Agosto Dourado: a importância do aleitamento materno

Um novo mês e com ele inicia-se também uma campanha lindíssima: conscientizar a população sobre a importância da amamentação! O Agosto Dourado – Mês da AMAMENTAÇÃO, foi designado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como símbolo dessa luta, uma vez que pode salvar vidas. Essa campanha é linda, como todos sabem, eu defendo e incentivo a amamentação, os benefícios são incomparáveis a qualquer outro alimento. Embora seja um período incrível, a amamentação pode ser um grande desafio. Mas por que insistir e incentivar o aleitamento materno? Amamentar traz benefícios não só para a mãe, mas principalmente para o bebê, atuando diretamente no desenvolvimento dele. O leite materno possui todos os nutrientes e quantidade de água necessárias para os primeiros seis meses de vida. Vou listar para vocês alguns (porque são muitos) benefícios do leite materno para as crianças: Para começar, o leite materno possui a capacidade de adaptar-se às necessidades do bebê. Ou seja, supre completa e adequadamente as necessidades individuais da criança; Possui ômega 3 e ômega 6 em quantidade e proporção ideais para o bebê. Crianças amamentadas têm menos chances de serem obesas, terem hipertensão e colesterol elevado; Diminui a incidência de cólicas, vômitos e intolerâncias alimentares; Além de ser de fácil digestão e absorção pelo organismo do bebê, o que permite um aproveitamento completo dos nutrientes. E para as mamães? Bom, a mulher que amamenta apresenta menor risco de hemorragia, anemia e depressão no pós-parto, além disso diminui o risco de ter outras complicações, como o desenvolvimento de câncer de mama, de endométrio e de ovário; osteoporose e inúmeras outras doenças. Do ponto de vista estético, amamentar aumenta o gasto calórico. Ou seja, facilita a recuperação do corpo após a maternidade. Até quando amamentar? A recomendação é que o leite materno seja fonte exclusiva de alimentação até os seis meses de vida. Dos seis meses aos 12 meses, a alimentação complementa a amamentação. Dos 12 meses em diante, a amamentação complementa a alimentação. O aleitamento materno é uma questão de saúde pública. Não apenas as famílias e os profissionais precisam lutar por essa causa, mas também os Governos, que poderiam economizar bilhões em tratamentos doenças. Uma das principias coisas que podemos fazer para impactar as próximas gerações é apoiar o aleitamento materno!Essa luta precisa ser de TODOS! Vamos juntos fazer a diferença?
Aleitamento materno: Impacto positivo na saúde cognitiva
Uma nova pesquisa descobriu que as crianças que foram amamentadas tiveram pontuações mais altas em testes neurocognitivos. Ou seja, mais uma prova da importância do aleitamento materno nos primeiros meses de vida do bebê! O tema aleitamento materno é recorrente aqui no blog, e também em meus vídeos lá no Youtube e nas postagens que faço nas redes sociais. E o motivo é um só: é o alimento mais completo que o bebê pode receber! Ele tem todos os nutrientes necessários para seu desenvolvimento e, como fica claro no estudo, tem impacto positivo também na saúde cognitiva da criança. Para saber mais sobre esse tema, confira o artigo abaixo. Boa leitura! Como foi o estudo No estudo, pesquisadores do Del Monte Institute for Neuroscience da University of Rochester Medical Center (URMC) analisaram milhares de testes cognitivos feitos por crianças, cujas mães relataram que foram amamentadas, e compararam esses resultados com pontuações de crianças que não foram. Os pesquisadores revisaram os resultados dos testes de mais de 9.000 participantes de 9 e 10 anos de idade. Variações foram encontradas nas pontuações cumulativas dos testes cognitivos de crianças amamentadas e não amamentadas. Também houve evidências de que quanto mais tempo a criança foi amamentada, maior a pontuação. Nos resultados, a associação mais forte foi em crianças que foram amamentadas por mais de 12 meses. A pontuação das crianças amamentadas de 7 a 12 meses foi um pouco menor, e depois a pontuação de 1 a 6 meses, caiu um pouco mais. Mas todas as pontuações foram mais altas quando comparadas com crianças que nunca amamentaram. Leia também::: Vitamina B12: Suplementação fundamental na