressão pós-parto acontece Inúmeros são os fatores que favorecem o desenvolvimento de problemas que comprometem a saúde mental. Entre eles estão componentes físicos (relacionadas ao corpo) e estressores ambientais (experiências que nos afetam), entre outros. Abaixo temos alguns fatores que colaboram para os problemas de saúde mental materna: História familiar Doença mental anterior Experiências de parto difíceis ou traumáticas Exposição recente a estressores psicológicos Falta de apoio familiar ou econômico Excesso de cuidados com o bebê Desequilíbrios Hormonais Nutrição inadequada, falta de nutrientes ou dieta de má qualidade Acesso limitado aos cuidados com a saúde Não há um único fator associado aos transtornos mentais maternos que possa ser identificado como a causa da depressão pós-parto. Ela costuma ser o resultado de inúmeros fatores que se combinam e geram inúmeros problemas na vida das mulheres. É importante reconhecermos que muitos dos fatores que contribuem para a depressão pós-parto, não são necessariamente coisas que podemos controlar ou prevenir, como a genética ou como colocamos nossos filhos ao mundo, seja por cesariana ou parto normal. Entretanto, existem algumas situações relacionadas ao nosso bem-estar, sobre as quais temos controle, a forma como nos cuidamos e nutrimos o nosso corpo, faz toda diferença. A nutrição pode entrar em cena, de maneira fundamental, pois uma alimentação rica em micro e macronutrientes, ou seja, tendo quantidades ideias de vitaminas, minerais, carboidratos, proteínas e lipídios pode colaborar para o bom funcionamento da máquina — chamada CORPO HUMANO — e com equilíbrio as mulheres poderão passar pelo período de vulnerabilidade que é a gestação e o pós parto. Como a nutrição pode melhorar a depressão pós-parto Nutrientes específicos são necessários em maiores quantidades durante a gravidez e após o nascimento do bebê, e as deficiências desses nutrientes podem aumentar o risco de depressão pós-parto. A nutrição desempenha um papel importante na regulação hormonal, saúde intestinal, imunidade e funcionamento neuroendócrino. Alguns dos nutrientes que podem estar relacionados com a depressão pós-parto incluem: Selênio, zinco e ferro Vitamina D Vitaminas B, incluindo B-6, B-12 e folato Ácidos graxos Ômega-3 Quando esses estoques de nutrientes são esgotados durante a gravidez e não são repostos adequadamente no período pós-parto, pode funcionar como um gatilho aumentando o risco de transtorno de humor e depressão pós-parto. Embora a depressão pós-parto e outros transtornos mentais maternos não possam necessariamente ser evitados, há muitas coisas que podem ser feitas para ajudar a diminuir o risco geral para tais condições. Otimizar a nutrição pós-parto por meio da dieta pode ser uma forma eficaz de ajudar a diminuir o risco de sofrer de depressão pós-parto, no entanto, na maioria das vezes a suplementação se faz necessária. Um plano abrangente de cuidados pós-parto pode apoiar a saúde geral, de uma forma a promover a recuperação e a cura física, emocional e mental. Leia também::: Quais alimentos aliviam o enjoo na gravidez? Preocupações nutricionais durante a gravidez e pós-parto Gravidez, parto, recuperação pós-parto e a produção de leite materno requerem demandas adicionais de nutrientes do corpo da mulher. Com isso, as deficiências de nutrientes surgem mais facilmente durante esse período. O corpo da mulher pode ter deficiência de nutrientes essenciais, pois as necessidades do bebê são supridas a partir do corpo da mãe. As incisões cirúrgicas envolvidas no parto cesáreo e quaisquer lacerações decorrentes do parto vaginal são feridas que requerem uma quantidade significativa de energia e nutrição para cicatrizar. Importância da nutrição materno-infantil Normalmente, a nutrição pré-natal é enfatizada durante a gravidez, e por um bom motivo. A gravidez pode ser um momento motivador para cuidar do corpo. As mulheres no pós-parto também têm demandas crescentes de nutrientes, especialmente para a recuperação e para apoiar a amamentação. No entanto, o pós-parto é um dos momentos mais desafiadores para ter uma dieta ideal, por contada nova vida da mãe. Entre as demandas de cuidar de um recém-nascido e a adaptação às muitas transições após o parto, é difícil encontrar tempo para alimentar o corpo de maneira adequada. A nutrição cai facilmente no esquecimento durante o pós-parto, mas essa janela de tempo é vital para repor os estoques de nutrientes