Quais os benefícios do consumo de tâmaras na gravidez?
Quando se trata de gravidez, desejamos um trabalho de parto tranquilo, rápido, sem intercorrências e traumas. O objetivo é que seja o mais saudável possível. Existem, inúmeras coisas que você pode fazer para ajudar no trabalho de parto. Há evidências, que mostram que a ingestão de tâmaras também pode ajudar nessa etapa. Estudos mostram que comer tâmaras durante as últimas semanas de gravidez pode ter efeitos positivos no trabalho de parto e no pós parto. Elas ajudam no “amadurecimento” do colo do útero, o que pode reduzir a duração do trabalho de parto, reduzindo assim a necessidade de ocitocina e prostaglandinas para induzir o parto. Para falar mais sobre os benefícios do consumo dessa fruta durante a gestação, preparei o artigo abaixo que está repleto de informações. Confira! Benefícios das tâmaras As tâmaras são seguras e benéficas para a mãe e seu bebê. O açúcar das frutas se decompõem e fornecem energia sem causar um aumento significativo nos níveis de glicose no organismo. Além disso, elas podem satisfazer o desejo por doces. A ingestão da fruta, pode fornecer energia durante o trabalho de parto e ainda pode ajudar a promover as contrações uterinas, aumentando a sensibilidade do útero à ocitocina. Comer tâmaras pode facilitar o trabalho de parto, bem como reduzir a incidência de hemorragia pós-parto. Essa fruta também é riquíssima em vitaminas e minerais. Apenas 100 gramas delas nos fornecem: Folato – 15mcg Ferro- 0,9mg Vitamina K – 2.7mcg Magnésio – 54mg Potássio – 696mg Leia também::: Quais alimentos aliviam o enjoo na gravidez? Como ela ajuda na gravidez? Aqui estão alguns benefícios específicos de comer tâmaras durante a gravidez: Fornece energia Durante a gravidez, você precisa de mais energia do que o normal. Consumir uma porção de tâmaras todos os dias fornecerá energia e nutrientes que colaboram com a saúde e bem-estar para as atividades diárias. Alívio da constipação As tâmaras são fontes ricas em fibras, contribuindo para o bom funcionamento do intestino, ajudando a aliviar a constipação que muito comum na gravidez. Prevenção de má formação As tâmaras são uma boa fonte de folato. O folato previne deficiências congênitas relacionados ao cérebro e à medula espinhal. A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda suplementos de folato e ingestão de alimentos ricos em folato antes e durante a gravidez, para prevenir deficiências congênitas. Vitamina K Os bebês nascem com baixo teor de vitamina K, que auxilia na coagulação e no desenvolvimento ósseo. Portanto, a ingestão materna de tâmaras durante e após a gravidez, pode ser uma fonte dessa vitamina, inclusive através do leite materno. Ferro As tâmaras contêm ferro e podem ajudar na prevenção da anemia durante a gravidez. Mantém o equilíbrio hídrico As tâmaras contêm potássio, que mantém o equilíbrio hídrico no corpo, regula a pressão arterial e evita cãibras musculares. A deficiência desse mineral pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Ossos e dentes do bebê O magnésio é um mineral essencial, auxilia na formação dos dentes e ossos do bebê. Também regula os níveis de açúcar no sangue e de pressão arterial. As tâmaras ajudam na prevenção da deficiência de magnésio na gravidez, o que pode aumentar o risco de hipertensão crônica, pré-eclâmpsia, disfunção placentária e parto prematuro. Leia também::: Vitamina B12: Suplementação fundamental na gestação Consuma tâmaras na gravidez! Como é possível perceber, consumir tâmaras durante a gravidez é uma forma excelente de dar mais energia e saúde ao corpo tanto da mamãe quanto do bebê! E elas podem ser consumidas em qualquer fase da gestação. É claro que deve-se evitar o excesso! Além disso, embora as tâmaras sejam uma fonte de coisas boas, siga sempre a orientação do seu nutricionista materno-infantil sobre como, quando e quanto consumir para prevenir quaisquer efeitos indesejados. As tâmaras podem ser uma excelente alternativa para substituir a utilização do açúcar durante a gravidez, seu desejo por doce será atendido! E para mais dicas e muita informação, siga meu canal do Youtube!