gestação O que causa a melhora na saúde cognitiva? Outro estudo, conduzido no Children’s Hospital Los Angeles, os pesquisadores acompanharam 50 mães e seus bebês, analisando a composição do leite materno e a frequência da amamentação no 1º e 6º mês de idade. O desenvolvimento cognitivo foi medido aos 24 meses usando a escala Bayley-III, um teste padronizado de desenvolvimento de bebês e crianças pequenas. O estudo mostrou que a quantidade de oligossacarídeo 2’FL (2’fucosilactose) no leite materno no primeiro mês de alimentação estava relacionada a escores de desenvolvimento cognitivo significativamente mais altos em bebês aos 2 anos de idade. A quantidade de 2’FL no leite materno aos 6 meses de amamentação não foi relacionada aos resultados cognitivos, indicando que a exposição precoce pode ser mais benéfica. Essas observações permitiram à equipe concluir que o aumento do neurodesenvolvimento proporcionado pelo aleitamento materno foi devido principalmente às mães que estavam produzindo mais 2’FL para o bebê consumir. Bom também para a mamãe Há também evidências de que a amamentação pode ter um efeito preventivo no desenvolvimento de doenças mentais também nas mamães. Uma pesquisa publicada em 2014 mostrou que as mães que planejaram amamentar e que realmente amamentaram tinham cerca de 50% menos probabilidade de ficarem deprimidas do que as mães que não planejaram e que não amamentaram. As mamães que planejaram amamentar, mas não continuaram a amamentar, tinham duas vezes mais chances de ficar deprimidas do que as mães que não planejaram e que não amamentaram. Leia também::: Depressão pós-parto: alimentação pode influenciar? Aleitamento materno só faz bem! O leite materno fornece a nutrição ideal para bebês. Tem uma mistura perfeita de vitaminas, proteínas, carboidratos, gorduras saudáveis, calorias — tudo o que o seu bebê precisa para crescer e se desenvolver. E tudo é fornecido em uma forma de digestão mais fácil do que a fórmula infantil. O leite materno contém anticorpos que ajudam seu bebê a combater vírus e bactérias. A amamentação diminui o risco do seu bebê de ter alergias e também o protege contra diversas doenças ao aumentar sua imunidade. Além disso, bebês que são amamentados exclusivamente durante os primeiros 6 meses, sem qualquer fórmula, têm menos infecções de ouvido, doenças respiratórias e episódios de diarreia, entre outros. Portanto, não há razões para que o aleitamento materno não seja a melhor indicação aos bebês! E para saber mais sobre a nutrição materno-infantil, siga também meu canal no Youtube!
Mamadeira para dormir melhor: será que vale a pena?
Dar uma mamadeira para ajudar o bebê a dormir melhor é um conselho que muitas famílias ouvem de outras famílias que também passaram por dificuldades na hora do sono. Existe um imaginário que ensina como dar mamadeira para o bebê antes de dormir faz que ele fique mais saciado e, assim, não acorde para mamar de madrugada porque não vai sentir fome. Mas, será que é verdade? O ciclo de sono do bebê Assim que o bebê nasce, ele ainda está numa fase de ajustes do seu ciclo circadiano. É normal que as mamadas sejam frequentes, afinal, seu estômago ainda é bem pequeno e cabe pouco leite. Mas, esse número de vezes que o bebê mama também pode estar ligado à rotina da família e do quanto esse pequeno ser humano é afetado por ela. Durante os primeiros meses, é importante que o bebê seja amamentado exclusivamente no peito em livre demanda para que o organismo da mãe entenda que é preciso produzir mais leite. Ou seja, quanto mais o bebê mama, o cérebro da mãe recebe a mensagem de que a produção deve ser adequada às necessidades do filho, tanto em questão de nutrientes quanto de quantidade. É por isso que, todas as vezes que o bebê mostra que precisa mamar, é importante que seja levado ao peito. É esse conhecimento que a mãe passa a ter com seu bebê. Algumas famílias, em meio a esse processo, conseguem ajustar a rotina de mamadas e sono. Mas, nem sempre é assim. Por que a mamadeira não ajuda a dormir? Conforme o bebê cresce, o seu pequeno estômago passa a ter maior capacidade. Porém, quando é amamentado exclusivamente ao seio, as quantidades são adequadas à demanda de alimento. Assim, ao oferecer a mamadeira, corre-se