que podem ter sido esgotados durante a gravidez e no parto. Além disso, a maternidade é fisicamente exigente, entre outras coisas, e as deficiências de nutrientes podem desencadear uma série de complicações que podem ter impactos negativos na vida das mulheres. Leia também::: Vitamina B12: Suplementação fundamental na gestação Tenha apoio profissional Se você não sabe como otimizar sua nutrição durante a gravidez e no pós-parto ou tem dificuldade para se alimentar bem, saiba que não precisa fazer isso sozinha. Por isso, ter orientação profissional de uma nutricionista materno-infantil ao longo de sua jornada pode ajudá-la a se sentir mais confiante, em relação à alimentação para uma gravidez saudável e recuperação pós-parto. Mas é importante compreender que a depressão pós-parto é uma doença mental grave que muitas vezes requer tratamento. Suplementos e mudanças na dieta fazem parte dos protocolos de tratamento para a depressão pós-parto. Portanto, tão importante quanto a nutrição ao longo da gestação, é também a nutrição da mamãe
Bisfenol-A: Uma ameaça para a fertilidade
O bisfenol-A ou BPA é um produto químico encontrado em alguns plásticos e resinas epóxi. Quando consumido, traz sérios danos ao corpo humano e pode até mesmo afetar a fertilidade. Ele está presente em embalagens plásticas de alimentos e em garrafas de água, e também no revestimento interno de alguns alimentos enlatados. O problema é que quanto esse plástico é exposto a altas temperaturas, seja aquecendo no micro-ondas, ou em contato com alimentos muito quentes, eles liberam o BPA. Dessa forma, ele entra no corpo humano e age como um disruptor endócrino, afetando a capacidade natural do corpo humano de produzir hormônios. Afeta ainda a fertilidade, e é sobre isso que abordo no artigo abaixo. Siga a leitura para saber mais! O que é o bisfenol-A? O BPA (2,2-bis (4-hidroxifenil) propano) ou bisfenol-A é um composto sintético à base de carbono. Ele tem sido usado em muitos produtos domésticos desde a década de 1950. Hoje em dia, os plásticos contendo BPA são comumente usados em recipientes de comida, garrafas plásticas e outros itens. O BPA também é usado para fazer resinas epóxi. Elas são espalhadas no revestimento interno de embalagens de alimentos enlatados para evitar que ocorra a corrosão do metal. A principal fonte de exposição ao BPA é através da alimentação., uma vez que, os recipientes são produzidos com BPA. Isso permite que parte dele seja liberado e se misture com o conteúdo do recipiente, uma vez que alimentos ou líquidos estão acondicionados. Por exemplo, um estudo descobriu que os níveis de BPA na urina diminuíram 66% após três dias, durante os quais os participantes evitaram alimentos embalados. A OMS (Organização Mundial de Saúde) relatou que os níveis de BPA em bebês amamentados eram até oito vezes mais baixos do que em bebês alimentados com fórmula líquida de mamadeiras contendo bisfenol-A. Leia também::: Prevenir alergias alimentares do bebê: existe a possibilidade? Como afeta a fertilidade? O BPA pode afetar vários aspectos de sua fertilidade. Um estudo observou que mulheres com abortos espontâneos frequentes tinham cerca de três vezes mais BPA no sangue do que mulheres com gestações bem-sucedidas. Além do mais, estudos com mulheres submetidas a tratamentos de fertilidade mostraram que aquelas com níveis mais elevados de BPA têm produção de óvulos proporcionalmente mais baixa e têm até duas vezes menos probabilidade de engravidar. Entre os casais submetidos à fertilização in vitro, os homens com os níveis mais altos de BPA tinham 30-46% mais probabilidade de produzir embriões de qualidade inferior. Um estudo separado descobriu que os homens com níveis mais elevados de BPA eram 3-4 vezes mais propensos a ter uma baixa concentração de esperma e baixa contagem de esperma. Além disso, os homens que trabalham em empresas de manufatura de BPA na China relataram 4,5 vezes mais dificuldade erétil e menos satisfação sexual geral do que outros homens. Como o bisfenol-A age no corpo O bisfenol-A é um desregulador endócrino, que interfere na produção e função de hormônios reprodutivos como estrogênio e testosterona. Evitar o BPA não é importante apenas enquanto você está tentando engravidar, mas é importante enquanto você está grávida. O BPA foi encontrado no líquido amniótico, e níveis elevados de exposição ao feto podem resultar em efeitos negativos sobre o desenvolvimento do cérebro e do sistema reprodutivo. Como