Aleitamento materno: Impacto positivo na saúde cognitiva
Uma nova pesquisa descobriu que as crianças que foram amamentadas tiveram pontuações mais altas em testes neurocognitivos. Ou seja, mais uma prova da importância do aleitamento materno nos primeiros meses de vida do bebê! O tema aleitamento materno é recorrente aqui no blog, e também em meus vídeos lá no Youtube e nas postagens que faço nas redes sociais. E o motivo é um só: é o alimento mais completo que o bebê pode receber! Ele tem todos os nutrientes necessários para seu desenvolvimento e, como fica claro no estudo, tem impacto positivo também na saúde cognitiva da criança. Para saber mais sobre esse tema, confira o artigo abaixo. Boa leitura! Como foi o estudo No estudo, pesquisadores do Del Monte Institute for Neuroscience da University of Rochester Medical Center (URMC) analisaram milhares de testes cognitivos feitos por crianças, cujas mães relataram que foram amamentadas, e compararam esses resultados com pontuações de crianças que não foram. Os pesquisadores revisaram os resultados dos testes de mais de 9.000 participantes de 9 e 10 anos de idade. Variações foram encontradas nas pontuações cumulativas dos testes cognitivos de crianças amamentadas e não amamentadas. Também houve evidências de que quanto mais tempo a criança foi amamentada, maior a pontuação. Nos resultados, a associação mais forte foi em crianças que foram amamentadas por mais de 12 meses. A pontuação das crianças amamentadas de 7 a 12 meses foi um pouco menor, e depois a pontuação de 1 a 6 meses, caiu um pouco mais. Mas todas as pontuações foram mais altas quando comparadas com crianças que nunca amamentaram. Leia também::: Vitamina B12: Suplementação fundamental na gestação O que causa a melhora na saúde cognitiva? Outro estudo, conduzido no Children’s Hospital Los Angeles, os pesquisadores acompanharam 50 mães e seus bebês, analisando a composição do leite materno e a frequência da amamentação no 1º e 6º mês de idade. O desenvolvimento cognitivo foi medido aos 24 meses usando a escala Bayley-III, um teste padronizado de desenvolvimento de bebês e crianças pequenas. O estudo mostrou que a quantidade de oligossacarídeo 2’FL (2’fucosilactose) no leite materno no primeiro mês de alimentação estava relacionada a escores de desenvolvimento cognitivo significativamente mais altos em bebês aos 2 anos de idade. A quantidade de 2’FL no leite materno aos 6 meses de amamentação não foi relacionada aos resultados cognitivos, indicando que a exposição precoce pode ser mais benéfica. Essas observações permitiram à equipe concluir que o aumento do neurodesenvolvimento proporcionado pelo aleitamento materno foi devido principalmente às mães que estavam produzindo mais 2’FL para o bebê consumir. Bom também para a mamãe Há também evidências de que a amamentação pode ter um efeito preventivo no desenvolvimento de doenças mentais também nas mamães. Uma pesquisa publicada em 2014 mostrou que as mães que planejaram amamentar e que realmente amamentaram tinham cerca de 50% menos probabilidade de ficarem deprimidas do que as mães que não planejaram e que não amamentaram. As mamães que planejaram amamentar, mas não continuaram a amamentar, tinham duas vezes mais chances de ficar deprimidas do que as mães que não planejaram e que não amamentaram. Leia também::: Depressão pós-parto: alimentação pode influenciar? Aleitamento materno só faz bem! O leite materno fornece a nutrição ideal para bebês. Tem uma mistura perfeita de vitaminas, proteínas, carboidratos, gorduras saudáveis, calorias — tudo o que o seu bebê precisa para crescer e se desenvolver. E tudo é fornecido em uma forma de digestão mais fácil do que a fórmula infantil. O leite materno contém anticorpos que ajudam seu bebê a combater vírus e bactérias. A amamentação diminui o risco do seu bebê de ter alergias e também o protege contra diversas doenças ao aumentar sua imunidade. Além disso, bebês que são amamentados exclusivamente durante os primeiros 6 meses, sem qualquer fórmula, têm menos infecções de ouvido, doenças respiratórias e episódios de diarreia, entre outros. Portanto, não há razões para que o aleitamento materno não seja a melhor indicação aos bebês! E para saber mais sobre a nutrição materno-infantil, siga também meu canal no Youtube!