o risco de alimentar o bebê a mais ou a menos do que ele costuma precisar. Esse fato, aliado à composição da fórmula infantil, pode ocasionar em aumento de chance de alergia. Isso porque a proteína da fórmula infantil é mais alergênica que a proteína do leite materno. Assim, além de não resolver, pode prejudicar a saúde da criança. Caso desenvolva, de fato, a alergia à proteína do leite de vaca – APLV, as noites de sono também podem piorar devido aos sintomas que o bebê pode apresentar. Nem sempre acordar de madrugada é sinal de fome É importante investigar as causas que fazem esse bebê acordar à noite. Além da fome, outros motivos podem tirar o sono do seu filho, como fralda cheia, desconfortos, nascimento dos dentes, cólicas ou mesmo mudanças pequenas da rotina que a família. Assim, quando a mamadeira não resolve, é muito comum que a família dê mais mamadeiras ao longo da noite. Isso pode afetar a nutrição do bebê e, pior, deixar de resolver alguma questão que essa criança tenha. Portanto, se o bebê não dorme bem, consulte o nutricionista materno-infantil para que ele auxilie a investigar por quais motivos isso está acontecendo. Caso essa criança esteja em fase de introdução alimentar, essa consulta é ainda mais importante. Para saber mais, assista ao vídeo abaixo e aproveite para se inscrever em meu canal do YouTube.
Estudo demonstra como a amamentação previne obesidade infantil
A relação entre amamentação e obesidade infantil está sendo amplamente investigada por estudos científicos. Sabemos que é fundamental seguir a orientação da Organização Mundial da Saúde – OMS de recomendar o leite materno como alimento exclusivo durante 6 meses de idade e, depois, seguir amamentando até pelo menos os 2 anos de idade. No entanto, também já sabemos que pelos motivos mais diversos as crianças são cada vez menos alimentadas no peito. Esse período de amamentação é cada vez mais curto e, em muitos casos, sequer cumpre os 6 meses de vida. Esse fato merece a atenção de todo profissional que atua na área da saúde materno-infantil. Quando falamos em transformar a saúde das próximas gerações, cada orientação dada a uma gestante ou mamãe hoje é uma semente plantada no futuro. A relação entre amamentação e peso saudável Um estudo realizado na Espanha, em 314 adolescentes, que participam do programa Healthy Lifestyle in Europe by Nutrition in Adolescence. Esses adolescentes foram bebês que nasceram com baixo peso, ou seja, metabolicamente contam com risco aumentado para obesidade. Os participantes foram divididos em dois grupos: aqueles que foram amamentados por pelo menos 3 meses e aqueles que não foram amamentados. De acordo com as análises, os adolescentes que não receberam leite materno tiveram uma massa adiposa abdominal aumentada se comparado ao grupo que foi amamentado. A conclusão desse estudo foi de que o aleitamento materno pode, sim, minimizar os impactos da programação metabólica com tendência a obesidade. Leia também: 10 benefícios da amamentação para mamãe e bebê A obesidade infantil epigenética Esse é um dos maiores problemas de saúde pública que enfrentamos em nossos dias. Sempre que existe alguma agressão intra uterina por qualquer motivo que seja, esse bebê nasce programado metabolicamente de forma deficiente. Seu organismo aprende desde muito cedo a poupar nutrientes e, dessa forma, o seu desenvolvimento é prejudicado. Essa programação leva a tendência de diversos problemas de saúde no futuro. A obesidade epigenética leva a uma resistência insulínica que pode ser porta de entrada para muitas outras doenças como: Esteatose hepática; Hipertensão; Diabetes; Síndrome metabólica Os casos de crianças com essas doenças, antes consideradas doenças de pessoas idosas, tem crescido muito nos consultórios, de maneira que não acontecia há algumas décadas. Por isso, cabe também ao profissional de nutrição materno-infantil e áreas afins da saúde que encorajem a amamentação. Vestir a camisa do aleitamento materno é um dos passos mais importantes no rumo de levar mais saúde a essa geração. Espero com este artigo ter esclarecido sobre a relação entre amamentação e obesidade infantil. Para saber mais, assista ao vídeo abaixo e aproveite para se inscrever em meu canal do YouTube.
