Alimentação infantil saudável nas festas de fim de ano é possível?

A alimentação saudável nas festas de fim de ano é um desafio para toda a família. E, principalmente, para os pais que desejam manter o equilíbrio alimentar de seus filhos. Entendo que esse é o momento de sair da rotina e permitir aqueles alimentos que não fazem parte do nosso dia a dia. Inclusive, as opções com açúcar. No entanto, gosto de dizer que até para sair da rotina precisamos ser conscientes. Ao modificar os nossos hábitos, é possível criar exceções sem que a saúde seja prejudicada. Leia até o final para descobrir como manter a alimentação mais saudável nas festas de fim de ano. Fazendo escolhas mais saudáveis Pratos açucarados e repletos de calorias vazias costumam compor a mesa. Mas, será que precisa ser assim o tempo inteiro? Existem várias substituições que podem ser feitas em relação às opções mais pesadas. Pratos mais leves podem compor ceia de natal e de ano novo, incluindo frutas, hortaliças e carnes magras. Desde a chegada das férias escolares, uma mudança na rotina é bastante comum. E isso inclui a alimentação. Por isso, um dos primeiros passos é conversar com o seu filho sobre a importância de manter um padrão alimentar para a saúde dele. É bem interessante falar de uma maneira que ele entenda, conforme a sua faixa etária. Assim, fica mais fácil ter a colaboração dele para uma boa alimentação nessa época do ano. Dicas para manter o equilíbrio alimentar Pode parecer complexo, mas, seguindo algumas recomendações simples, seu filho vai se alimentar com muito mais qualidade ao longo desse período. Cuidado com os excessos. Tente alimentar a criança com a quantidade de comida que ela ingere habitualmente. Cuidado com os “frios”, maioneses e alimentos crus. Aquelas opções que passam muito tempo em exposição nas mesas podem causar algum inconveniente bem indesejado nesse período de festas. Dê preferência às comidas assadas ou cozidas, que são mais seguras e saudáveis. Muito cuidado com alimentos comprados na rua. Na mesma linha da segurança alimentar, é importante redobrar os cuidados em relação à comida de rua. Se estiver na praia, prefira os picolés de fruta e, se possível, leve os lanches da crianças prontos de casa. Assim, você garante que ninguém vai passar mal. Caso encomende a ceia de Natal, fique atento ao padrão de higiene dos restaurantes e dos locais onde serão feitas as encomendas. Evite locais desconhecidos. Estimule a criança a beber líquidos Manter a hidratação com água, suco de frutas naturais e consumo de frutas é fundamental. Esse é um hábito que deve nos acompanhar por toda a vida, inclusive nas férias. Converse com seu filho Ensine seu filho que mesmo nessa época devemos cuidar de nossa saúde se queremos  aproveitar ao máximo as férias. Vale a pena, também, se preocupar em ser o exemplo. As crianças prestam atenção em tudo e as atitudes valem mais que suas palavras.