Brinquedos de plástico e o risco de toxicidade
Brincar é uma parte essencial para o pleno desenvolvimento das crianças. Mas é necessário sempre avaliar a qualidade do material que compõem os brinquedos. Afinal, toxidade e plástico possuem uma estreita relação. Desde o nascimento, bebês e crianças recebem mordedores e brinquedos para estimular o desenvolvimento. No entanto, os pais precisam estar atentos à constituição e composição dos brinquedos. Aliás, pode ser um alerta surpreendente para muitos pais, afinal, saber que alguns dos brinquedos favoritos de seus filhos podem estar expondo-os a produtos químicos prejudiciais à saúde, não deixa ninguém tranquilo. No artigo abaixo, falo dos problemas relacionados ao plástico e como estar atento a todas as questões. Números assustadores Uma pesquisa recente revela que 25% dos brinquedos infantis contêm produtos químicos nocivos. Os aditivos químicos são usados em brinquedos de plástico e outros produtos para fornecer níveis específicos de dureza ou elasticidade. Muitos desses produtos químicos podem prejudicar a saúde das crianças, de acordo com o estudo. Os pesquisadores recomendam que essas substâncias sejam eliminadas dos brinquedos e substituídas por alternativas mais seguras. Os aditivos incluem plastificantes ou amaciantes, retardantes de chama, substâncias ativas de superfície (para criar espuma com propriedades específicas), estabilizantes, corantes e fragrâncias. De acordo com o estudo, dos 419 produtos químicos encontrados em materiais plásticos duros, macios e de espuma usados em brinquedos infantis, 126 podem potencialmente prejudicar a saúde das crianças, incluindo 31 plastificantes, 18 retardantes de chama e oito fragrâncias. Leia também::: Bisfenol-A: Uma ameaça para a fertilidade Produtos químicos tóxicos em brinquedos Aproximadamente 70 a 80% de todos os brinquedos vendidos no Brasil são fabricados na China. Um estudo realizado por pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências relata o uso generalizado de produtos químicos retardadores de fogo bromados em brinquedos infantis de origem chinesa. Retardantes de fogo em brinquedos Os retardadores de fogo bromados são perigosos para as crianças, os estudos de laboratório mostraram que eles atuam como disruptores endócrinos, interferindo, na produção ou disponibilidade dos hormônios, podendo causar inúmeros prejuízos à saúde humana, que vão desde problemas cardiovasculares, infertilidade, câncer e outros. Os pesquisadores chineses compraram e testaram 69 brinquedos, incluindo bonecas, mordedores de plástico macio, espadas, carros de corrida, brinquedos de espuma e bonecos de ação. Foram identificados retardadores de fogo bromados presente na maioria deles, dentre eles constavam, éteres dietílicos polibromados, Bifenilos polibromados, Bromados-etanos. Embora os PBDEs Penta e Octa sejam proibidos na maioria dos países do mundo, por questões de saúde e segurança, uma lacuna nas regulamentações federais permite que produtos acabados contendo esses produtos químicos sejam importados. A única maneira de ter certeza de que seus filhos estão seguros neste momento é evitar brinquedos de plástico e todos os brinquedos feitos na China. PVC, Ftalatos e BPA em brinquedos O vinil de PVC é um plástico macio usado em dezenas de milhares de utensílios domésticos e brinquedos. O PVC pode conter chumbo, ftalatos e compostos orgânicos voláteis que são conhecidos por causar câncer e interferir no sistema endócrino. Embora vários tipos de ftalatos tenham sido proibidos o uso em brinquedos infantis, esses desreguladores endócrinos tóxicos ainda podem ser encontrados em muitos itens infantis, dentre eles, lancheiras, capas de colchão à prova d’água, brinquedos infláveis, piscinas infantis e brinquedos de banho. Outro produto químico plástico tóxico é o Bisfenol A, ou BPA. O bisfenol A é um desregulador endócrino conhecido que pode ser encontrado