Fundação da Associação Brasileira de Nutrição Materno Infantil – ABRANMI
A Associação Brasileira de Nutrição Materno Infantil – ABRANMI já está formada. A partir do dia 24 de novembro de 2018, passa a aceitar os primeiros profissionais interessados em fazer parte dessa associação. A entidade será responsável por representar os profissionais que atuam na área da saúde da mulher, da gestante, da criança e do adolescente. Médicos, nutricionistas, odontologistas e outros profissionais de saúde devem integrar a ABRANMI. O objetivo é promover ações de caráter científico e prático a esses profissionais. É por meio deles que a população pode receber atendimento de qualidade e as informações necessárias para a melhoria da saúde e qualidade de vida. Vamos entender por que é tão importante a fundação da Associação Brasileira de Nutrição Materno Infantil em nosso país nos dias atuais? Pré-natal Logo após a descoberta da gravidez, é fundamental que a gestante faça seu pré-natal. É por meio desse acompanhamento que é possível prevenir complicações para mamãe e bebê ou até descobrir algo que não vai bem para que possa ser tratado a tempo. Durante as visitas ao médico, a mulher pode esclarecer suas dúvidas, relatar sintomas e monitorar a sua saúde. O objetivo é garantir a saúde para mamãe e bebê. Lembre-se que a saúde do seu filho começa desde a sua formação. Aleitamento materno O leite materno é o alimento mais completo para o bebê. A amamentação exclusiva até os seis meses de vida e complementar até os dois anos de idade é a recomendação da Organização Mundial da Saúde – OMS para as famílias. O leite materno é responsável por fortalecer o sistema imunológico do bebê, pois é o alimento mais completo para ele. No Brasil, cerca de 41% das mulheres seguem a recomendação da OMS. Essa estatística é do Ministério da Saúde e faz que o nosso país seja também uma referência mundial no assunto. Mesmo assim, é preciso difundir mais a importância da amamentação. A mamãe conta com benefícios ao amamentar, pois seu corpo libera a ocitonina, hormônio responsável pelo bem-estar. Também reduz o sangramento pós-parto, ajuda o útero a retornar ao tamanho normal e evita a anemia. Durante a amamentação, mãe e filho criam vínculos de afeto inseparáveis. Vale a pena amamentar! Confira aqui dez benefícios da amamentação para mamãe e bebê. Baixe também o meu Guia Completo da Amamentação. Obesidade infantil Entre os assuntos que mais preocupam os nutricionistas está a obesidade infantil. A rotina atribulada dos pais nem sempre permite que as crianças façam refeições de alto valor nutricional, fazendo que os pequenos sejam reféns de lanches prontos e alimentos industrializados. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 33% das crianças brasileiras estão obesas. Sabemos que quando não é tratada durante a infância a obesidade é levada para a vida adulta. Diversas complicações na saúde podem ocorrer devido ao problema, como diabetes e hipertensão. Espero que a Associação Brasileira de Nutrição Materno Infantil – ABRANMI permita o intercâmbio de informações, práticas e estudos sobre esses e outros assuntos relacionados à saúde de mães e filhos. Eu acredito que podemos fazer a diferença nessa geração. Com certeza, deixaremos um grande legado por meio dessa organização. Confira no vídeo abaixo meu anúncio da fundação da Associação Brasileira de Nutrição Materno Infantil – ABRANMI e aproveite para se inscrever em meu canal. Com amor. Andreia Friques.
