Quais alimentos aliviam o enjoo na gravidez?
Os enjoos na gravidez são comuns, principalmente no primeiro trimestre. Esse enjoo no início da gestação deve-se principalmente pelo aumento repentino de hormônios beta HCG no corpo feminino. Normalmente, as gravidinhas sentem esse mal-estar pela manhã. Afinal de contas, o corpo da mulher está passando por mudanças profundas e se preparando para gerar uma nova vida. A notícia boa é que esse desconforto dos enjoos e dos vômitos podem ser minimizados. Felizmente, há alguns alimentos que aliviam o mal-estar causado pelos enjoos. E é sobre aliviar esses enjoos na gravidez que falo abaixo. Vamos conferir? Os enjoos na gravidez Os enjoos matinais são náuseas e/ou vômitos experimentados durante a gravidez. Estudos inclusive apontam que cerca de oito em cada dez mulheres apresentam enjoos na gravidez logo pela manhã. Aliás, uma coisa que se tornou quase como um sintoma da gravidez são os enjoos. Vemos na TV mulheres que suspeitam estarem grávidas e já com sinais de enjoo. Claro que há um certo exagero nisso tudo, mas o fato é que eles fazem parte da gestação da grande maioria das mulheres nas primeiras semanas. Para outras, o enjoo pode inclusive durar toda a gestação. Outro ponto importante é que náuseas e vômitos intensos, especialmente se você não consegue engolir nenhum líquido, podem resultar em desidratação. E isso pode ser especialmente prejudicial durante a gravidez. Leia também::: Por que existem alimentos que a gestante não deve consumir? Como a alimentação pode ajudar O primeiro passo é entender o que a mulher tolera como alimento nesse período. Sempre receito um plano alimentar dentro do que considero ideal, mas pode acontecer da mulher não tolerar um item ou outro. Algo que acontece bastante é a mulher sentir o enjoo logo cedo, quando se levanta da cama. Nesse caso, a orientação é que elas tenham algo ali do ladinho da cama, no criado mudo, para comer antes mesmo de sair da cama. As mulheres podem ter um biscoito salgado, uma torradinha integral, um biscoito de polvilho integral. Ao comer esses alimentos “salgados” — em geral, as grávidas toleram mais. Lembrando que é importante aguardar alguns minutinhos, e só então depois se levantar. Acredito que em muitos casos esses enjoos na gravidez estão ligados a uma hipotensão postural. Quando ela se levanta pode ter uma leve queda na pressão e esse enjoo iniciar, então vale a pena levantar mais devagar. Dê preferência pelos sólidos Outra dica são os alimentos sólidos. É muito importante a gestante se manter hidratada, mas isso pode desencadear o enjoo. Como solução recomendo ela chupar um gelinho, fazer um picolé com frutas naturais. Isso ajuda a manter o corpo hidratado. Uma coisa que observamos bastante é que a grávida tolera também melhor o que é ácido. Por isso, o iogurte, a coalhada, ou mesmo uma água com algumas gotas de limão são sempre indicadas. Também é importante a mulher não ficar muito tempo de estômago vazio. Inclusive recomendo que elas façam ao menos quatro refeições ao dia. No plano alimentar, o ideal é que ela faça um bom café da manhã e um bom lanche à tarde. Além de duas refeições principais, que seria o almoço e o jantar. Isso também ajuda bastante a evitar os enjoos na gravidez. Mas há casos que é necessário reduzir ainda mais esse tempo entre refeições, com lanches menores, como uma torradinha, para evitar que essas ondas de enjoo retornem. A mulher gestante também deve evitar alimentos muito gordurosos ou muito condimentados. Isso pode contribuir para a sensação de mal-estar após as refeições. Leia também:::: Quais bebidas para grávidas são permitidas? Tudo vai passar Infelizmente os enjoos na gravidez são parte do processo de mudança do corpo feminino. Ele se prepara para gerar uma vida. Em geral, são mais frequentes no primeiro trimestre e depois passam. Por isso, faça o seu melhor para permanecer firme e praticar o autocuidado. Descanse bastante e também mantenha a calma praticando técnicas de relaxamento, como respiração profunda e meditação. Portanto, lembre-se, por mais desagradável que seja, os enjoos na gravidez costumam ser um bom sinal de que sua gestação está no caminho certo. E para saber um pouquinho mais sobre nutrição e enjoos na gravidez, confira o vídeo que publiquei no meu canal no Youtube, em que converso sobre o tema com a Dra Érica Mantelli. É só dar o play abaixo!
Obesidade infantil: como iniciar uma mudança alimentar?