em brinquedos, louças de plástico, mamadeiras, obturações dentárias e garrafas plásticas de água. Leia também::: Cozinhar com as crianças: por que é importante? Opções de brinquedos não tóxicos Como os corpos das crianças estão em pleno desenvolvimento e crescimento, elas são mais vulneráveis aos efeitos de produtos químicos tóxicos. Mesmo pequenas quantidades de um produto químico podem afetar a capacidade de uma criança de atingir seu pleno potencial. Felizmente, há muitos artesãos e mulheres no Brasil que fazem belos brinquedos de madeira, tecido, metal e outros materiais naturais, não tóxicos e sustentáveis que duram muito tempo e podem até se tornar valiosas heranças de família. Eles são alternativas seguras para bebês e crianças pequenas se divertirem e desenvolverem todo seu potencial. Tenho muito orgulho em lhe fazer um convite. Leia o meu livro a “EPIDEMIA DO PLÁSTICO – BISFENOL A (BPA): VOCÊ PRECISA SABER!” clicando no botão abaixo. Você não irá se arrepender. Lembre-se que conhecimento é LIBERTADOR. Agora que você sabe um pouco mais sobre toxicidade e plástico, e o risco deles nos brinquedos, siga também meu canal no Youtube. Lá tem várias dicas e informações sobre nutrição e desenvolvimento infantil!
Depressão pós-parto: alimentação pode influenciar?
A nutrição da mãe após o nascimento do bebê desempenha um papel importante na recuperação da gravidez e do parto. Além disso, contribui para o bem-estar e diminui o risco de transtornos mentais, como a depressão pós-parto. Um número impressionante de mulheres enfrentam transtornos perinatais de humor e ansiedade nos meses e anos após o parto. Muitas delas, não recebem ajuda e o apoio que precisam para a recuperação e o estabelecimento da saúde. Estima-se que até 1 em cada 4 mulheres sofre de transtornos mentais maternos, como depressão pós-parto ou ansiedade, durante ou após a gravidez. Dentre os transtornos mentais maternos, a depressão pós-parto, é a complicação mais comum após o nascimento dos bebês. Isso pode surgir como um novo problema ou uma recorrência de uma condição de saúde mental pré-existente. Nesse sentido, a nutrição adequada da mãe também tem papel fundamental na prevenção do transtorno. E é sobre isso que explico no artigo abaixo. Boa leitura! Como a depressão pós-parto acontece Inúmeros são os fatores que favorecem o desenvolvimento de problemas que comprometem a saúde mental. Entre eles estão componentes físicos (relacionadas ao corpo) e estressores ambientais (experiências que nos afetam), entre outros. Abaixo temos alguns fatores que colaboram para os problemas de saúde mental materna: História familiar Doença mental anterior Experiências de parto difíceis ou traumáticas Exposição recente a estressores psicológicos Falta de apoio familiar ou econômico Excesso de cuidados com o bebê Desequilíbrios Hormonais Nutrição inadequada, falta de nutrientes ou dieta de má qualidade Acesso limitado aos cuidados com a saúde Não há um único fator associado aos transtornos mentais maternos que possa ser identificado como a causa da depressão pós-parto. Ela costuma ser o resultado de inúmeros fatores que se combinam e geram inúmeros problemas na vida das mulheres. É importante reconhecermos que muitos dos fatores que contribuem para a depressão pós-parto, não são necessariamente coisas que podemos controlar ou prevenir, como a genética ou como colocamos nossos filhos ao mundo, seja por cesariana ou parto normal. Entretanto, existem algumas situações relacionadas ao nosso bem-estar, sobre as quais temos controle, a forma como nos cuidamos e nutrimos o nosso corpo, faz toda diferença. A nutrição pode entrar em cena, de maneira fundamental, pois uma alimentação rica em micro e macronutrientes, ou seja, tendo quantidades ideias de vitaminas, minerais, carboidratos, proteínas e lipídios pode colaborar para o bom funcionamento da máquina — chamada CORPO HUMANO — e com equilíbrio as