A cólica do bebê e a alimentação da mamãe
A cólica do bebê é um incômodo para o pequeno e uma fonte de insegurança para os pais. Será que durante a amamentação a mãe deve restringir a sua alimentação? A cólica do bebê acontece devido a alimentos que a mãe não deveria ter consumido? Sem dúvidas, esta é uma área onde há muitos mitos envolvidos. Em especial mamães de primeira viagem, que desejam acertar em tudo, tendem a se sentir culpadas quando os bebês sofrem com cólicas. Se é o seu caso, sinta-se abraçada. Vou explicar a relação entre cólica do bebê e a alimentação da mamãe para você entender o que é possível fazer para atenuar o problema. O que causa a cólica do bebê? Choro, corpinho torcido, gases… Estes são alguns dos sintomas que o bebê está sofrendo com uma cólica. O incômodo pode fazer que os pais virem noites tentando acalmar a criança. A maior parte dos casos de cólica estão relacionados à imaturidade do intestino do bebê. Cada vez mais estudos e artigos acadêmicos mostram que o microbiota intestinal de um recém-nascido não conta com a defesa natural necessária, causando dores. Por isso, a alimentação da mamãe deve ser saudável para auxiliar o organismo do bebê a gerar anticorpos. Porém, não é a única causa. Seu bebê está se desenvolvendo e é preciso dar tempo ao tempo. Como prevenir as cólicas? A saúde do bebê começa logo durante a gestação. Quando a gestante se alimenta de forma saudável, balanceada e rica em alimentos funcionais, o microbiota do bebê acaba sendo povoado também por bactérias boas. Há um mito sobre ser normal grávida estar sempre constipada. Isso não é verdade. É preciso cuidar do intestino durante a gravidez a fim de garantir o equilíbrio das funções de todo o organismo e, consequentemente, mais saúde ao bebê. Sim, o bebê precisa de um intestino saudável para sofrer menos com as cólicas. Por isso, eu recomendo que as grávidas consumam alimentos probióticos como o kefir, sobre o qual já falei neste artigo. O parto normal, dentro de todo um contexto, também contribui para a colonização de bactérias boas no intestino do bebê. Como devo me alimentar para prevenir as cólicas? A alimentação da mamãe também pode ajudar a amenizar a cólica do bebê. Embora eu não concorde com modismos de restringir a alimentação por via da amamentação, tenho algumas recomendações que podem ser úteis. Uma alimentação balanceada, rica em nutrientes essenciais à vida, é muito importante para o seu filho obter também tais benefícios. Os alimentos que são alergênicos, como leite e ovos, devem ser consumidos com moderação, pois tendem a irritar o intestino do bebê. Qualquer alimento só deve ser eliminado da sua rotina caso o bebê seja alérgico. Aí, estamos falando de situações individuais e que precisam de avaliação de um nutricionista para diagnosticar e conduzir um cardápio saudável para mamãe e bebê. Caso contrário, a alimentação deve ser balanceada e variada. A mamãe não deve se privar dos alimentos devido à cólica do bebê. Espero que meu artigo tenha ajudado você a entender mais sobre a relação entre cólica do bebê e alimentação da mamãe. Saiba mais assistindo o vídeo abaixo e aproveite para se inscrever em meu canal do Youtube. Com amor, Andreia Friques
Estresse e aleitamento materno não combinam
Estresse e aleitamento materno, infelizmente, costumam caminhar juntos. Em especial, nos primeiros dias de vida do bebê e entre mães de primeira viagem. Eu, como mãe, passei pela amamentação em três experiências diferentes. Eu vivi muitas das angústias que hoje ouço de outras mães ao trazerem seus filhos para consultar comigo. Além disso, eu promovo o aleitamento materno há 17 anos como enfermeira em UTIs neo-natais e pediátricas e também como nutricionista infantil. É com essa propriedade que afirmo o quanto o estresse prejudica o aleitamento materno. Por isso, se você está estressada com a nova rotina, sinta-se abraçada. Saiba que é normal, você não é a única a passar por essa situação e há caminhos para superá-la. Vou explicar a relação nociva entre estresse e aleitamento materno e algumas dicas para passar por essa fase de maneira tranquila. Estresse e aleitamento materno: impactos As mudanças de rotina em geral aumentam o estresse da mãe. Em meio às