um composto estrogênico, o BPA foi associado a muitos distúrbios reprodutivos, como síndrome do ovário policístico, infertilidade, endometriose e problema na tireoide. O BPA foi encontrado no fluido folicular ao redor dos óvulos em desenvolvimento, tecido endometrial dentro do útero e em níveis elevados na urina de mulheres com aborto espontâneo. Leia também::: Alimentação orgânica para crianças: quais os benefícios? Evite o bisfenol-A sempre que possível Uma forma de evitar essa ameaça à fertilidade e à saúde em geral é evitar ao máximo recipientes que tenham bisfenol-A em sua composição. Portanto, mude a água de uma garrafa de plástico para uma garrafa de aço inoxidável ou vidro. Também mude do armazenamento de alimentos e sobras em recipientes de plástico para opções de vidro ou aço inoxidável. Mas, para identificar os produtos que contêm bisfenol-A é importante observar nas embalagens a presença do nº 7 dentro do símbolo de reciclagem do plástico. Isso indica que o material foi feito utilizando BPA. Dessa forma, você protege você e sua família dessa terrível ameaça. E para saber ainda mais sobre o bisfenol A, confira o e-book que preparei sobre o tema. É só clicar no botão abaixo!
Vitamina B12: Suplementação fundamental na gestação
A gravidez é um momento em que a mulher deve ficar ainda mais atenta à sua saúde e aos seus hábitos alimentares. Conforme estudos recentes, os níveis de vitamina B12 devem estar entre os desejados para uma gestação saudável e também para a saúde do bebê, sendo assim, merece toda a atenção. A vitamina B12 é vital para a formação dos glóbulos vermelhos, bem como para o bom funcionamento e saúde do tecido nervoso. Se não for tratada, a deficiência pode levar à anemia e até causar dano cerebral, podendo ser irreversíveis. Dessa forma, é importante que os níveis no organismo da mulher sejam avaliados e, em caso de deficiência, seja feita a suplementação. Para falar mais sobre vitamina B12 e gestação, preparei o artigo a seguir. Vamos conferir? Quais os benefícios da vitamina B12? De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a vitamina B12 é fundamental na para prevenção de danos em relação ao fechamento do tubo neural e outros problemas neurológicos em bebês. Além disso, destacam que cerca de 1 em 20 adultos apresentam deficiência dessa vitamina, que é essencial. Ela é uma fonte de micronutriente energético por uma série de razões. O seu organismo depende dela para: Digestão, absorção de alimentos, uso de ferro e metabolismo Saúde reprodutiva feminina e gravidez Funcionamento saudável do sistema nervoso Regulação e formação de glóbulos vermelhos Função do sistema imunológico saudável Vigor físico, emocional e mental Os sinais e sintomas iniciais da deficiência de vitamina B12 podem ser sutis — mas com o tempo, eles se tornam mais perceptíveis. Os baixos níveis dessa vitamina podem dar origem a uma série de problemas de saúde, incluindo: Perda de apetite Problemas de equilíbrio Prisão de ventre Fadiga Feridas na boca ou língua Fraqueza Leia também::: A importância das fibras na alimentação infantil? Vitamina B12 e gravidez Baixos níveis de vitamina B12 em mulheres grávidas podem levar a um aumento do risco de má formação do tubo neural, parto prematuro, pré-eclâmpsia e interrupção da gravidez como publicado no The American Journal of Clinical Nutrition. Os autores realizaram uma revisão da literatura sobre a frequência com que as mulheres grávidas tinham deficiência de vitamina B12, e observaram que, em média, cerca de 25% das mulheres grávidas apresentavam deficiência em todos os trimestres. Sabe-se que a vitamina B12 atua em estreita colaboração com o ácido fólico. Desempenhando um papel significativo no funcionamento normal do sistema nervoso e na formação de glóbulos vermelhos do feto. E ainda, por si só, tem funções importantes na síntese de DNA, na formação do tecido sanguíneo e no crescimento saudável do feto. Ela também é ativa na produção de hormônios e neurotransmissores, tanto para a mamãe quanto para o bebê. Como obter vitamina B12? Durante a gestação, seu nutricionista ou médico obstetra pode prescrever a suplementação. Porém, ela também pode ser encontrada em alguns alimentos, tais como: Carne vermelha Ovos Leite Aves Peixe Ou seja, mulheres que adotam uma alimentação vegana devem estar mais atentas aos baixos níveis de B12, já que a origem principal dessa vitamina na alimentação vem de fontes de origem animal. Portanto, quando