mulheres poderão passar pelo período de vulnerabilidade que é a gestação e o pós parto. Como a nutrição pode melhorar a depressão pós-parto Nutrientes específicos são necessários em maiores quantidades durante a gravidez e após o nascimento do bebê, e as deficiências desses nutrientes podem aumentar o risco de depressão pós-parto. A nutrição desempenha um papel importante na regulação hormonal, saúde intestinal, imunidade e funcionamento neuroendócrino. Alguns dos nutrientes que podem estar relacionados com a depressão pós-parto incluem: Selênio, zinco e ferro Vitamina D Vitaminas B, incluindo B-6, B-12 e folato Ácidos graxos Ômega-3 Quando esses estoques de nutrientes são esgotados durante a gravidez e não são repostos adequadamente no período pós-parto, pode funcionar como um gatilho aumentando o risco de transtorno de humor e depressão pós-parto. Embora a depressão pós-parto e outros transtornos mentais maternos não possam necessariamente ser evitados, há muitas coisas que podem ser feitas para ajudar a diminuir o risco geral para tais condições. Otimizar a nutrição pós-parto por meio da dieta pode ser uma forma eficaz de ajudar a diminuir o risco de sofrer de depressão pós-parto, no entanto, na maioria das vezes a suplementação se faz necessária. Um plano abrangente de cuidados pós-parto pode apoiar a saúde geral, de uma forma a promover a recuperação e a cura física, emocional e mental. Leia também::: Quais alimentos aliviam o enjoo na gravidez? Preocupações nutricionais durante a gravidez e pós-parto Gravidez, parto, recuperação pós-parto e a produção de leite materno requerem demandas adicionais de nutrientes do corpo da mulher. Com isso, as deficiências de nutrientes surgem mais facilmente durante esse período. O corpo da mulher pode ter deficiência de nutrientes essenciais, pois as necessidades do bebê são supridas a partir do corpo da mãe. As incisões cirúrgicas envolvidas no parto cesáreo e quaisquer lacerações decorrentes do parto vaginal são feridas que requerem uma quantidade significativa de energia e nutrição para cicatrizar. Importância da nutrição materno-infantil Normalmente, a nutrição pré-natal é enfatizada durante a gravidez, e por um bom motivo. A gravidez pode ser um momento motivador para cuidar do corpo. As mulheres no pós-parto também têm demandas crescentes de nutrientes, especialmente para a recuperação e para apoiar a amamentação. No entanto, o pós-parto é um dos momentos mais desafiadores para ter uma dieta ideal, por contada nova vida da mãe. Entre as demandas de cuidar de um recém-nascido e a adaptação às muitas transições após o parto, é difícil encontrar tempo para alimentar o corpo de maneira adequada. A nutrição cai facilmente no esquecimento durante o pós-parto, mas essa janela de tempo é vital para repor os estoques de nutrientes que podem ter sido esgotados durante a gravidez e no parto. Além disso, a maternidade é fisicamente exigente, entre outras coisas, e as deficiências de nutrientes podem desencadear uma série de complicações que podem ter impactos negativos na vida das mulheres. Leia também::: Vitamina B12: Suplementação fundamental na gestação Tenha apoio profissional Se você não sabe como otimizar sua nutrição durante a gravidez e no pós-parto ou tem dificuldade para se alimentar bem, saiba que não precisa fazer isso sozinha. Por isso, ter orientação profissional de uma nutricionista materno-infantil ao longo de sua jornada pode ajudá-la a se sentir mais confiante, em relação à alimentação para uma gravidez saudável e recuperação pós-parto. Mas é importante compreender que a depressão pós-parto é uma doença mental grave que muitas vezes requer tratamento. Suplementos e mudanças na dieta fazem parte dos protocolos de tratamento para a depressão pós-parto. Portanto, tão importante quanto a nutrição ao longo da gestação, é também a nutrição da mamãe
Cozinhar com as crianças: por que é importante?