angústias sobre a nova dinâmica da casa, a maternidade, o bebê e até a amamentação, o organismo produz mais adrenalina. Essa adrenalina ocasiona na diminuição da prolactina, que é um dos hormônios responsáveis pela produção do leite materno. É por isso que, muitas vezes, o leite diminui. Quanto mais estressada está a mãe, ao pensar que o leite é fraco e não está sendo suficiente para alimentar o bebê, maiores as chances de enfrentar dificuldades nesse momento. Em alguns casos, a amamentação é impactada pelo estresse e pela baixa produção do leite. Em outras, o próprio bebê tem dificuldades em sugar o leite. Por isso, além das dicas que vou dar a seguir para lidar com o estresse e aleitamento materno, recomendo o artigo: Dicas práticas para amamentação. Como diminuir o estresse? Você já deve ter ouvido um antigo provérbio que diz: “É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança”. Portanto, não é de hoje que uma rede de apoio faz toda a diferença desde os primeiros dias de vida do bebê. Fale com seu marido, seus amigos e outras pessoas da sua família sobre o seu desejo de amamentar. Construir essa rede é fundamental para que você tenha momentos de tranquilidade tão necessários ao seu próprio bem-estar, além de proporcionar a produção do leite materno. Pedir ajuda não é sinal de fraqueza, e sim de força. Aos poucos, a rotina encaixa, as dificuldades passam e você ganha confiança para passar pelos tantos outros obstáculos da maternidade. Eu tenho certeza que você consegue e que vai ser muito mais forte depois de passar por essa fase. Coloque a saúde do seu filho em primeiro lugar. Cuide sempre de si mesma, somente assim você vai garantir as condições físicas e emocionais necessárias para cuidar do bebê e curtir cada momento com ele. Espero que meu artigo tenha ajudado você a entender a relação prejudicial entre estresse e aleitamento materno. Desejo que cada momento de amamentação seja tranquilo e cheio de amor. Para saber mais, assista meu vídeo abaixo. Aproveite para se inscrever em meu canal do Youtube e me acompanhar por lá também. Com amor, Andreia Friques
10 benefícios da amamentação para mamãe e bebê
Apesar das extensas campanhas que tratam sobre os benefícios da amamentação, muitas mulheres ainda têm dúvidas sobre a eficácia de alimentar o filho com o próprio leite. A Organização Mundial da Saúde reforça em campanhas, como a Semana Mundial da Aleitamento Materno, que o leite materno é o melhor alimento para o bebê e orienta a amamentação exclusiva até o sexto mês de vida. Essa recomendação não tem relação com outro fator que não sejam muitos anos de estudos científicos. Sejam mães de países pobres ou ricos, de qualquer etnia, o leite de cada uma contém os anticorpos necessários para o desenvolvimento do sistema imunológico da nova vida. Dados da própria OMS mostram que apenas 38% dos bebês são alimentados exclusivamente com o leite do peito. Eu defendo o aleitamento materno como forma de tornar a infância mais saudável e feliz. Por isso, vou mostrar dez benefícios da amamentação para a mãe e para o bebê. Benefícios da amamentação para o bebê O bebê fortalece o seu sistema imunológico, ficando menos vulnerável a doenças e reduzindo as chances de precisar de antibióticos. Ele consome todos os nutrientes e anticorpos necessários para seu desenvolvimento até o sexto mês de vida. As chances de desenvolver sobrepeso ou transtornos alimentares no futuro diminui. Alergias, anemia e infecções respiratórias como a asma podem ser prevenidas pela amamentação. Os riscos da diabetes tipo II passam longe do bebê. A inteligência é bastante beneficiada. Estudos comprovam que bebês alimentados exclusivamente com leite materno até os seis meses tem até 3 pontos a mais nos testes de QI. Benefícios da amamentação para a mãe O leite materno é acessível e prático. Não é preciso comprar nem mesmo aquecer, pois já vem na temperatura ideal para o bebê. Amamentar reduz a depressão pós-parto. A amamentação ajuda no controle da natalidade. Amamentar protege contra o câncer de mama e de ovários. A mulher que amamenta tem menos chances de desenvolver diabetes tipo II após a gestação. Leia meu Guia Completo da Amamentação aqui! A amamentação no mundo O debate sobre os