o consumo de alimentos de origem animal é pequeno ou nenhum, a introdução de B12 por meio de alimentos fortificados ou suplementação é fundamental. Leia também::: Qual é a quantidade de comida que o bebê deve comer por dia? Cuide de você e do seu bebê Por conta do estoque relativamente grande de B12 em nosso organismo (suficiente para durar vários anos), o início da deficiência de B12, acontece de maneira gradual. A ingestão inadequada geralmente não é a causa de uma deficiência, ao contrário, a má absorção é a principal causa. No entanto, uma deficiência pode resultar em sintomas que afetam o sangue, o cérebro e o intestino, e como mencionamos, podem trazer consequências ao desenvolvimento do bebê. Portanto, se você pretende engravidar ou está grávida, saiba que a vitamina B12 desempenha um papel preponderante na sua saúde e também na saúde do bebê. Hábitos alimentares saudáveis, contribuem para manutenção dos níveis adequados da vitamina B12, no entanto, a suplementação pode ser necessária para alguns indivíduos. Por isso, converse com o profissional da saúde que te acompanha, sobre a necessidade ou não de suplementação. O profissional é sempre a melhor pessoa para avaliar sua condição e suas necessidades. Espero que tenha gostado do artigo sobre vitamina B12 e gestação. E caso queira seguir recebendo dicas e muitas informações, siga meu canal no Youtube. Há sempre vídeos novos por lá!
Quais alimentos aliviam o enjoo na gravidez?
Os enjoos na gravidez são comuns, principalmente no primeiro trimestre. Esse enjoo no início da gestação deve-se principalmente pelo aumento repentino de hormônios beta HCG no corpo feminino. Normalmente, as gravidinhas sentem esse mal-estar pela manhã. Afinal de contas, o corpo da mulher está passando por mudanças profundas e se preparando para gerar uma nova vida. A notícia boa é que esse desconforto dos enjoos e dos vômitos podem ser minimizados. Felizmente, há alguns alimentos que aliviam o mal-estar causado pelos enjoos. E é sobre aliviar esses enjoos na gravidez que falo abaixo. Vamos conferir? Os enjoos na gravidez Os enjoos matinais são náuseas e/ou vômitos experimentados durante a gravidez. Estudos inclusive apontam que cerca de oito em cada dez mulheres apresentam enjoos na gravidez logo pela manhã. Aliás, uma coisa que se tornou quase como um sintoma da gravidez são os enjoos. Vemos na TV mulheres que suspeitam estarem grávidas e já com sinais de enjoo. Claro que há um certo exagero nisso tudo, mas o fato é que eles fazem parte da gestação da grande maioria das mulheres nas primeiras semanas. Para outras, o enjoo pode inclusive durar toda a gestação. Outro ponto importante é que náuseas e vômitos intensos, especialmente se você não consegue engolir nenhum líquido, podem resultar em desidratação. E isso pode ser especialmente prejudicial durante a gravidez. Leia também::: Por que existem alimentos que a gestante não deve consumir? Como a alimentação pode ajudar O primeiro passo é entender o que a mulher tolera como alimento nesse período. Sempre receito um plano alimentar dentro do que considero ideal, mas pode acontecer da mulher não tolerar um item ou outro. Algo que acontece bastante é a mulher sentir o enjoo logo cedo, quando se levanta da cama. Nesse caso, a orientação é que elas tenham algo ali do ladinho da cama, no criado mudo, para comer antes mesmo de sair da cama. As mulheres podem ter um biscoito salgado, uma torradinha integral, um biscoito de polvilho integral. Ao comer esses alimentos “salgados” — em geral, as grávidas toleram mais. Lembrando que é importante aguardar alguns minutinhos, e só então depois se levantar. Acredito que em muitos casos esses enjoos na gravidez estão ligados a uma hipotensão postural. Quando ela se levanta pode ter uma leve queda na pressão e esse enjoo iniciar, então vale a pena levantar mais devagar. Dê preferência pelos sólidos Outra dica são os alimentos sólidos. É muito importante a gestante se manter hidratada, mas isso pode desencadear o enjoo. Como solução recomendo ela chupar um gelinho, fazer um picolé com frutas naturais. Isso ajuda a manter o corpo hidratado. Uma coisa que observamos bastante é que a grávida tolera também melhor o que é ácido. Por isso, o iogurte, a coalhada, ou mesmo uma água com algumas gotas de limão são sempre indicadas. Também é importante a mulher não ficar muito tempo de estômago vazio. Inclusive recomendo que elas façam ao menos quatro refeições ao dia. No plano