Recebo muitas perguntas de mamães em dúvida sobre o peso dos seus filhos. A obesidade infantil é um medo gigante, e que pode ser evitada com uma mudança alimentar. Antes um problema comum aos americanos, a obesidade infantil ela vem ganhando cada vez mais campo também no Brasil. Por exemplo, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2017, apontam um total de 124 milhões de crianças e adolescentes obesos em todo o mundo. No Brasil, 9,4% das meninas e 12,4% dos meninos são considerados obesos, de acordo com os critérios adotados pela OMS para classificar a obesidade infantil. Essa é uma preocupação séria, e que só conseguiremos reverter com mudanças nos hábitos alimentares não só das crianças, mas das famílias. Avaliação familiar O primeiro passo para fazer uma mudança alimentar nas crianças, é por meio das famílias. Um ponto importante que merece a reflexão é que a criança é fruto do meio em que vive. Por exemplo, o que os pais estão comendo? É saudável? É um bom exemplo para as crianças? Afinal, como fazer uma mudança alimentar nos pequenos, se o exemplo que você dá não é bom? Ao ver você se alimentando mal, a criança tomará isso como referência, de que isso seja o correto. E não é! Papai e mamãe também às vezes estão com excesso de adiposidade. E dessa forma, também é recomendado que busquem auxílio de um nutricionista para um acompanhamento nutricional. Quando a família se torna mais saudável, automaticamente a criança também se torna. Dessa forma fica mais difícil ela sofrer de obesidade infantil. Leia também::: Qual é a relação entre alimentação e crescimento da criança? Como colocar em prática Feita a mudança familiar em busca de uma alimentação mais saudável, algumas regrinhas podem ser estipuladas. Por exemplo, banir guloseimas e outros alimentos altamente açucarados de casa. Ir e também levar seu filho à feira, para ele conhecer melhor as frutas e verduras, e dizer quais gosta ou gostaria de experimentar. Chame também seu filho para cozinhar. Para ele conhecer como são preparados os alimentos e com isso, também despertar seu interesse por novos sabores. Explique para ele sobre a importância de se comer bem, que não é apenas para ficar magrinho. Ao contrário, é para deixar nosso corpo forte e saudável. Jamais subestime a capacidade de inteligência das crianças. Elas possuem uma capacidade incrível desde quando são muito pequenininhos de absorver aquilo que ensinamos. Por isso use sempre palavras positivas e trabalhe também a conscientização de toda a família de comer sempre alimentos saudáveis. Leia também::: Como se formam os hábitos alimentares das crianças? Hora certa para guloseimas Outro ponto importante é criar regras para o consumo de guloseimas. Por exemplo, quando vão a um aniversário, é claro que a criança vai querer comer e provar tudo. E não há nada de errado nisso, claro que desde que ele não queira comer a festa inteira, né? Porém, é preciso deixar sempre claro que o consumo de guloseimas deve ser feito em dias pré-determinados, e não sempre que a criança quiser. Pode ser só no final de semana, uma vez por mês quando forem ao parque, não importa. O importante é deixar claro que ele poderá comer algumas besteirinhas, mas apenas na hora certa. Devemos dar a informação certa Outro ponto que devemos mostrar às crianças é que não somos escravos da alimentação. E também não há mal algum sair uma vez por semana e ir a um restaurante comer aquilo que gostamos. Mas devemos mostrar que a alimentação vem para complementar nossa rotina e que podemos também comer de vez em quando alimentos que nos alegrem, que são muito gostosos. Só que não podemos transformar isso na nossa rotina. Pois, se isso acontecer, passaremos a ter uma série de problemas de saúde e também nos tornarmos obesos. Ofereça comidas saudáveis Outro ponto que preciso repetir é que nenhuma criança fica bom obesidade infantil se estiver se alimentando bem. Arroz, feijão, uma proteína, salada, isso não vai deixá-la obesa. Quando ela fica gordinha é porque está comendo alimentos ruins no seu dia a dia. Quem come comida de verdade, corre, brinca, não fica acima do peso. Quando recebo uma criança com obesidade, vejo que existem componentes que não deveriam existir. É aquela pizza na quinta, o hambúrguer na sexta. A comida japonesa em excesso no sábado. É o macarrão, o pacote de biscoito disponível a todo momento para a criança. São vários os motivos, e que se repetem toda vez que vejo uma criança obesa. Mas quando ajustamos aquilo que a criança come, temos um resultado muito rápido. Ou seja, seu filho não precisa fazer uma dieta restritiva em calorias. Ele precisa fazer uma dieta baseada na qualidade daquilo que come. A partir daí, faremos outros ajustes para que ele chegue ao seu peso ideal, de acordo com sua idade e sua altura. Espero que tenha gostado do artigo sobre obesidade infantil, e como dar os primeiros passos para uma mudança alimentar. E confira também o vídeo que gravei para o meu canal no Youtube sobre o tema. É só dar o play abaixo!
Qual é a quantidade de comida que o bebê deve comer por dia?
Quando iniciamos a introdução alimentar, é comum às mamães terem dúvidas sobre quanto o bebê deve comer por dia. Algumas acham que pode ser uma quantidade muito pequena, e seu bebê sentir fome. O que é importante ficar claro é que o início da introdução alimentar é, inicialmente, complementar. Ou seja, após os seis meses ele deve seguir sendo amamentado, com o alimento complementando e já preparando seu organismo para outros alimentos. Sei que existem várias formas de se fazer isso. E que também muitas mamães sentem-se inseguras quando ouvem falar que deve ser feito “assim ou assado”. ⠀ Para tirar essas dúvidas, compartilho abaixo algumas orientações que oriento durante consultas para as famílias que também ficam em dúvida sobre quanto o bebê deve comer por dia. Quando iniciar a introdução alimentar É indicado que a introdução alimentar aconteça aos seis meses de idade, pois nessa fase, a maioria das crianças estão apresentando os sinais cruciais para a ingestão de alimentos. Aliás, até essa fase de vida do bebê, é muito importante que ele seja alimentado exclusivamente com leite materno. Mas, quando chega essa fase, é difícil determinar quanto um bebê come quando você está amamentando. Ou seja, ele pode querer mais alimento, ou preferir ser mais amamentado. Dessa forma, é importante sempre deixar claro que não há uma regra pronta, determinando exatamente quanto um bebê deve comer. Por isso, é de fundamental importância que essa introdução alimentar seja feita em conjunto entre pais e um nutricionista materno-infantil. Isso garantirá que o bebê tenha sempre a máxima nutrição e que sejam obedecidas suas necessidades diárias para o seu pleno desenvolvimento. Leia também::: Qual é a relação entre alimentação e crescimento da criança? Quanto o bebê deve comer por dia? A introdução alimentar, é um processo. E como tal, deve ser feito aos poucos, devagar, e respeitando sempre as particularidades de cada bebê. Porém, de forma geral é possível seguir as seguintes orientações: 6 meses completos Escolha um horário da manhã e comece a oferecer uma fruta amassadinha por dia (1 pêra pequena, 1 maçã pequena, 1 kiwi médio, 2 unidades de banana prata, 4 colheres de sopa de abacate são algumas sugestões). ⠀ 6 meses e uma semana Mantenha a oferta da fruta da manhã, e inicie o almoço (as quantidades variam de acordo com cada bebê, o ideal é conter alimentos dos principais grupos: proteína, carboidrato e vitaminas na forma de leguminosas e verduras). ⠀ 6 meses e duas semanas Mantenha a oferta da fruta da manhã, do almoço e acrescente uma segunda fruta no período da tarde! ⠀ 7 meses completos Mantenha a oferta de fruta pela manhã, almoço, fruta à tarde e inicie a oferta do jantar seguindo as mesmas orientações no preparo do o almoço. ⠀ Cada bebê é único Como mencionei acima, essas são medidas médias de alimentação, mas a escolha ideal deve ser baseada na característica de cada bebê. Mas vale lembrar que é muito importante fazer escolhas alimentares adequadas para o seu bebê durante o primeiro ano de vida. O crescimento ocorre mais nessa fase do que em qualquer outra época. Por isso, alimentar seu bebê com uma variedade de alimentos saudáveis na hora certa é o melhor caminho. Mas lembre-se sempre que começar bons hábitos alimentares nesta fase inicial ajudará a estabelecer padrões alimentares saudáveis para o resto da vida. Portanto, espero que tenha gostado do artigo sobre quanto o bebê deve comer por dia. E aproveito para já indicar meu curso “Bebê Vitaminado”, no qual abordo a alimentação do bebê nos seus primeiros 1.000 dias de vida. É só clicar no botão abaixo e acessá-lo agora mesmo!