benefícios da amamentação se faz mais necessário do que nunca nos dias atuais. Às vésperas do Agosto Dourado, o governo norte-americano fez uma tentativa de boicote à resolução da Assembléia Mundial da Saúde, da ONU, de apoio ao aleitamento materno. Esse posicionamento da ONU diz respeito à regulamentação do marketing das fórmulas utilizadas para alimentar os bebês. Infelizmente, o mercado ainda estimula que as mulheres deixem de lado os percalços passageiros da amamentação ao oferecer as fórmulas como uma solução para a nutrição do bebê. Por isso, propagandear os benefícios da amamentação é tão importante, em especial nas nações menos desenvolvidas. O leite materno pode salvar vidas! Não sou contra fórmulas, desde que seja utilizada na alimentação conforme a recomendação médica de um especialista e, de preferência, sem substituir totalmente o leite materno. Espero que você tenha entendido melhor os benefícios da amamentação para a mamãe e para o bebê. Priorize a saúde da sua família. Aproveite e assista também Estresse e Aleitamento Materno Até a próxima! Com amor. Andreia Friques
Mitos e verdades da amamentação: quais você já ouviu?
Você já ouviu falar sobre mitos e verdades da amamentação? O assunto é repleto de informações que não são verdadeiras. Algumas delas variam de acordo com a experiência de cada mulher, outras simplesmente não fazem sentido algum. Outras são mesmo verdadeiras. O que sabemos é que a Organização Mundial da Saúde – OMS recomenda que o leite materno seja o alimento exclusivo do bebê até o sexto mês de vida e complementar até os dois anos de idade. Por isso, hoje vou falar sobre os mitos e verdades da amamentação que mais ouvimos. O foco deve sempre ser o bem-estar da mamãe e a nutrição adequada do bebê. Se você procura alguma recomendação específica sobre como amamentar, recomendo o artigo: Dicas práticas para amamentação. O leite materno não é suficiente – MITO O leite produzido pela mãe contém todos os nutrientes que seu filho precisa até o sexto mês de vida, sendo que durante o período nem mesmo oferecer água ao bebê é necessário. Salvo sob orientação do pediatra, não é preciso complementar a amamentação com outros leites. Caso sinta que o bebê não está mamando o suficiente, saiba que recém-nascidos costumam mamar com mais frequência. Garanta que ele está esvaziando as mamas e recebendo alimento com a frequência necessária. Amamentar dói – DEPENDE Algumas mães sentem dores ao colocar o bebê para amamentar. Mas, não ocorre com todas. O mais comum é que essas dores apareçam nos primeiros dias, até mesmo acompanhadas de inchaço. Caso essa situação permaneça ou piore, o ideal é consultar um especialista, pois um tratamento deve ser indicado. Após rachaduras no peito devo deixar de amamentar – MITO Se a mama rachar, é necessário procurar um médico. Deixar de amamentar quase nunca é recomendado devido ao alto risco de empedramento dos seios. Muitas vezes, a simples correção da pega do bebê é suficiente para resolver o problema. A lanolina 100% natural também pode ajudar a reverter a lesão. A mastite é causada pelo excesso de leite – VERDADE A mastite é caracterizada por uma inflamação das glândulas mamárias. Por isso, o ideal é não permitir o acúmulo do leite. Caso tenha muito leite, você deve extrair o excesso e, se possível, doar para bancos de leite. Massagens também auxiliam. Se não amamentei o primeiro filho, não vou conseguir amamentar o segundo – MITO Ainda que não seja possível amamentar o primeiro filho por alguma razão, vale a pena tentar amamentar o segundo. Em muitos casos, dá certo. Não tenho bico para amamentar – MITO A amamentação é possível independente do formato do bico do seu seio. Mesmo que seja plano ou invertido, o segredo está na pega correta. Se estiver com muitas dificuldades, usar um corretor de mamilos pode ajudar. Existe uma posição ideal para amamentar – VERDADE A boca do bebê deve ficar bem aberta para encaixar direitinho na aréola, com os lábios bem voltados para fora. Assim, ele consegue extrair a quantidade adequada do alimento e não machuca o seio da mãe. Espero que você tenha esclarecido algumas dúvidas com essa rodada de mitos e verdades da amamentação. Até a próxima! Com amor. Andreia Friques.