alimentar, o ideal é que ela faça um bom café da manhã e um bom lanche à tarde. Além de duas refeições principais, que seria o almoço e o jantar. Isso também ajuda bastante a evitar os enjoos na gravidez. Mas há casos que é necessário reduzir ainda mais esse tempo entre refeições, com lanches menores, como uma torradinha, para evitar que essas ondas de enjoo retornem. A mulher gestante também deve evitar alimentos muito gordurosos ou muito condimentados. Isso pode contribuir para a sensação de mal-estar após as refeições. Leia também:::: Quais bebidas para grávidas são permitidas? Tudo vai passar Infelizmente os enjoos na gravidez são parte do processo de mudança do corpo feminino. Ele se prepara para gerar uma vida. Em geral, são mais frequentes no primeiro trimestre e depois passam. Por isso, faça o seu melhor para permanecer firme e praticar o autocuidado. Descanse bastante e também mantenha a calma praticando técnicas de relaxamento, como respiração profunda e meditação. Portanto, lembre-se, por mais desagradável que seja, os enjoos na gravidez costumam ser um bom sinal de que sua gestação está no caminho certo. E para saber um pouquinho mais sobre nutrição e enjoos na gravidez, confira o vídeo que publiquei no meu canal no Youtube, em que converso sobre o tema com a Dra Érica Mantelli. É só dar o play abaixo!
Quais bebidas para grávidas são permitidas?
Quer saber quais bebidas para grávidas são permitidas? Existem muitas dúvidas sobre a alimentação ao longo da gravidez. Porém, o que poucos sabem é que nem todas as bebidas são indicadas durante esse período. Mesmo que sejam naturais e não pareçam oferecer riscos à saúde, precisam ser avaliados e com alguns até as pacientes tendem a se surpreender em relação à proibição. Confira a seguir quais são as bebidas para grávidas permitidas e proibidas. Água Sem dúvidas, uma das bebidas mais importantes para a gestante. A hidratação é essencial para todas as pessoas, mas em especial nessa fase em que uma nova vida se forma. Ao longo da gestação, o organismo tem uma demanda maior por água devido ao líquido amniótico e às funções do intestino. Com a ajuda do nutricionista materno-infantil, a gestante pode chegar à quantidade de água necessária ao longo do dia. A água auxilia na manutenção da temperatura do organismo, melhorando o seu funcionamento. Nos casos em que a gestante sofre muito com enjoos, é possível adicionar limão ou gengibre à água. Sucos de frutas Não são proibidos, porém, devem ser consumidos sob orientação do nutricionista. Isso porque os sucos trazem apenas o açúcar da fruta que é a frutose, desprovido das fibras da fruta que poderiam auxiliar no processo de digestão. Eu prefiro aconselhar o consumo da fruta in natura. Porém, caso a gestante não apresente problemas glicêmicos, o suco natural pode ser consumido com moderação. Além da orientação profissional, também peço que priorize usar a fruta orgânica e passe longe dos sucos industrializados disponíveis em supermercados. Refrigerantes Acredito que o refrigerante não é uma bebida adequada a nenhuma fase da vida, muito menos enquanto a mulher espera bebê. Os aditivos, açúcares e corantes excessivos dessa bebida inflamam o corpo da mulher e do bebê. Além de programar metabolicamente o organismo do futuro filho para desenvolver uma série de problemas. Por isso, nos casos em que a gestante não fica sem refrigerante, o ideal é substituir pelas bebidas permitidas desde o preparo pré-gestacional. Álcool É muito comum a pergunta sobre a dose segura de álcool na gravidez. E a resposta é simples: zero! Conforme estudo da Academia Americana de Pediatria, todo o nível alcoólico consumido pela mãe é absorvido pelo feto em 30 minutos. Mas, o pior de tudo foi a conclusão final. Como o organismo desse ser humano em formação é muito imaturo, esse álcool é sentido 8 vezes mais forte. Portanto, não, gestante não pode consumir álcool. Leite O leite pode ser consumido, mas não é obrigatório. O cálcio pode ser obtido por outros meios, como queijos, iogurte natural, leites vegetais enriquecidos, gergelim e vegetais em tom de verde escuro. Além disso, em muitos casos, a suplementação desse mineral pode ocorrer. Esse alimento, de fato, eu recomendo que converse com o nutricionista para avaliar se existe necessidade. Chás Apesar de naturais, os chás baseados em ervas não são recomendados para gestantes. Isso porque a sua composição varia de acordo com cada região onde é cultivado e nem sempre se