Introdução alimentar e janela imunológica: como alimentar o bebê?
Até o sexto mês, a maior e melhor recomendação é o aleitamento materno, que deverá ser o único alimento do bebê. Após essa fase, iniciamos a introdução alimentar e com isso aproveitamos a famosa janela imunológica, que é o período em que o bebê estará desenvolvendo o seu sistema imunológico. Nesse momento, é comum as mamães terem muitas dúvidas sobre os alimentos alergênicos, se devem ser ofertados ou não ao bebê. Há também aquelas, que o primeiro filho apresentou uma alergia alimentar e com isso ficam com medo de passar novamente pelo processo alérgico com o outro bebê. Mas acalma o coração mamãe! Vamos falar sobre a introdução alimentar e a janela imunológica. Vamos conferir e tirar as dúvidas? O que é janela imunológica? Janela imunológica é um nome dado a um período em que o sistema imune está mais propício a aprender e está sendo desenvolvido. É muito comum as pessoas acharem que quando o bebê nasce, ele já está prontinho para tudo o que encontrará pela vida. E não é bem assim. O sistema imunológico, assim como a parte motora e neurológica do bebê está em desenvolvimento intenso nos primeiros meses de vida e ele deve ser estimulado para desenvolver corretamente o seu papel. É preciso que o sistema imune do bebê aprenda a se defender dos possíveis agentes estranhos, ou seja, que ele possa entender o que é bom e o que não é. Aliás, é preciso lembrar que o primeiro passo na formação do sistema imune do bebê ocorre logo no parto. No momento que ele passa pelo canal vaginal, já recebe as primeiras bactérias da mãe, que são importantíssimas para o seu desenvolvimento. A amamentação também têm um papel fundamental no desenvolvimento do sistema imunológico. Com o passar dos meses, o bebê cresce e surge também a chamada janela imunológica, que não tem necessariamente uma data para iniciar ou terminar. Nesta fase, é importante iniciar os alimentos com potencial alergênico, pois os estudos mostram que, o contato nesta fase proporciona mais benefícios e menor é a probabilidade de desenvolver alergias a determinados alimentos. Leia também::: Prevenir alergias alimentares do bebê: existe a possibilidade? Introdução alimentar e sistema imune Com seu crescimento, o corpo vai aprendendo o que é dele mesmo e quais são os possíveis agentes estranhos ou ameaças que precisa se defender. Isso é importante para que não desenvolva doenças autoimunes. Com a introdução alimentar, ele também passará a ter contato com proteínas estranhas. Nesse momento seu organismo vai reconhecendo essas proteínas e marcando quais são uma ameaça ao organismo. Nesse período o corpo do bebê se torna mais propício a aprender e a reconhecer as estruturas de agentes estranhos para o organismo, como por exemplo as proteínas presentes no ovo. Podemos simplificar a janela imunológica, como o período de aprendizagem que ocorre, na maioria das vezes, entre os seis meses e um ano de idade. Mas deve ser estimulado principalmente logo após os seis meses, já que essa janela vai se “fechando” conforme a criança vai completando seu primeiro ano de vida. Como começar a introdução alimentar Já falei em outros artigos aqui no blog, e mesmo em meus vídeos no Youtube, sobre como fazer a introdução alimentar nas crianças. E quando falamos em janela imunológica, é importante que esse início seja feito de forma gradual, principalmente evitando logo no início alimentos potencialmente alergênicos. Mas isso não quer dizer que eles não devam ser introduzidos. Ao contrário, a criança deve ter contato com ovo, amendoim, camarão e outros alimentos “críticos” também nessa janela imunológica. Afinal de contas, só ensinaremos o sistema imune e ele entrar em contato com o alimento. É importante frisar que não adianta apresentar o alimento uma única vez ao bebê, e achar que ele já criou suas defesas e não irá responder de maneira indesejada. Por exemplo, não basta dar amendoim uma única vez dentro da janela imunológica. É necessário introduzir, e garantir uma regularidade no consumo. Assim o sistema imune reconhece aquela proteína e a considera como normal ao organismo, e não como uma ameaça. Leia também::: Como oferecer alimentos sólidos ao bebê na introdução alimentar? Janela imunológica não é uma corrida Um ponto importante é que a janela imunológica não é uma corrida. Ou seja, você não precisa introduzir todos os alimentos potencialmente alergênicos logo no início da introdução alimentar do bebê. Esse é um processo que precisa ser construído diariamente, e também sempre respeitando o desenvolvimento da criança. Ou seja, não é porque você não deu amendoim aos seis meses, que não poderá dar a ele com oito. A janela existe, mas não quer dizer necessariamente que se você não fizer uso dela, ficará para o lado de fora. Outro aspecto importante é a diversidade alimentar nesse processo. A introdução deve ser realizada de modo a priorizar a variedade, e sempre respeitando os limites e o conforto do bebê. Isso torna o sistema imunológico mais forte e preparado para outros alimentos. Espero que tenha tirado suas dúvidas sobre introdução alimentar e janela imunológica. E para aprofundar seu conhecimento sobre esse importante tema, confira o vídeo que gravei com a Dra Ariana Yang. É só dar o play abaixo!