Qual é a importância do ômega-3 na gestação

O ômega-3 na gestação é um elemento muito importante. Recomenda-se que esteja presente tanto em termos de alimentação quanto de suplementação. Isso porque esse suplemento é uma substância essencial para a formação e expansão do tecido neuronal e do desenvolvimento da visão. Ou seja, o desenvolvimento das atividades cerebrais, cognitivas e mentais. O ômega 3 é uma gordura poli-insaturada de boa qualidade e essencial em todas as fases da vida, especialmente na gestação. A seguir, conheça alguns dos principais benefícios desse nutriente para a gestante e seu bebê. Equilíbrio alimentar O ômega 3, infelizmente, é consumido abaixo das taxas ideais pela maior parte da população. A gestação é o período em que a gestante precisa de um aporte maior de nutrientes, a fim de satisfazer as necessidades suas e do bebê. E o pior: mesmo quando ingerimos o ômega-3, temos ingerido uma quantidade muito mais alta de ômega-6. A própria Organização Mundial da Saúde – OMS recomenda que a proporção de consumo de ômega-3 e ômega-6 seja de 5 ômega-6 para cada 1 ômega-3. Atualmente, a estimativa é que o consumo médio seja de 20:1 em vez desse 5:1. Isso se deve principalmente porque o ômega-6 é encontrado abundantemente em nossa alimentação, enquanto o ômega-3 não. O ômega-6 está nos alimentos fritos, óleos vegetais e condimentos como molhos para saladas, os quais consumimos com frequência. Enquanto isso, o ômega-3 encontra-se principalmente nos peixes de águas doces e profundas e sementes de linhaça, chia e nas nozes. Como esses alimentos não fazem parte do nosso dia a dia, é comum que seja recomendada a suplementação. O desequilíbrio entre ômega-3 e ômega-6 gera uma resposta inflamatória no organismo. Assim, mãe e filho podem sofrer com a deficiência desse nutriente. Benefícios comprovados do ômega-3  Um estudo publicado que traz os benefícios do consumo de ômega 3 na gestação aponta que alguns dos benefícios do ômega-3 são: Prevenção da asma. É indicado para mães que são portadoras dessa alergia. Estudos apontam que esse suplemento, quando usado na gestação, reduz em 31% as chances do bebê desenvolver essa doença inflamatória respiratória. Aumenta a inteligência do bebê Desenvolve com mais eficácia o tecido neuronal durante a gestação. Afinal, esse ácido graxo é essencial para a formação do cérebro a partir do segundo trimestre da gravidez e também pelos próximos anos. Diminui o risco de depressão pós-parto Como os bebês necessitam do Ômega-3 para seu desenvolvimento gestacional, as mães necessitam doar essa substância (que não é produzida pelo corpo) para o filho. Sua carência no pós-parto pode desencadear a depressão. Converse com seu nutricionista De acordo com o consenso da Associação Brasileira de Nutrologia (2014), além de uma dieta equilibrada, a suplementação de ômega 3 (especialmente o DHA), é recomendada para TODAS as gestantes brasileiras (e mulheres que amamentam também). ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ No entanto, é preciso que o suplemento seja isento de metais pesados para melhor saúde de mãe e bebê! Consulte seu nutricionista materno-infantil para adquirir mais informações sobre como você pode suplementar o Ômega-3. Espero que este artigo tenha esclarecido a importância do ômega-3 na gestação.

Como avaliar a mulher que pretende engravidar?

Avaliar a mulher que pretende engravidar é fundamental para garantir a saúde dela própria e também de seu filho. Cada vez mais, o nutricionista materno-infantil é procurado para fazer essa avaliação. Essa é uma oportunidade valiosa de garantir que ela inicie a gestação já com os níveis de nutrientes em dia. Como nutricionista materno-infantil, eu mesma descobri que quanto antes cuidamos dessa mulher que deseja engravidar, melhor para a saúde da criança. Por isso, além de ser uma oportunidade a mais de gerar saúde à família, também valoriza o seu trabalho como nutricionista. Continue até o final do artigo para entender como avaliar a mulher que pretende engravidar. Avaliando o estado da gestante Na nutrição, temos alguns parâmetros que consideramos ideais ou mais adequados para realizar essa avaliação. Para analisar o estado nutricional, devemos observar, entre outros, os seguintes pontos: Equilíbrio de minerais e vitaminas corporais: Isso é muito importante no preparo do corpo. Não basta ter apenas uma vitamina em alta quando todos os outros elementos estão em baixa. Quando entendemos que, durante a gestação, a mulher tem uma tendência à anemia, sabemos que é preciso garantir que tenha uma reserva de ferro logo no período pré-gestacional. Garantir esses nutrientes facilita o trabalho de manter o equilíbrio do organismo ao longo da gravidez. Índice de Massa Corporal – IMC O índice de massa corporal ideal deve estar entre 18,5 a 24,9 Kg/m². Porém, não é o ideal avaliar esse número sozinho, mas sim, dentro de um contexto. Por exemplo, pode ser que essa mulher seja atleta e conte com uma massa muscular volumosa e baixa gordura. Percentual de gordura corporal As referências indicam de 18% a 28% níveis adequados de gordura corporal como adequados para engravidar. Esse é o mesmo número para toda a população que é considerado saudável. Também a circunferência da cintura mais recomendada é de até 88 centímetros. A importância do equilíbrio Recebo, também, em meu consultório, mulheres e homens com alta preocupação relacionada ao excesso de peso. Considero bastante positivo, afinal, manter o peso saudável tem a sua importância. Muitas mulheres contam com essa preocupação de retornar ao peso e aos contornos de antes da gestação o quanto antes, assim que passam pelo parto. Também por isso planejam bastante esse período, além da saúde do bebê. Porém, quando a mulher conta com IMC muito baixo e pouca concentração de gordura no organismo, isso também ocasiona em prejuízos para a saúde. A avaliação destes itens é fundamental, lembrando que nenhum deles pode ser analisado sozinho, afinal, o corpo precisa ser visto como um todo. Desta forma, o nutricionista materno infantil tem fundamental importância na preparação pré-gestacional, afinal, o estado nutricional da mulher no momento da concepção tem um grande impacto na gestação, inclusive, refletindo profundamente na saúde do bebê. Espero que este post esclareça as dúvidas sobre como avaliar a mulher que pretende engravidar. Uma aula gratuita sobre exames laboratoriais Entendo compreender os exames laboratoriais da mulher que pretende engravidar é importante, mas também, desafiador. Por isso, eu e meu colega Alexandre Aguiar preparamos uma aula exclusiva sobre interpretação de exames laboratoriais. Para assistir, basta clicar no botão abaixo:

Detoxificação pré-gestacional: como avaliar a mulher?

Você já ouviu falar na detoxificação pré-gestacional? Quando a mulher encontra-se no preparo para engravidar, é muito positivo que busque pelo seu equilíbrio homeostático. Isso significa que o organismo deve estar livre de toxinas e disruptores endócrinos ao máximo possível, a fim de que não atrapalhe as funções orgânicas. Quando a mulher está intoxicada, o risco de que estes metabólitos tenham uma influência negativa já na concepção é muito grande. Por isso, a detoxificação pré-gestacional é de extrema importância para garantir a saúde de mãe e bebê. Planejamento individualizado Cada mulher tem a sua história. Portanto, a detoxificação precisa contar com um planejamento individualizado. Através do exame laboratorial, o nutricionista consegue mapear as maiores necessidades da futura gestante e também quais elementos estão em excesso. A partir dessas informações, traçamos metas que a mulher tenha reais condições de cumprir. Nesse momento, a ação concreta importa muito mais que a mera idealização de um melhor tratamento. A educação nutricional é muito importante nessa etapa. Caso nunca tenha passado por uma reeducação alimentar, esse é o momento para que faça. Assim, entra na gestação com o corpo e a mente organizados em prol da saúde do bebê. A detoxificação pré-gestacional não vale só para a mulher: o homem também precisa realizar melhorias no estilo de vida caso queira proporcionar mais saúde ao bebê. As recomendações mais comuns desse período são: Eliminar o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas; Não incluir alimentos ultraprocessados na alimentação; Ficar longe de temperos artificiais; Sempre que possível, trocar o plástico pelo vidro. A alimentação saudável Além da suplementação, a alimentação também dá o apoio que a saúde da tentante siga equilibrada e longe de toxinas. Assim, não diz respeito apenas ao que comer, mas também aos momentos de fazer as refeições. Nem sempre comer de 3 em 3 horas é a regra, ou mesmo, passar muitas horas sem comer. A realidade de cada mulher deve ser avaliada. Afinal, a ansiedade por alimentos pode piorar muito as escolhas quando for saciar a fome. Toda a reeducação alimentar deve ser voltada ao incentivo de comer a comida de verdade e precisa ser levada a sério. Caso passe muito tempo fora, ou vá até um local onde não sabe se é possível alimentar-se, levar junto uma marmita pode ser uma opção. No geral, também oriento minhas pacientes a tomar cuidados com os rótulos dos alimentos. Quanto mais os nomes parecem com alimentos, mais são comida de verdade. Quanto mais parecem aditivos de farmácia, mais longe estão de serem saudáveis. E, quanto mais numerosos forem, maiores os indícios que são bastante processados. Eliminando as toxinas do ambiente Trocar o plástico pelo vidro é essencial, principalmente, porque muito se sabe sobre o bisfenol-A, mas, estudos vem mostrando que nossa exposição diária ao longos dos anos é tão significativa que eles tendem a se acumular no nosso corpo, especialmente no tecido adiposo. Nosso organismo sabe lidar com os excessos de alimentos e até alguns ingredientes em certo nível. Porém, quando trata-se dos disruptores endócrinos existentes no ambiente, o corpo simplesmente acumula e não consegue se livrar. Esses disruptores são confundidos em nosso corpo com hormônios, o que atrapalha muito o equilíbrio homeostático. Assim, é preciso levar em consideração as substituições desses elementos e também investir em uma alimentação que favoreça a desintoxicação. Um alimento que estudei em meu doutorado, favorável a eliminar os tóxicos do organismo, é o kefir. Pode fazer parte do café da manhã dessa família, por exemplo, pois conta com muitos benefícios a longo prazo. Como fazer essa avaliação? Para realizar uma avaliação aprofundada do estado nutricional desta mulher que vai ser refletida diretamente na saúde do futuro bebê, devem ser observados vários exames laboratoriais (Vitamina D, B12, ferro, ferritina, ácido fólico, insulina, hemoglobina glicada, hemograma, metais pesados, etc.) que irão dar uma noção do estado nutricional e de uma possível inflamação e intoxicação. A partir daí, poderá ser traçado um plano de ação individualizado, afinal, cada um tem o seu próprio histórico. Mas atenção! Essa destoxificação deve ser feita no período pré-gestacional e não depois. Ao longo da gestação, a conversa muda porque a mulher deve ter nutrientes necessários para garantir o bom desenvolvimento do bebê. Aula gratuita sobre interpretação de exames laboratoriais Entendo que é um grande desafio compreender os exames laboratoriais. Por isso, eu e meu colega Alexandre Aguiar preparamos uma aula exclusiva sobre interpretação de exames laboratoriais. Para assistir, basta clicar no botão abaixo:

Qual é o papel do ferro na gravidez?

Suplementar ferro na gravidez é muito importante para a saúde da mãe e a boa formação do bebê que está por vir. Apesar de ser o suplemento mais comum e conhecido pelas gestantes, a realidade é que existem desafios ao administrá-lo. Tanto na questão da interpretação dos exames laboratoriais, que exigem um olhar apurado do profissional em relação aos níveis de ferro, quanto em suas reais necessidades. Continue até o final para entender o papel do ferro na gravidez. Quanto antes suplementar, melhor Se a mulher está tentando engravidar, é interessante que inicie a suplementação ainda enquanto tentante. Além de manter o corpo mais saudável e propício para a fertilidade, também garante que o feto garanta o seu aporte de ferro adequado desde as primeiras semanas da gravidez e tenha uma boa reserva. Quando a mulher não sabe que está grávida. Evita, também, que desenvolva a deficiência de ferro e evolua para um quadro anêmico. Por que o ferro é tão importante? A gestante tem uma alta demanda pelo ferro. Além de suprir as suas próprias necessidades, é preciso garantir para a nova vida que está sendo formada. Esse é o nutriente necessário para a formação do bebê, das células vermelhas e pelo transporte de oxigênio pelo organismo. É o que dá suporte ao metabolismo energético e ao sistema imunológico. Quando o ferro está em baixos níveis, todos esses aspectos são prejudicados. Sinais da deficiência do ferro A mulher pode sentir que os níveis de ferro estão baixos quando: Sente-se cansada,  Apresenta palidez na pele; Dificuldade para respirar; Menor disposição e vitalidade. Todos esses são sintomas de anemia. As consequências vão além dos incômodos. O bebê pode nascer com tamanho menor e com restrição de crescimento. Também pode trazer complicações no parto prematuro e aumenta as chances de mortalidade perinatal. Essa criança que não recebeu os níveis adequados de ferro na gravidez sofre com esse prejuízo ao longo de sua vida. Quanto suplementar? Quando a mulher procura pelo atendimento de um nutricionista e realiza exames, é comum que seja necessário um personalizado desse suplemento de acordo com a sua individualidade. Em primeiro lugar, porque o ferro não é o único nutriente que precisa ser suplementado. Quando outras vitaminas e minerais estão em falta, infelizmente, o ferro não é tão bem absorvido nem realiza todas as suas funções. Além disso, se a gestante está muito inflamada, o balanço de nutrientes tende a ser ainda mais importante para reverter esse quadro. Um simples polivitamínico de farmácia pouco auxilia nessa fase, afinal, a gestante precisa de muito mais ferro do que contém nesses suplementos prontos. Por isso, cabe ao profissional avaliar a gestante em sua totalidade e corrigir as suas deficiências nutricionais. Alimentação e suplementação A gestação é uma fase em que a alimentação, por mais saudável que seja, não dá conta de proporcionar todos os nutrientes necessários. Assim, deve ser uma aliada ao equilíbrio homeostático, porém, a suplementação continua fundamental. Na maioria dos casos, a concentração de nutrientes nos alimentos é mais baixa do que as necessidades da gestante. Por isso, é papel do nutricionista materno-infantil avaliar essa mulher para entender como equilibrar a alimentação e a suplementação. É muito comum que a gestante tenha dificuldade em consumir a dose de ferro adequada via oral, pois causa enjoos ao longo da gestação.  No vídeo abaixo, o Dr. Eric Slywith conta a sua experiência em relação à suplementação do ferro e como supera esses desafios em seu dia a dia de consultório. Para conferir, basta dar um PLAY abaixo: Aula gratuita sobre interpretação de exames laboratoriais Entendo que é um grande desafio compreender os exames laboratoriais. Por isso, eu e meu colega Alexandre Aguiar preparamos uma aula exclusiva sobre interpretação de exames laboratoriais. Para assistir, basta clicar no botão abaixo:

Mamadeira para dormir melhor: será que vale a pena?