sabe quais os efeitos podem ser desencadeados. Recomendo os chás baseados em cascas de frutas e orientação de nutricionista para consumo. Bebidas fermentadas como kombucha e kefir O kefir cultivado com leite ou água são altamente recomendáveis para as gestantes, desde que sejam tomados os cuidados para que não brotem microorganismos indesejados. Toda higiene é muito bem-vinda no preparo. No entanto, a kombucha, como tem na base de seu preparo o chá verde, nem sempre é recomendada. Bebidas cafeinadas não são uma boa opção para a gestante, conforme veremos no próximo item. Café A cafeína é um estimulante cerebral para a mulher e seu bebê. Assim, quanto menos for consumido, melhor. O café descafeinado não é indicado devido ao processo químico de remover a cafeína ao qual é submetido. Peço para evitar, principalmente, as versões capsuladas devido ao contato com plástico e alumínio e altamente contaminantes. Espero que este artigo tenha esclarecido sobre quais bebidas para grávidas são permitidas. Até a próxima!
Por que existem alimentos que a gestante não deve consumir?
A maior parte das pessoas já ouviu que existem alimentos que a gestante não pode consumir. No entanto, é também comum notar que muitas gestantes são educadas para “satisfazer os desejos” ao longo da gestação, o que significa ingerir aquilo que sente vontade sem pensar em nenhuma consequência. A realidade é que, na teoria, o bem-estar e a saúde do seu bebê deveria estar em primeiro lugar. Por isso, resolvi falar sobre as razões pelas quais esses itens devem passar longe do prato da gestante. Sabemos que todas as pessoas devem comer saudável. Mas, o que deixar de comer para ser saudável? Quais as implicações disso para a saúde? Bebida alcoólica Muito se fala sobre os níveis seguros de álcool na gestação. É fácil responder a essa dúvida. A dose segura é zero. Nenhuma taça de vinho, espumante ou qualquer bebida alcoólica deve ser ingerida durante a gestação. A literatura científica mundial é muito enfática em mostrar que o corpo do bebê recebe esse álcool pela placenta. Com o agravante de que o fígado é muito imaturo e, portanto, metaboliza esse álcool de forma diferente. Existem artigos que citam a sobrecarga para o bebê multiplicando por 8. Ou seja, se a mulher bebeu uma taça de vinho, para o bebê, é como se tivesse bebido 8. Logo, a bebida alcoólica está no topo da lista dos alimentos que a gestante não pode consumir. Leite não-pasteurizado Quando o leite não é pasteurizado, esse alimento e seus derivados (queijos, nata, cremes) oferecem risco de contaminação à gestante. Aliás, todo alimento consumido pela gestante deve ser higienizado adequadamente para evitar esse mal. O mesmo vale para carnes cruas e mal passadas. Saladas devem ser bem higienizadas com soluções, e enxaguadas. Além disso, evitar esse tipo de alimento principalmente vendido nas ruas por não saber como é o processo de higiene. Refrigerante e alimentos ultraprocessados Ao longo da gestação, estamos nos primeiros mil dias da criança. É o período de desenvolvimento de ouro! Logo, essas opções devem ser substituídas pela comida de verdade. Alimentos com aditivos químicos podem comprometer o desenvolvimento da criança em todos os sentidos. Açúcar Aqui, não falo apenas sobre o açúcar branco e os doces mais tradicionais. Sei que muitas gestantes consomem sucos naturais ao longo da gestação e acreditam não ter problema nenhum. A frutose, que é o açúcar das frutas concentrado nessas opções, causa picos de insulina no organismo assim como se tivesse consumido outro açúcar. É preciso ficar de olho especialmente em casos de risco de ganho de peso elevado ou diabetes gestacional. Esse manejo do consumo de frutas e sucos deve ser orientado pelo nutricionista materno-infantil. Cafeína e chás estimulantes Quando falamos em café, a maior parte dos artigos recomenda que não seja incluído na alimentação da gestante. Quando esse é um item importante, recomendo diminuir aos poucos tanto a frequência das xícaras de café quanto a concentração do café na bebida. Vamos fazendo cada vez mais fraco, até que possa ficar sem. Afinal, a cafeína também é um estimulante cerebral que não traz benefícios ao bebê. Falei mais sobre as bebidas permitidas e proibidas para gestantes neste artigo. Espero que este artigo tenha esclarecido sobre quais alimentos não devem ser consumidos pela gestante. Para saber mais, assista ao vídeo abaixo e aproveite para se inscrever em meu canal do YouTube.