Refluxo em bebês: E aí?
Você sabia que o refluxo em bebês pode estar relacionado com o seu estilo de vida? Às vezes, o melhor “remédio” pode ser apenas algumas mudanças em sua alimentação. Vemos muitas crianças sofrendo com as chamadas “ites”, como sinusite, otite e rinite. Crianças sempre espirrando, tossindo, e na maioria das vezes, você já nem sabe mais o que fazer. Todos esses sintomas podem estar relacionados à presença de refluxo, que ainda não foi diagnosticado. Além disso, os sintomas podem estar relacionados com aquilo que ele come e com seu estilo de vida. Então, para saber como cuidar adequadamente de bebês com quadros de refluxo, apresento algumas dicas . Vamos conferir? Os alimentos podem causar refluxo em bebês? É muito importante refletirmos um pouco… O que você está colocando na mesa? Existem alimentos muito ácidos, altamente processados como, sucos de caixinha e refrigerantes, chocolates e tantas outras porcarias empacotadas… As crianças que consomem excessos de açúcar, entre outros alimentos industrializados, tendem a apresentar mais quadros de refluxo. Outro alimento que pode colaborar para o surgimento das “ites” é a ingestão do leite de vaca, algumas crianças são mais propensas a quadros alérgicos quando fazem o uso do leite de vaca. Nem sempre quadros alérgicos ocorrem por excesso de leite. Em alguns casos, quantidades mínimas são suficientes para causar os desconfortos respiratórios e até mesmo o refluxo em bebês. Leia também::: A importância das fibras na alimentação infantil Como melhorar a qualidade de vida do bebê? Para proporcionar qualidade de vida aos bebês e até mesmo reduzir quadros de refluxo, você precisa investir nos alimentos que oferece para ele. É fundamental que retire da rotina alimentar produtos altamente processados. Aliás, venho propor uma “faxina” em casa, com toda a família. Vamos retirar da dispensa os alimentos com conservantes e corantes. Além disso, é importante evitar a ingestão de líquidos antes de dormir. Para conduzir bem a ingestão de água noturna, dê água 40 minutos antes do jantar. Fazendo isso, observará grande diferença. Quando diminuímos a quantidade de líquido antes de dormir, reduzimos também a probabilidade de quadros de refluxo. Uma outra dica que pode ajudar muito é a elevação da cabeceira da cama. Isso é algo bastante simples de fazer, mas que tem um resultado ótimo no refluxo em bebês. Assista também::: Cuidados com alimentação da família – O que você coloca na mesa? Não desista! Como mãe, sei o quanto é difícil ver um filho sofrendo. Por isso, jamais desista. Se seu filho está constantemente com quadros inflamatórios, com alguma ite, busque descobrir a causa. Não podemos nos conformar com tantos casos crônicos e permitir com que as crianças passem anos fazendo uso contínuo de antibióticos. Por inúmeras vezes a causa principal poderia ter sido evitada, ou seja, quando fazemos as melhores escolhas em relação à alimentação, podemos reduzir quadro inflamatório e até mesmo o refluxo em nossas crianças. Sabemos que essas “ites” podem estar sendo causadas como reflexo de seu estilo de vida. Precisamos, como profissional e também como mãe e pai, ir à raiz do problema e encontrar as causas. Somente assim faremos o tratamento correto e proporcionaremos saúde e melhor qualidade de vida ao bebê. Espero que tenha tirado suas dúvidas sobre refluxo em bebês, e como você pode cuidar adequadamente! Um grande beijo!
Qual é a relação entre alimentação e crescimento da criança?
Seu filho está crescendo e comendo cada vez menos? Então você já deve estar preocupadíssima, e buscando informações sobre alimentação e crescimento da criança, não é? Mas acalma coração! Também sou mãe e sei o quanto isso é difícil, o quanto isso nos deixa preocupadas. Ficamos arrasadas quando acontece essas coisas, quando vemos nossos crescendo e comendo cada vez menos. Mas infelizmente essa é uma questão natural, da própria fisiologia do corpo humano, e é sobre essa relação entre alimentação e crescimento da criança que falo no artigo abaixo. Vamos conferir tudinho? Precisamos gastar energia! Imagine seu carro: você geralmente só vai abastecer quando o ponteiro do combustível está lá embaixo, não é? Assim é também com o nosso corpo. Só vamos nos alimentar quando nosso nível de energia estiver baixo. Mas para isso acontecer, é preciso consumir energia. E esse é um processo natural, de como nosso corpo é formado. Conforme a criança vai crescendo, amadurecendo, o seu metabolismo também começa a desacelerar. Além disso, diante de tudo o que vem acontecendo nos dias de hoje. Estamos cada vez mais dentro de casa, os eventos virtuais estão cada vez mais presentes, e como resultado, nossos filhos estão ficando cada vez mais sedentários. E se movimentando cada vez menos, gastando cada vez menos energia ao longo dia, é natural que as crianças comam menos. Afinal, é preciso sentir fome para comer. Ou seja, com crianças cada vez mais sedentárias, com um gasto calórico cada vez menor, essas crianças também estão precisando cada vez menos energia. Logo, estão com menos apetite. E uma criança que já não comia tanto, começa a sentir cada vez menos fome. Por outro lado, o corpo dela também vai se adaptando a isso. Leia também::: Como se formam os hábitos alimentares das crianças? Como mudar isso Mudar isso é, teoricamente, muito simples. O que precisamos é estimular essas crianças a gastarem novamente mais energia. Vou deixar uma dica muito interessante: nós precisamos levantar nossas crianças da cadeira. Temos que limitar as horas de tela, fazer um passeio com eles, pode ser no seu bairro, na sua vizinhança, em um parque. É preciso levar a criança em ambientes que ela possa frequentar com tranquilidade e segurança, mas onde também faça atividade física Isso é extremamente importante para a saúde mental e para a saúde física. Dessa forma, seu filho terá um gasto energético aumentado. Quando ela pratica exercícios físicos, que seja brincar, correr, pular, ele gastará energia e também sentirá mais fome. Alimentação e crescimento Outra dica super legal é chamar seu filho para a cozinha. Por exemplo, quando saiu com ele, fez uma caminhada, quando voltam o convide para fazer lanche gostoso. Para o chame ele para ajudar a preparar esse lanchinho delicioso juntos. Tenho certeza que ele vai se envolver no processo e olhar a sua refeição também com outros olhos. Esse é um movimento que nós devemos fazer como sociedade. Acordar essa geração para o fato que as crianças precisam ser mais ativas. E essa relação entre alimentação e crescimento vai também ter reflexo na sua saúde física, mental e emocional. Vamos juntos nessa? Espero que tenha gostado do artigo sobre alimentação e crescimento, e confira também o vídeo que postei no meu canal no Youtube sobre o tema. É só dar o play abaixo!