Dar uma mamadeira para ajudar o bebê a dormir melhor é um conselho que muitas famílias ouvem de outras famílias que também passaram por dificuldades na hora do sono. Existe um imaginário que ensina como dar mamadeira para o bebê antes de dormir faz que ele fique mais saciado e, assim, não acorde para mamar de madrugada porque não vai sentir fome. Mas, será que é verdade? O ciclo de sono do bebê Assim que o bebê nasce, ele ainda está numa fase de ajustes do seu ciclo circadiano. É normal que as mamadas sejam frequentes, afinal, seu estômago ainda é bem pequeno e cabe pouco leite. Mas, esse número de vezes que o bebê mama também pode estar ligado à rotina da família e do quanto esse pequeno ser humano é afetado por ela. Durante os primeiros meses, é importante que o bebê seja amamentado exclusivamente no peito em livre demanda para que o organismo da mãe entenda que é preciso produzir mais leite. Ou seja, quanto mais o bebê mama, o cérebro da mãe recebe a mensagem de que a produção deve ser adequada às necessidades do filho, tanto em questão de nutrientes quanto de quantidade. É por isso que, todas as vezes que o bebê mostra que precisa mamar, é importante que seja levado ao peito. É esse conhecimento que a mãe passa a ter com seu bebê. Algumas famílias, em meio a esse processo, conseguem ajustar a rotina de mamadas e sono. Mas, nem sempre é assim. Por que a mamadeira não ajuda a dormir? Conforme o bebê cresce, o seu pequeno estômago passa a ter maior capacidade. Porém, quando é amamentado exclusivamente ao seio, as quantidades são adequadas à demanda de alimento. Assim, ao oferecer a mamadeira, corre-se o risco de alimentar o bebê a mais ou a menos do que ele costuma precisar. Esse fato, aliado à composição da fórmula infantil, pode ocasionar em aumento de chance de alergia. Isso porque a proteína da fórmula infantil é mais alergênica que a proteína do leite materno. Assim, além de não resolver, pode prejudicar a saúde da criança. Caso desenvolva, de fato, a alergia à proteína do leite de vaca – APLV, as noites de sono também podem piorar devido aos sintomas que o bebê pode apresentar. Nem sempre acordar de madrugada é sinal de fome É importante investigar as causas que fazem esse bebê acordar à noite. Além da fome, outros motivos podem tirar o sono do seu filho, como fralda cheia, desconfortos, nascimento dos dentes, cólicas ou mesmo mudanças pequenas da rotina que a família. Assim, quando a mamadeira não resolve, é muito comum que a família dê mais mamadeiras ao longo da noite. Isso pode afetar a nutrição do bebê e, pior, deixar de resolver alguma questão que essa criança tenha. Portanto, se o bebê não dorme bem, consulte o nutricionista materno-infantil para que ele auxilie a investigar por quais motivos isso está acontecendo. Caso essa criança esteja em fase de introdução alimentar, essa consulta é ainda mais importante. Para saber mais, assista ao vídeo abaixo e aproveite para se inscrever em meu canal do YouTube.

Seletividade alimentar: como famílias e profissionais da saúde podem lidar?