Nunca é tarde — ou cedo — para fazer seus filhos ajudarem na cozinha. Inclusive, essa tarefa pode ser bastante prazerosa e auxiliar no desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis nas crianças. Embora exija tempo, paciência e um pouco de limpeza extra, especialmente quando as crianças são mais novas, os benefícios de ter a ajuda dos filhos no momento do preparo das refeições vale muito a pena. É claro que tudo tem o momento certo e é preciso que a criança tenha condições de estar na cozinha, sem correr riscos, sendo possível procure envolver os filhos no processo de preparação dos alimentos, vocês vão se apaixonar! Essa é uma das principais ferramentas para a criação de hábitos alimentares saudáveis, será tempo de mudanças na relação com os alimentos, e posso garantir, mudanças que eles irão carregar por toda a vida. Quer saber como? Confira o texto abaixo. As crianças estão abertas a novos hábitos alimentares Um dos maiores benefícios de cozinhar com crianças é poder ajudá-las a desenvolver uma paleta de sabores com muita variação. Inclusive, há um estudo de 2014 mostrando que crianças que estiveram envolvidas no processo de preparo dos alimentos estavam mais dispostas a experimentá-los. Esse estudo envolveu 47 crianças, com idade entre 6 e 10 anos. Elas foram divididas em dois grupos, com o primeiro auxiliando os pais no preparo de uma refeição com macarrão, frango empanado, couve-flor e salada. Já o segundo grupo de crianças não ajudou no preparo — a refeição foi totalmente elaborada pelos pais. Como resultado, os cientistas observaram que as crianças na condição de cozinheiras comeram significativamente mais salada 41,7 g (76,1%), mais frango 21,8 g (27,0%) e mais calorias de 84,6 kcal (24,4%) do que as crianças na condição de pais cozinheiros. Melhora da autoestima Além das crianças comerem melhor, as crianças que auxiliaram no preparo das refeições também tiveram uma significativa melhora de sua autoestima. Ou seja, os cientistas também observaram que antes de cozinhar e imediatamente depois as crianças cozinheiras relataram sensações significativamente aumentadas de valência (sentir-se positivo) e dominância (sentir-se no controle). O estudo afirma que envolver crianças no preparo das refeições melhora seus hábitos alimentares, além de também contribuir para sua proatividade e bem-estar. É bom para a saúde Uma das melhores coisas que você pode fazer pela saúde é cozinhar em casa. Por exemplo, a pesquisa mostra que as pessoas que comem refeições caseiras, em sua rotina, tendem a ser mais felizes e saudáveis, além de consumirem menos açúcar e alimentos processados. Sendo assim, envolver as crianças na cozinha cultiva um hábito alimentar que terá benefícios para a vida toda. Leia também::: Obesidade infantil: como iniciar uma mudança alimentar? Desenvolvimento físico Ajudar a preparar as refeições também contribui para o desenvolvimento físico das crianças. Por exemplo, o ato de mexer, medir, rolar, apertar e espalhar são apenas algumas das tarefas da cozinha que permitem que as crianças desenvolvam suas habilidades motoras finas. Eles também aprenderão sobre ações e consequências, ou seja, aprendem sobre temperatura, derretimento, congelamento e — às vezes — queima, então devemos ficar atentos. Eles aprendem e praticam habilidades matemáticas por meio de frações, medindo, duplicando receitas e observam as quantidades utilizadas em cada prato. Além disso, seguir as receitas incentiva a autodireção e a independência. Também promove a resolução de problemas e a criatividade. Da mesma forma, em termos de desenvolvimento físico, cozinhar e preparar alimentos também contribui para o controle dos pequenos músculos e coordenação olho-mão. Benefícios Sócio-Emocionais Preparar as refeições juntos significa passar um tempo de qualidade em família. O tempo dedicado às crianças e ao preparo dos alimentos, quando elas ainda são pequenas, proporcionam uma oportunidade relaxante de comunicação. É um investimento que terá retorno à medida que os filhos crescem. O tempo na cozinha, a torna-se ainda mais importante à medida que atingem a adolescência. A comunicação não começa quando a criança chega aos 17 anos. Os hábitos familiares estabelecidos nos primeiros anos perduram até a idade adulta. Além disso, o amor saudável pela cozinha e a vivência são essenciais para a vida, proporcionará sucesso quando os filhos mudarem de casa, viverem independentemente ou se encontrarem em relacionamentos com responsabilidades compartilhadas. Leia também:: Refrigerante: Seu consumo impacta o comportamento das crianças Comece a cozinhar com seus filhos As crianças adoram se sentirem realizadas e cozinhar é um canal perfeito. Ou seja, o simples ato de cozinhar é uma boa forma de aumentar a autoestima e ensinar sobre responsabilidade. A sensação de contribuir para o bem-estar de sua família é um grande motivo de orgulho para crianças e adolescentes. Por isso, chame seus filhos para ajudar nas refeições. No início pode ser algo mais simples, como lavar a salada, pegar alguns ingredientes no armário. Com o tempo — e de acordo com a idade — outras tarefas podem ser acrescentadas, até que ele tenha total autonomia. Tenho certeza que os hábitos alimentares mudarão completamente e a relação entre pais e filhos se tornará ainda mais próxima e amorosa! Dessa forma, espero que o artigo tenha lhe proporcionado novas informações da importância de cozinhar com as crianças, e como isso é bom para a criação de seus hábitos alimentares e melhora da sua qualidade de vida. E para mais dicas e muita informação sobre nutrição materno-infantil e hábitos alimentares, siga meu canal no Youtube. 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Probióticos podem prevenir alergias?