A prática da nutrição materno-infantil que a faculdade não ensina
A prática da nutrição vai além da faculdade. Essa é uma profissão que requer além de conhecimento técnico, é necessário um conhecimento completo de cada paciente para que os resultados sejam alcançados. É natural que estudantes de nutrição, ou mesmo quem já é formado na área, ter uma série de dúvida se esta é de fato a melhor carreira. E digo desde já: para quem ama a área, ela é sim uma profissão excelente e que pode lhe render muitos frutos. Mas para você ter uma carreira de sucesso, preparei algumas dicas que você pode aplicar na sua prática da nutrição. Vamos conferir? Abra sua mente Para você que deseja seguir na prática da nutrição, o primeiro passo é abrir sua mente! É preciso pensar além, sair daquele universo muito restrito que estamos. Quando fazemos a faculdade, e é normal que seja assim, temos um curso totalmente generalista. Mas quando queremos buscar uma área de atuação mais específica, como a nutrição materno-infantil, é preciso pensar fora da caixa. Essa área, apesar de ser também bastante ampla pelo fato de trabalharmos por períodos diferentes, também requer muito estudo, leitura. Por exemplo, é diferente cuidar de uma criança, um adolescente ou uma gestante. Precisa pensar além, ir além do que os livros falam. Nesse contexto, uma dica que dou é que a faculdade às vezes prende-se muito nas referências. Elas são muito importantes para nos dar um norte, mas é necessário que você desenvolva a sua clínica, o seu jeito de atender, a sua forma de entender o seu paciente. Faça um plano alimentar que possa ser executado Através da sua experiência clínica, você deve compreender os ajustes que podem ser necessários. Como dissemos, a referência da faculdade é um norte para dar seu conhecimento científico. Mas é o dia a dia que vai fazer você entender seus pacientes. E para isso é necessário fazer um plano alimentar perfeito e exequível, para que possa ter sucesso. Se isso não acontecer, nem você, nem seu paciente, terá sucesso. Isso porque ambos vão ficar extremamente frustrados. Por exemplo, qual a situação da criança que você vai atender? É uma criança seletiva, que não come absolutamente nada? Que come apenas dois ou três alimentos? Nesse caso, de nada adianta você passar um plano alimentar com quibe de quinoa germinado. Ela não vai comer, ela já não come tomate, não come nada de verdura. Por isso é necessário avaliar o que você tem a sua frente, pensar e fazer sua análise para cada situação. Não adianta fazer um plano lindo que não seja exequível. Leia também::: Como ser um nutricionista atualizado na área materno-infantil? Tenha empatia A faculdade também pode não ter te ensinado, mas você precisa ter empatia. Amar seu paciente, acolher o seu paciente. Sempre falo isso com meus alunos, que é muito importante olhar nos olhos e dizer: “Eu estou aqui, não para te julgar, mas para te ajudar numa caminhada rumo à saúde”. Todos nós temos dificuldades, todos nós vamos enfrentar desafios. Muitos vezes o paciente chega até você pedindo ajuda. Em geral, essas mães que chegam até você que é uma nutricionista materno-infantil está trazendo para você o bem mais precioso da vida dela, que é seu filho. E muitas vezes ela está sofrendo e muito por alguma queixa da saúde do seu filho. Ou essa gestante que está confiando em você a realização de um grande sonho, a potencialização da saúde do seu bebê. Por isso ame e acolha o seu paciente. Faça uma anamnese completa A faculdade muitas vezes não ensina ou não detalha que você precisa compreender a fundo a realidade do seu paciente. Fazer uma anamnese muito bem feita, com todos os detalhes. Por isso, é importante investir muitos minutos da sua consulta para saber como seu paciente vive, o que ele come, quem cozinha, se ele toma suplemento, qual foi a história dele, qual foi a relação dele com a comida. Isso é extremamente importante. Se você não conhece seu paciente e já vai no automático, já fazendo até um julgamento pelo biotipo dele, sem entendê-lo a fundo, está cometendo um grande erro. Não podemos iniciar nada sem olhar os exames laboratoriais, sem saber a relação que ele já teve com outros profissionais, o que foi feito ou não. Sem isso, você não terá sucesso. É preciso antes de tudo conhecer o contexto do seu paciente, e aí sim iniciar um plano alimentar. Especialize-se em Nutrição Materno-Infantil Agora sou eu, Andreia Friques falando: a nutrição materno-infantil é uma área linda e que se você tem o sonho de seguir essa área, vá sem medo. Eu costumo sempre dizer para meus alunos que a prática da nutrição é delicioso. Saber que o nosso trabalho, o nosso ofício, pode influenciar de maneira direta na saúde de uma criança, de uma família, de seus descendentes. Isso é lindo e é muito sério. Isso é transformador. A nutrição materno-infantil é uma profissão incrível. Por tudo que a ciência vem comprovando, pelo que podemos e devemos fazer para que as próximas gerações tenham mais saúde, a prática da nutrição materno-infantil vai ter cada vez mais o seu espaço em nossa sociedade. Eu não tenho dúvidas de que a nutrição materno-infantil é uma das profissões que mais vão crescer nos próximos anos. Portanto, se você já ama gestantes e crianças, faça parte desse time também. E se você já é nutricionista materno-infantil, estude muito. Porque tudo isso pode ser muito desafiador, mas também é muito gratificante. Espero que tenha gostado do artigo sobre a prática da nutrição materno-infantil além da faculdade. E já indico também que confira meu vídeo sobre o tema. É só dar um play abaixo!