A seletividade alimentar é um grande desafio para papais e mamães que precisam lidar com criança que aceita poucos tipos de alimentos. Quando chegam ao consultório do nutricionista, ou do pediatra, esses pais normalmente já fizeram diversas tentativas para que os filhos tenham uma alimentação mais saudável e diversificada. Neste artigo, quero abordar como o profissional de saúde pode atuar junto da família ao resolver problemas de crianças muito seletivas na hora de comer. Características da seletividade alimentar A seletividade alimentar costuma atingir crianças e adultos. No entanto, para os dois grupos, conta com características em comum: Dar preferência a alimentos com cores específicas; Evitar alimentos com cores, sabores ou texturas particulares; Aversão a determinados grupos alimentares; Enjoos diante de novos alimentos; A criança fecha a boca e diz que não vai comer de nenhuma maneira. Nem sempre a criança seletiva apresenta problemas de baixo peso ou mesmo sobrepeso. Porém, no longo prazo, correm o risco de desenvolver essas e outras doenças. A atenção à família: o primeiro passo Os casos de seletividade alimentar na infância costumam ser extremamente trabalhosos. Essa família, provavelmente, já ouviu bastante sobre a importância da alimentação saudável. No entanto, quando não é possível dialogar com a criança e nada é negociável, uma alta dose de paciência é necessária. A família já sofre com os efeitos que a seletividade alimentar tem sobre a vida social. Por isso, o primeiro passo é ouvir atentamente como essa seletividade alimentar vem se manifestando. E isso inclui perguntar: Quais alimentos específicos a criança aceita; Se existem horários específicos para aceitar alimentos; Se ela só come determinada marca, ou conta com outras manias; Se prefere comer alimentos de uma cor específica. A partir dessas informações, é possível traçar metas para essa criança ter uma alimentação mais diversificada. Traçar metas que possam ser executadas De nada adianta prescrever uma dieta que a criança não vai seguir. Muitos pais chegam até o meu consultório desanimados, afinal, após relatarem constantemente as dificuldades relacionadas à seletividade alimentar, recebem orientações que não funcionam. Oras, de que adianta tentar oferecer um prato de salada para uma criança que só aceita comer batatas? Diante do diagnóstico, reunindo todas as informações sobre a rotina alimentar da criança, o profissional de saúde pode auxiliar a desenhar estratégias com pequenas metas que levem a uma alimentação mais saudável. Por exemplo: se a criança só aceita purê de batatas, é possível fazer tentativas de introduzir alimentos na mesma consistência. Ela pode resistir diante de opções de alimentos mais duros, porém, aceitar purê de mandioquinha, moranga, entre outros. Quando a criança só come batatas, por exemplo, pode ser a mesma situação: oferecer outros tipos de batatas e alimentos relacionados. A chance dessa criança aceitar o alimento é muito maior. Aos poucos, novas opções podem entrar no cardápio. A criança não vai aceitar brócolis na primeira semana quando está sendo alimentada à base de mamadeiras. Mas, se ela for apresentada ao brócolis após passar por outros alimentos verdes,  O que nunca devemos fazer? Acredito que existem alguns erros que profissionais cometem com a família e as crianças e jamais deviam ser cometidos. O primeiro deles está relacionado a esperar que a criança fique com fome e não ofereça nada além do que foi prescrito na dieta. É importante exercitar a sensibilidade em relação à família. Já atendi casais que receberam como orientação não deixar que a criança fosse alimentada com a mamadeira porque quando sentisse fome, aceitaria o novo cardápio. No entanto, a chance dessa criança comer é muito baixa. Deixar de comer é muito pior do que alimentar-se com aqueles alimentos que não são adequados à sua saúde. Também não é interessante receber essa família com julgamentos. Eles já estão cansados dos olhares preconceituosos. Assim, acabam descontando toda essa frustração na criança e acabam taxando como “a criança que não come”. O que acontece? Essa criança cresce rotulada como aquela que “come mal” e torna-se cada vez mais disso! Por isso, não é nada saudável falar dessa maneira com a criança, por mais resistente que seja. Uma avaliação completa é o primeiro passo para resolver a seletividade alimentar Antes de mais nada, a criança precisa ser avaliada em sua totalidade. É bem provável que, por estar constantemente alimentada sem nutrientes suficientes, seja importante administrar a suplementação supervisionada por uma equipe multidisciplinar de saúde. Em seguida, a reeducação alimentar pode ser conduzida com muito mais tranquilidade e segurança. Cada pequeno avanço é uma verdadeira vitória para essa criança e sua família, afinal, é assim que irão proporcionar uma alimentação mais nutritiva e favorável ao desenvolvimento. Espero ter ajudado a compreender a seletividade alimentar de forma que pais e profissionais da saúde entendam que, apesar dos desafios, é possível contornar essa situação.