Os probióticos têm sido apontados como tendo uma série de benefícios à saúde. Eles contribuem para melhora da flora intestinal, da nossa saúde, e também auxiliam na prevenção às alergias. Os probióticos contêm tipos de bactérias “boas” que normalmente são encontradas no intestino grosso de pessoas saudáveis. Em nosso corpo temos milhares de cepas de bactérias “boas”. Apenas algumas são incluídas nos suplementos vendidos como probióticos. Os tipos de bactérias que são especialmente bem estudadas por seus benefícios como probióticos incluem o Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium bifidum. Você os encontrará em muitos probióticos disponíveis no mercado. E para saber como eles podem prevenir as alergias, confira o artigo que preparei sobre o tema. Alergias em bebês Alguns estudos mostraram que crianças em grupos suplementados com probióticos eram significativamente menos propensas a desenvolver eczema mais tarde na vida. Um estudo holandês de 2013 sugeriu que a dermatite atópica pode ser aliviada quando há uma melhora da microbiota por meio do uso de probióticos em todos os familiares. Os resultados deste estudo apoiam um papel da microbiota no desenvolvimento da dermatite atópica. Além disso, de acordo com as diretrizes divulgadas pela Organização Mundial de Alergia (WAO), os probióticos podem ser benéficos para algumas mulheres grávidas e que estão amamentando. A recomendação se aplica principalmente a mulheres cujos bebês correm um risco maior de desenvolver alergias, com a intenção de preveni-las. As alergias podem assumir muitas formas diferentes, abrangendo reações que vão desde intolerâncias alimentares leves a reações anafiláticas perigosas. Os probióticos podem ajudar com alergias? Hoje, muitos de nós vivemos em ambientes limpos, onde não estamos expostos a um grande número de germes. Há um aumento no número de produtos antibacterianos para o cuidado da pele, por exemplo, e as pessoas estão muito conscientes sobre como lavar as mãos com frequência. Isso pode fazer com que as crianças tenham um sistema imunológico pouco desenvolvido, visto que lidar com muitos germes não apenas fortalece o sistema imunológico, mas também significa que elas estão mais bem preparadas para combater determinadas infecções num contato futuro. Como resultado disso, o sistema imunológico pode não ser capaz de lançar uma resposta adequada aos patógenos ou alérgenos. Isso também afeta as bactérias no intestino, o que pode ser corrigido pela introdução de bactérias amigáveis na área por meio de probióticos. Eles aumentam a quantidade de bactérias boas no intestino para ajudar a criar um ambiente saudável. Afinal, as alergias estão intimamente ligadas à saúde intestinal. Portanto, manter a área funcionando de maneira ideal pode controlar e prevenir as alergias. Como agem os probióticos? Os probióticos servem para regular a microbiota intestinal, equilibrar distúrbios gastrointestinais, prevenir e tratar doenças, e, também, atuam como imunomoduladores. Eles fazem parte da resposta imune e são necessários para reconhecer partículas desconhecidas, incluindo vírus e alérgenos. Além disso, eles podem reduzir a inflamação, um sintoma comum de alergia. Isso, por sua vez, ajuda a acalmar um sistema imunológico hiper-reativo. Leia também::: Refrigerante: Seu consumo impacta o comportamento das crianças Os probióticos realmente funcionam? Embora os probióticos ainda sejam amplamente considerados um tratamento “alternativo” para a alergia, pesquisas mostram que eles podem ter um efeito muito positivo — e muito significativo — nos sintomas da rinite alérgica. Os estudos sugerem que as pessoas que sofrem de rinite alérgica que tomam probióticos desfrutam de uma melhor