Dicas práticas para amamentação
Em especial nos primeiros dias, a amamentação é um momento de aprendizado tanto para a mãe quanto para o bebê. Por isso, exige muita força de vontade de quem deseja alimentar o filho com o próprio leite. Os maiores obstáculos são a dor no momento de amamentar e também a falta de informação. Quanto às dores, elas aparecem com frequência e intensidade que variam para cada mulher. Mas, a falta de informação podemos e devemos combater. Este é o meu papel. Amamentação e preparo antes do parto Algumas mamães já iniciam a busca por informações durante a gravidez. Além de dados técnicos, recomenda-se também o preparo psicológico, pois idealizar o momento pode gerar frustrações e a consequente desistência da amamentação. Conhecer o seu tipo de mamilo e como prepará-lo para o momento de amamentar o bebê é importante. Algumas mulheres tem o bico reto ou invertido e acreditam que esses formatos são um obstáculo para a amamentação. Puro mito! Para descobrir se o bico é invertido, você pode pressionar suavemente a aréola por 3 centímetros. O mamilo normal salta a ponta para fora, enquanto o invertido fica para dentro. Neste caso, as conchas plásticas podem funcionar para projetar o bico do seio para fora. Quando utilizadas durante a gestação, o mamilo já está preparado para encaixar com mais facilidade na boca do bebê. Lembre-se de conversar sobre o assunto com o ginecologista responsável pelo pré-natal. É ele que deve prestar as orientações necessárias. As primeiras pegas Nos primeiros dias, os seios produzem um líquido meio transparente que sai em gotinhas chamado colostro. Este alimento é precioso para a formação da imunidade do bebê. Durante os primeiros dias, aproveite o reflexo do recém-nascido em procurar o peito com sua pequena boca para fazê-lo abocanhar bem a aréola e sugar com eficiência, de forma que se alimente bem e também estimule a produção do leite materno. Como o bebê nasce com uma pequena reserva de energia, é comum que ele demore um pouco para sentir fome. Mesmo assim, colocá-lo no peito logo após o parto é a prática recomendada. O contato com a mãe é um dos fatores que mais estimula o recém-nascido pegar o seio. Por isso, conversar e dar carinho é fundamental nessa fase. O contato com mamadeiras e chupetas prejudica a “péga” do seio. Portanto, a recomendação é para evitar tais objetos. Aproveite toda a assistência disponível para a amamentação logo na maternidade. Como posicionar o bebê? A amamentação exige o conforto do corpo da mãe. Posicione-se entre almofadas ou até em uma poltrona própria a essa finalidade. Comece com posições tradicionais no estilo “barriga com barriga” e varie conforme o passar do tempo. A dica de ouro é: levar o bebê ao peito em vez do peito ao bebê. Ele deve abocanhar toda a aréola. Sempre que possível, ajude-o aproximando o queixo do pequeno em seu mamilo até que ele abra a boca e preencha com toda a aréola o máximo possível. Para evitar dores, é recomendável passar o próprio leite em toda a aréola do seio. Se possível, deixe secar naturalmente a fim de evitar infecções ou cândida. Use a pomada de lanolina pura apenas em caso de fissuras, e não para preveni-las. Mesmo assim, passe pouca a fim de que a boquinha do bebê não escorregue durante a amamentação. Também não é recomendável passar toalhas ou buchas nas mamas. Sempre que puder, pegue sol na região dos seios por pelo menos dez minutos diários. A Organização Mundial da Saúde – OMS recomenda que o leite do peito seja o alimento exclusivo para o bebê até o sexto mês de vida e sirva de complemento até os dois anos. Para saber mais sobre introdução alimentar, veja o meu artigo: Como iniciar a alimentação complementar do seu bebê. Com amor! Andreia Friques