Estudo demonstra como a amamentação previne obesidade infantil

A relação entre amamentação e obesidade infantil está sendo amplamente investigada por estudos científicos. Sabemos que é fundamental seguir a orientação da Organização Mundial da Saúde – OMS de recomendar o leite materno como alimento exclusivo durante 6 meses de idade e, depois, seguir amamentando até pelo menos os 2 anos de idade. No entanto, também já sabemos que pelos motivos mais diversos as crianças são cada vez menos alimentadas no peito. Esse período de amamentação é cada vez mais curto e, em muitos casos, sequer cumpre os 6 meses de vida. Esse fato merece a atenção de todo profissional que atua na área da saúde materno-infantil. Quando falamos em transformar a saúde das próximas gerações, cada orientação dada a uma gestante ou mamãe hoje é uma semente plantada no futuro. A relação entre amamentação e peso saudável Um estudo realizado na Espanha, em 314 adolescentes, que participam do programa Healthy Lifestyle in Europe by Nutrition in Adolescence. Esses adolescentes foram bebês que nasceram com baixo peso, ou seja, metabolicamente contam com risco aumentado para obesidade. Os participantes foram divididos em dois grupos: aqueles que foram amamentados por pelo menos 3 meses e aqueles que não foram amamentados. De acordo com as análises, os adolescentes que não receberam leite materno tiveram uma massa adiposa abdominal aumentada se comparado ao grupo que foi amamentado. A conclusão desse estudo foi de que o aleitamento materno pode, sim, minimizar os impactos da programação metabólica com tendência a obesidade. Leia também: 10 benefícios da amamentação para mamãe e bebê A obesidade infantil epigenética Esse é um dos maiores problemas de saúde pública que enfrentamos em nossos dias. Sempre que existe alguma agressão intra uterina por qualquer motivo que seja, esse bebê nasce programado metabolicamente de forma deficiente. Seu organismo aprende desde muito cedo a poupar nutrientes e, dessa forma, o seu desenvolvimento é prejudicado. Essa programação leva a tendência de diversos problemas de saúde no futuro. A obesidade epigenética leva a uma resistência insulínica que pode ser porta de entrada para muitas outras doenças como: Esteatose hepática; Hipertensão; Diabetes; Síndrome metabólica Os casos de crianças com essas doenças, antes consideradas doenças de pessoas idosas, tem crescido muito nos consultórios, de maneira que não acontecia há algumas décadas. Por isso, cabe também ao profissional de nutrição materno-infantil e áreas afins da saúde que encorajem a amamentação. Vestir a camisa do aleitamento materno é um dos passos mais importantes no rumo de levar mais saúde a essa geração. Espero com este artigo ter esclarecido sobre a relação entre amamentação e obesidade infantil. Para saber mais, assista ao vídeo abaixo e aproveite para se inscrever em meu canal do YouTube.

Crianças vegetarianas: como fazer a introdução alimentar e conduzir a alimentação?

As dúvidas sobre crianças vegetarianas são bastante comuns. Estamos muito mais acostumados com adultos vegetarianos que decidem por esse estilo alimentar. Assim, quando deparamos com crianças que não comem carne, a tendência é de ficarmos surpresos. Existem duas situações em que a criança pode se tornar vegetariana. A primeira é por influência dos pais, que nunca alimentaram desde bebê com carne. A segunda é por decisão própria da criança, após alguma idade, em ser vegetariana. Muitas famílias procuram saber como fazer a introdução alimentar do bebê vegetariano e, outras, como adaptar a alimentação da criança que não deseja mais comer carne. Fazendo a introdução alimentar do bebê vegetariano Não há problema algum em apresentar os alimentos ao bebê sem nenhuma opção de carne. Contudo, cabem algumas observações. Assim como qualquer introdução alimentar, o bebê deve ser apresentado a todos os grupos de alimentos conforme falei neste artigo. O prato pode ser subdividido em seis partes, onde deve conter: Cereais, raizes, batatas e grãos; Leguminosas; Verduras. Para aumentar o aporte de ômega-3 do bebê, é interessante colocar junto desses alimentos o azeite de oliva e a linhaça. As minhas recomendações de utilizar temperos naturais e evitar o sal antes de 1 ano de idade continuam valendo para o bebê vegetariano. Para esse bebê, especificamente, é importante oferecer uma fruta cítrica após o almocinho para melhorar a absorção do ferro dos alimentos. Além disso, o bebê vegetariano também pode precisar de alguns suplementos, como a vitamina B12. E se a criança parou de comer carne porque quis? Quando a criança decide parar de comer carne, o papel da família é respeitar essa escolha e buscar orientação de um nutricionista materno-infantil. Caso a alimentação dessa criança seja balanceada, não há problema parar de comer carne. Se alimentos como ovos e lácteos continuam fazendo parte da rotina alimentar, saiba que eles contém proteínas. No entanto, para aqueles que não consomem essas opções, é preciso ficar atento às fontes vegetais de proteínas, ferro, cálcio, zinco, ômega 3 e vitamina D. Assim como o bebê, essa criança também deve garantir um prato com todos os nutrientes e o consumo da fruta cítrica – ou o tempero com limão na comida – segue válido. O importante é ficar atento ao desenvolvimento da criança e aos exames laboratoriais periódicos, que podem ser avaliados com o nutricionista e o pediatra. Espero que este artigo seja explicativo sobre introdução alimentar do bebê vegetariano e como lidar com crianças vegetarianas. Até a próxima!