A importância das fibras na alimentação infantil?
Quando falamos em nutrientes essenciais, as fibras na alimentação infantil desempenham um papel bastante importante. E mesmo assim, ainda ela acaba sendo bastante neglicenciada no cardápio. Em geral, quando se fala em nutrientes essenciais, pensamos em vitaminas, cálcio, ferro, ômega-3, entre outras. Mas as fibras também desempenham uma função especial no processo e devem fazer parte do dia a dia das crianças. Vamos entender melhor a importância das fibras na alimentação infantil? Então confira comigo o artigo a seguir. As fibras no organismo Existem duas categorias de fibra alimentar: solúvel e insolúvel. A maioria dos alimentos vegetais contém os dois tipos. A fibra solúvel se dissolve em líquido e forma um gel em nossos estômagos, de modo que pode reter gorduras e ajudar a reduzir o colesterol, assim como pode retardar a absorção de açúcares, ajudando a normalizar o açúcar no sangue. Boas fontes incluem: Farelo de aveia Cevada Ervilhas e feijões Nozes Sementes E a maioria das frutas e vegetais Além do farelo de aveia, as sementes de chia são especialmente ricas em fibras solúveis: se você já os mexeu em um líquido, sabe como ficam gelatinosos! A fibra insolúvel, por outro lado, não se dissolve em líquido, mas na verdade absorve líquido. Por isso, adiciona volume às fezes e ajuda a manter o fluxo de resíduos digestivos. Boas fontes incluem: Farelo de trigo Grãos inteiros Nozes Feijão Vegetais Tanto a fibra solúvel quanto a insolúvel são consideradas juntas nas recomendações de fibra alimentar. Suas recomendações diárias para a ingestão adequada de fibra variam de acordo com a idade, sexo e estágio de vida. Por que a fibra é importante? As fibras são essenciais em sua dieta por vários motivos. Ajuda seu intestino a funcionar como deveria e torna suas fezes mais suaves e fáceis de evacuar, o que significa que você ou seu filho terão menos probabilidade de ter prisão de ventre. Uma boa ingestão de fibras também pode reduzir o risco de diabetes tipo 2, doenças cardíacas e câncer de intestino. Essas não são condições nas quais normalmente pensamos em relação às crianças, mas lembre-se — hábitos saudáveis começam na infância. As fibras também ajudam na ‘saciedade’ — o que significa que o ajuda a se sentir satisfeito. Isso, por sua vez, ajuda a manter um peso saudável, pois você ficará menos tentado a se alimentar de alimentos com alto teor calórico. Dados os níveis crescentes de obesidade entre as crianças, essa é uma questão realmente importante a ser enfrentada. Os adultos, em média, não comem nada perto dos 30g de fibra recomendados por dia. Então fazer as coisas direito com seus filhos pode até ajudá-lo a melhorar sua própria dieta. Quanto de fibra as crianças precisam? Os menores de até seis meses não precisam consumir fibras. Mas quando os bebês atingem o segundo semestre de suas vidas, no período da introdução alimentar, as fibras devem fazer parte do cardápio. Por exemplo, dos seis meses até um ano de idade, as crianças precisam de 5 gramas de fibras por dia. Crianças maiores, de 1 a 3 anos, precisam de um aumento substancial para cerca de 19 gramas por dia. E depois, até 25 gramas por dia entre as idades de 4 e 8 anos. Após a infância, meninas e meninos diferem um pouco em suas necessidades de fibras. Meninas de 9 a 18 anos podem precisar de 26 gramas de fibra por dia, enquanto o número mágico de fibras para meninos é de 31 gramas entre 9 a 13 anos, e então pula para 38 gramas quando são adolescentes de 14 anos. Leia também::: Como se formam os hábitos alimentares das crianças? Adicionando fibra à dieta da sua família Os benefícios das fibras são importantes para você e seu filho, e toda a família deve ter uma dieta rica em fibras. Para adicionar fibras à dieta de sua família, inclua os seguintes alimentos. Verifique os rótulos dos alimentos em busca de gramas de fibra dietética para encontrar pães, cereais e outros alimentos ricos em fibras. Pães integrais com pelo menos 3 gramas de fibra por porção. Escolher o pão de trigo integral não é suficiente, pois muitas variedades de pão de trigo integral têm muito pouca fibra. Certifique-se de verificar o conteúdo de fibra lendo o rótulo nutricional. Cereais com pelo menos 5 gramas de fibra por porção. Para encontrar cereais ricos em fibras, procure os feitos de grãos inteiros, farelo e aveia em flocos. Verifique o rótulo nutricional para se certificar de que tem fibra suficiente. O arroz integral é marrom porque ainda tem a casca, que é a fibra. O arroz branco não tem fibra porque as cascas foram removidas. Feijões e leguminosas são ótimas fontes de fibras e proteínas. Frutas e vegetais também contêm fibras. Esse é um dos motivos pelos quais comer frutas é muito mais saudável do que beber suco, que não contém fibras. As fibras na alimentação infantil Ao aumentar a fibra na alimentação infantil, é importante fazê-lo gradualmente para evitar o inchaço e os gases. Além disso, certifique-se de que seu filho beba bastante água ao longo do dia. Isso ocorre porque a fibra precisa de água para funcionar corretamente no corpo. Seguindo as dicas que apresentei acima, pode ter certeza que a saúde do seu filho será muito melhor, além dele já desenvolver uma melhor aceitação da fibra ao longo de toda sua vida. Espero que tenha gostado do artigo sobre as fibras na alimentação infantil. E já aproveito para indicar meu curso de Lancheira Saudável. É só clicar no botão abaixo e saber mais sobre ele!