Qual é a importância do ômega-3 na gestação
O ômega-3 na gestação é um elemento muito importante. Recomenda-se que esteja presente tanto em termos de alimentação quanto de suplementação. Isso porque esse suplemento é uma substância essencial para a formação e expansão do tecido neuronal e do desenvolvimento da visão. Ou seja, o desenvolvimento das atividades cerebrais, cognitivas e mentais. O ômega 3 é uma gordura poli-insaturada de boa qualidade e essencial em todas as fases da vida, especialmente na gestação. A seguir, conheça alguns dos principais benefícios desse nutriente para a gestante e seu bebê. Equilíbrio alimentar O ômega 3, infelizmente, é consumido abaixo das taxas ideais pela maior parte da população. A gestação é o período em que a gestante precisa de um aporte maior de nutrientes, a fim de satisfazer as necessidades suas e do bebê. E o pior: mesmo quando ingerimos o ômega-3, temos ingerido uma quantidade muito mais alta de ômega-6. A própria Organização Mundial da Saúde – OMS recomenda que a proporção de consumo de ômega-3 e ômega-6 seja de 5 ômega-6 para cada 1 ômega-3. Atualmente, a estimativa é que o consumo médio seja de 20:1 em vez desse 5:1. Isso se deve principalmente porque o ômega-6 é encontrado abundantemente em nossa alimentação, enquanto o ômega-3 não. O ômega-6 está nos alimentos fritos, óleos vegetais e condimentos como molhos para saladas, os quais consumimos com frequência. Enquanto isso, o ômega-3 encontra-se principalmente nos peixes de águas doces e profundas e sementes de linhaça, chia e nas nozes. Como esses alimentos não fazem parte do nosso dia a dia, é comum que seja recomendada a suplementação. O desequilíbrio entre ômega-3 e ômega-6 gera uma resposta inflamatória no organismo. Assim, mãe e filho podem sofrer com a deficiência desse nutriente. Benefícios comprovados do ômega-3 Um estudo publicado que traz os benefícios do consumo de ômega 3 na gestação aponta que alguns dos benefícios do ômega-3 são: Prevenção da asma. É indicado para mães que são portadoras dessa alergia. Estudos apontam que esse suplemento, quando usado na gestação, reduz em 31% as chances do bebê desenvolver essa doença inflamatória respiratória. Aumenta a inteligência do bebê Desenvolve com mais eficácia o tecido neuronal durante a gestação. Afinal, esse ácido graxo é essencial para a formação do cérebro a partir do segundo trimestre da gravidez e também pelos próximos anos. Diminui o risco de depressão pós-parto Como os bebês necessitam do Ômega-3 para seu desenvolvimento gestacional, as mães necessitam doar essa substância (que não é produzida pelo corpo) para o filho. Sua carência no pós-parto pode desencadear a depressão. Converse com seu nutricionista De acordo com o consenso da Associação Brasileira de Nutrologia (2014), além de uma dieta equilibrada, a suplementação de ômega 3 (especialmente o DHA), é recomendada para TODAS as gestantes brasileiras (e mulheres que amamentam também). ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ No entanto, é preciso que o suplemento seja isento de metais pesados para melhor saúde de mãe e bebê! Consulte seu nutricionista materno-infantil para adquirir mais informações sobre como você pode suplementar o Ômega-3. Espero que este artigo tenha esclarecido a importância do ômega-3 na gestação.