Mães de UTI neonatal: dicas de quem já viveu essa realidade

Nenhuma mãe está preparada para ver que seu bebê está na UTI neonatal. A primeira sensação é a de que todos os planos foram paralisados, afinal, ela recebe alta e o bebê fica. Esse retorno para casa sem o filho nos braços é muito doloroso. Infelizmente, nem sempre é possível ter alguma previsão em relação à alta do bebê. Conheço muito bem a realidade da UTI Neonatal. Em primeiro lugar, porque fui enfermeira e trabalhei nesse ambiente por uma década. Além disso, eu mesma fui uma mamãe de UTI neonatal, quando minha filha Marina nasceu e viveu em uma UTI durante 1 ano e 4 meses. Isso me permitiu uma visão ampla sobre essa realidade dura, porém, que passa para todas as mães. Portanto, quero compartilhar algumas dicas provenientes da minha experiência na UTI neonatal. Viver um dia de cada vez Quando eu era enfermeira, convivia de perto com a ansiedade das mulheres por levar o bebê para casa o mais rápido possível. Infelizmente, nem sempre temos como fazer previsões. Em uma UTI neonatal, 24 horas podem ser decisivas para o quadro do bebê. Sua saúde pode melhorar ou piorar repentinamente, ou, nada acontecer. É muito importante compreender e aceitar cada dia como único. Quando a mãe sofre por antecipação em relação a cada novidade relacionada ao quadro do bebê, isso não traz nenhum benefício. A melhor saída é acalmar o coração. Apesar da situação da UTI, o bebê está vivo e provavelmente recebendo todos os cuidados possíveis e necessários. É muito difícil para uma equipe de UTI neonatal dar previsões sobre como o bebê estará no dia seguinte. No entanto, o bebê na UTI é muito diferente de um adulto. Sua capacidade de melhora é muitas vezes maior, até pelo seu quadro. Em muitos casos, a situação não é gravíssima. Caso sinta uma angústia muito grande, procure ajuda do serviço social e psicológico que costumam integrar as equipes de UTI neonatal. Não significa que você não possa contar com ajuda e desabafar, porém, saiba que tudo que é possível está sendo feito. Confie na equipe que cuida do seu bebê Enquanto está na UTI neonatal, o bebê é assistido por uma equipe composta por todos os profissionais que precisam estar ali e servir à sua recuperação. Geralmente, é composta por uma equipe de enfermagem e por um médico que passa em um mesmo horário diariamente para monitorar a saúde do bebê. É importante que a família conheça essa equipe, deposite sua confiança e tenha uma boa comunicação. Saiba que horas o médico passa e esteja lá no momento. Também é essencial aproveitar para tirar dúvidas. Tenha fé Diante de ver um filho a UTI, muitos pais e mães podem sentir uma enorme solidão. Quando a minha filha Marina estava na UTI, não foi o meu vasto conhecimento nesse setor ou o quanto meu marido também sabia – afinal era médico de UTI – que eu me senti fortalecida. Foi pela minha fé. Se o seu bebê não apresentou melhora e aparece o medo de voltar para casa e não encontrá-lo vivo quando voltar, entenda que Deus sempre dá importância ao seu sentimento, inclusive diante da dor. Não se preocupe em orar e chorar. Contar com a ajuda divina é muito importante nessa hora. Invista na sua autoestima Com certeza, ninguém deseja ver o seu filho a UTI. Porém, quando essa situação chega, não é hora de ficar abatida e para baixo. Mesmo entendendo que pode se deparar com dificuldades no dia, recomendo que vá de cabeça erguida e coração tranquilo à UTI. Em especial porque o seu bebê precisa da sua mãe bem, mas sabe quem mais precisa? A própria mãe. Caso sinta dificuldades, não hesite em pedir ajuda. Ter amigos com quem contar é essencial. Nesse momento, peça e aceite ajuda sempre que for preciso e possível. O apoio das pessoas ao redor traz conforto e faz sentir mais forte. Espero que minhas dicas sobre UTI neonatal possam ajudar mamães que estão passando por esse momento tão difícil. Para saber mais, assista ao vídeo abaixo e aproveite para fazer sua inscrição em meu canal do YouTube.