Suplementação no pós-parto: como avaliar a necessidade?
A gestação de um bebê é um momento mágico. E diante de toda mudança que ocorre no corpo da mulher, a suplementação no pós-parto acaba sendo uma dúvida bastante comum. Afinal de contas, em um período de 40 semanas, em média, um novo ser surge dentro da mulher, absorvendo todos os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento. E se às vezes pessoas normais já sobrem com a falta de vitaminas e sais minerais, imagine então uma mamãe que acabou de gerar um bebê. Para falar sobre esse tema tão importante, preparei o artigo a seguir. Vamos conferir? A suplementação no pós-parto Você acabou de ganhar um bebê e está completamente perdida. Não sabe que vitaminas precisa tomar, se deve tomar ou não. Enfim, e isso é completamente normal. Aliás, assim como as mamães têm dúvidas, às vezes até mesmo os profissionais podem ter algumas incertezas sobre a suplementação. Na verdade, a suplementação deve ser iniciada ainda na gestação. Ou seja, antes mesmo no nascimento do bebê a mulher já deve suplementar todas as vitaminas e sais minerais necessárias. Mas isso sempre deve ser feito de forma individualizada. Há, com certeza, algumas vitaminas e sais minerais que são padrão e que toda mulher deve tomar. Porém, durante a gestação é importante que seja feito o acompanhamento da mulher. Isso permite prevenir algumas complicações que podem ocorrer no puerpério, como o Baby Blues, a depressão pós-parto, entre outras situações. Mas se você já está com seu bebê no colo e vive essa fase incrível que são as primeiras semanas após o nascimento do bebê, a minha dica é que você deve manter aquela suplementação que você já estava tomando. Se você ainda não fez sua consulta com seu nutricionista, com seu obstetra, e ninguém mudou ainda o que você está tomando, deve seguir o que fazia no último trimestre da gestação. Busque ajuda profissional Aí o ideal é que você, por volta da sexta semana de pós-parto, faça toda sua triagem laboratorial e faça os exames que seu nutricionista materno-infantil solicitar. Esses exames vão mostrar como está sua tireoide, como estão seus hormônios, como estão suas vitaminas e sais minerais. Isso é muito importante para sua saúde e também do bebê. Por exemplo, recebo em meu consultório mulheres que tomam medicamentos para aumentar sua produção de leite — o que a gente desaconselha de forma geral. Na verdade, o correto é que a mulher seja analisada de forma individual, que sejam observados aspectos da sua saúde, da sua tireóide, se ela não sofreu alguma alteração na gravidez ou no parto, e então sim indicar o tratamento correto. Por isso é muito importante triar sua saúde, seu perfil nutricional antes de reajustar as doses dos suplementos. Converse com seu obstetra ou seu nutricionista, para que ele faça uma indicação personalizada. Leia também::: Suplementação na gestação: quais são os nutrientes mais importantes? Fique atenta as suas vitaminas e sais minerais De forma geral, você deve ficar sim atenta aos seus níveis de vitaminas e sais minerais. Por exemplo, a vitamina D é importante. Vemos cada vez mais pessoas precisando de suplementação por conta da hipovitaminose. Ainda mais com esse perfil de puerpério, quando às vezes a mulher sequer consegue sair pegar um sol, então é muito importante estar atento a isso e suplementar a vitamina D. Outra suplementação importante é o ômega-3. Ele é essencial para saúde da mãe e do bebê. Aliás, nas crianças recém-nascidas ajuda na maturação cerebral e também para a formação da sua visão. Por isso, é importante que você seja suplementada com ômega-3. Também é importante avaliar como está os níveis de ferro no seu organismo. É muito frequente que ao final da gestação essa ferratina esteja baixa. E se isso não é controlado no puerpério, você corre o risco de ter uma perda de cabelo muito grande. Com essa ferratina baixa, com um estoque de ferro baixo no organismo, você pode acabar sofrendo de anemia e isso pode interferir no cabelo, na sua saúde e também na saúde do bebê. Por último é muito importante também que as vitaminas do complexo B sejam analisadas e suplementadas se necessário. Ou seja, as vitaminas B2, B6, e B12 devem ter em níveis ideais no seu organismo. Inclusive, a B12 é vital durante todo o período de gestação e também durante a amamentação. E muitas outras vitaminas e minerais, como o zinco, o selênio, a colina, o cálcio, também devem ter níveis ideais. Energia e imunidade Quando a mulher tem níveis ideais de vitamina e sais minerais no corpo ela se sente melhor. É comum receber mulheres no meu consultório no puerpério dizendo que estão cheias de energia e com todo o gás, mesmo após o parto. Isso acontece porque ao longo da gestação ela já teve a suplementação adequada, somada a uma boa nutrição. Lembre-se que nós somos feitos de células, e células são feitas de nutrientes. Então é muito importante sim uma suplementação adequada. E somada a isso, a nutrição também tem um papel importantíssimo. Nesse período a mulher tem necessidade de uma nutrição mais completa, mais saudável, e vinda de alimentos e uma suplementação adequada. E se você acabou de ter um bebê não sofra, não se estresse. Se você não foi suplementada na gestação, tudo bem. Mas procure agora uma nutricionista materno-infantil, que tenha essa visão, que vai colher os exames, ver sua história clínica e fazer uma suplementação no pós-parto adequada que você e seu bebê merecem.
Como se formam os hábitos alimentares das crianças?
Você já se perguntou por que é tão difícil fazer as crianças comerem seus vegetais? A criação de hábitos alimentares das crianças é um processo que vai muito além de apenas não gostar de comer algo. Não querer comer brócolis, por exemplo, pode estar enraizado em muitas questões mais complicadas. O modo como passamos a gostar de certos alimentos está associado a muitos fatores e é conhecido como preferências alimentares. Essas experiências nutricionais no início da vida podem ter consequências duradouras. Para incentivar a adoção de hábitos alimentares das crianças de forma saudável, ela deve começar logo cedo. Para auxiliar nesse processo, elaborei esse artigo repleto de informações úteis. Vamos conferir? Como surgem os hábitos alimentares das crianças? Nos primeiros 2 anos de vida, que é quando o aprendizado acontece, as preferências alimentares também são formadas. A maioria é aprendida, mas alguns são inatos. Os hábitos alimentares de uma criança afetam diretamente o comportamento alimentar, que por sua vez está ligado à saúde geral, bem-estar e à formação de obesidade. Por anos, a indústria de alimentos e bebidas tem usado esse conhecimento a seu favor. Para isso, incentiva o desenvolvimento de preferências alimentares não saudáveis em crianças de todas as idades, por meio de várias técnicas de marketing e publicidade. Por exemplo, quando foi a última vez que você viu um anúncio de brócolis? Isso tem uma consequência direta na formação de preferências alimentares potencialmente prejudiciais ao longo da vida. Estão também associadas ao desenvolvimento da obesidade e de tudo o que a acompanha. Embora as preferências alimentares possam ser desaprendidas, esta costuma ser uma tarefa monumental à medida que envelhecemos. Alimentação saudável impacta na vida adulta Pais que fazem com que seus filhos adotem hábitos alimentares saudáveis desde tenra idade podem ter uma influência positiva nos hábitos alimentares de seus filhos mais tarde na vida. Ao longo dos anos, há diversas pesquisas que descobriram evidências de que os hábitos alimentares na primeira infância têm um impacto nas preferências e padrões alimentares futuros. Isso não significa que as crianças com sobrepeso precisam se tornar adultos com excesso de peso. Mas vários pesquisadores sugerem que os padrões de peso das crianças são um indicador de problemas de saúde na idade adulta. Além disso, pesquisas indicam que a probabilidade de as crianças sofrerem de obesidade dobra quando seus pais estão acima do peso. Felizmente, existem várias maneiras de os pais moldarem o comportamento alimentar de seus filhos de maneira positiva. Ofereça várias opções alimentares No mundo agitado de hoje, os pais têm cada vez menos tempo para preparar refeições saudáveis e caseiras. No entanto, é importante evitar refrigerantes açucarados, junk food e refeições com alto teor de gordura e açúcar na dieta das crianças. Isso ocorre porque os alimentos que contêm grandes quantidades de gordura ou açúcar e baixas quantidades de carboidratos podem causar excessos, pois o cérebro não registra que o estômago está cheio. É uma ideia muito melhor oferecer às crianças uma variedade de alimentos saudáveis, como frutas e vegetais, que são fáceis de preparar. Dessa forma, os pais podem moldar as preferências alimentares de seus filhos, pois é mais provável que eles apreciem os alimentos que lhes são oferecidos regularmente. Além disso, as crianças aprendem hábitos alimentares por meio da observação. Isso significa que as crianças também são mais propensas a comer alimentos saudáveis quando veem os pais os comerem. Leia também::: Se o bebê só quer mamar em vez de comer, o que fazer? Não pressione as crianças É possível que as crianças adotem um sentimento de negatividade em relação a determinados alimentos quando são forçadas ou pressionadas a comê-los. Em vez disso, os pais podem tirar aquilo que o bebê realmente não gosta introduzir esses alimentos novamente no futuro. Isso ajudará a garantir que as crianças não se sintam mal com os alimentos de que não gostam. Além disso, a maioria dos adultos tem a capacidade de determinar se estão fartos ou com fome porque aprenderam a ouvir seus sinais físicos de fome e saciedade quando crianças. Dessa forma, sabendo da importância dos nutrientes, acontece que os pais passam a mensagem errada aos filhos sobre o quanto eles precisam comer até que fiquem saciados, punindo-os ou subornando-os para comer tudo que está no prato. Dessa forma, os pais ensinam aos filhos o hábito de comer demais e ouvir dicas externas. Esse risco pode ser reduzido quando as crianças podem ouvir suas próprias dicas de fome. Por exemplo, um bebê que se afasta da mamadeira tenta sinalizar que está cheio. As crianças mais velhas param de comer quando estão satisfeitas. Nessa situação, não os incentive ou force a terminar tudo que está no prato. Comer juntos em família As crianças que fazem refeições com a família tendem a comer alimentos mais saudáveis como frutas, vegetais e grãos inteiros. Ou seja, eles também apresentam menor risco de ficarem acima do peso. No entanto, as crianças que comem em frente à TV tendem a fazer escolhas alimentares piores. Deve-se evitar comer em frente à TV, pois isso pode levar a comer demais e aumentar o risco de obesidade infantil. E quando falamos em comer junto com a família, esse hábito pode começar desde cedo. Mas já nas primeiras refeições, tente fazer seu bebê participar das refeições com a família. Isso também permitirá que ele crie memórias afetivas fantásticas. Crie bons hábitos alimentares das crianças Como pais, vocês têm um papel importante na formação dos hábitos alimentares das crianças. Por exemplo, ao criar um ambiente alimentar positivo e ser um bom modelo, você pode ajudar seus filhos a desenvolver hábitos saudáveis que podem ter um impacto duradouro em sua saúde. Como é possível perceber, criar bons hábitos é um processo, que requer compreensão, carinho e dedicação também dos pais. Mas podem ter certeza que no futuro todo o esforço terá valido a pena. Espero que tenha gostado do artigo sobre como formar os hábitos alimentares das crianças. E já recomendo que assista meu vídeo sobre as dificuldades e desafios da