qualidade de vida geral do que aquelas que não tomam. Mas também há evidências que sugerem que os probióticos podem reduzir o número de episódios de rinite alérgica experimentados a cada ano, reduzindo assim a necessidade para tratamentos tradicionais. Tenha orientação profissional Ou seja, apesar das pesquisas bastante promissoras na área, há ainda diversos outros estudos em andamento para compreender melhor essa relação entre probióticos e alergias. E é importante ainda que o uso de probióticos, especialmente em crianças, deve seguir sempre a orientação de um profissional, preferencialmente um nutricionista materno-infantil. Ele saberá indicar o melhor produto, a dosagem e a frequência de uso. De qualquer forma, espero que o artigo sobre probióticos e alergias tenha sido útil. E para mais dicas e informações, siga meu canal no Youtube. Estou sempre compartilhando conteúdo novo por lá!
Bisfenol-A: Uma ameaça para a fertilidade
O bisfenol-A ou BPA é um produto químico encontrado em alguns plásticos e resinas epóxi. Quando consumido, traz sérios danos ao corpo humano e pode até mesmo afetar a fertilidade. Ele está presente em embalagens plásticas de alimentos e em garrafas de água, e também no revestimento interno de alguns alimentos enlatados. O problema é que quanto esse plástico é exposto a altas temperaturas, seja aquecendo no micro-ondas, ou em contato com alimentos muito quentes, eles liberam o BPA. Dessa forma, ele entra no corpo humano e age como um disruptor endócrino, afetando a capacidade natural do corpo humano de produzir hormônios. Afeta ainda a fertilidade, e é sobre isso que abordo no artigo abaixo. Siga a leitura para saber mais! O que é o bisfenol-A? O BPA (2,2-bis (4-hidroxifenil) propano) ou bisfenol-A é um composto sintético à base de carbono. Ele tem sido usado em muitos produtos domésticos desde a década de 1950. Hoje em dia, os plásticos contendo BPA são comumente usados em recipientes de comida, garrafas plásticas e outros itens. O BPA também é usado para fazer resinas epóxi. Elas são espalhadas no revestimento interno de embalagens de alimentos enlatados para evitar que ocorra a corrosão do metal. A principal fonte de exposição ao BPA é através da alimentação., uma vez que, os recipientes são produzidos com BPA. Isso permite que parte dele seja liberado e se misture com o conteúdo do recipiente, uma vez que alimentos ou líquidos estão acondicionados. Por exemplo, um estudo descobriu que os níveis de BPA na urina diminuíram 66% após três dias, durante os quais os participantes evitaram alimentos embalados. A OMS (Organização Mundial de Saúde) relatou que os níveis de BPA em bebês amamentados eram até oito vezes mais baixos do que em bebês alimentados com fórmula líquida de mamadeiras contendo bisfenol-A. Leia também::: Prevenir alergias alimentares do bebê: existe a possibilidade? Como afeta a fertilidade? O BPA pode afetar vários aspectos de sua fertilidade. Um estudo observou que mulheres com abortos espontâneos frequentes tinham cerca de três vezes mais BPA no sangue do que mulheres com gestações bem-sucedidas. Além do mais, estudos com mulheres submetidas a tratamentos de fertilidade mostraram que aquelas com níveis mais elevados de BPA têm produção de óvulos proporcionalmente mais baixa e têm até duas vezes menos probabilidade de engravidar. Entre os casais submetidos à fertilização in vitro, os homens com os níveis mais altos de BPA tinham 30-46% mais probabilidade de produzir embriões de qualidade inferior. Um estudo separado descobriu que os homens com níveis mais elevados de BPA eram 3-4 vezes mais propensos a ter uma baixa concentração de esperma e baixa contagem de esperma. Além disso, os homens que trabalham em empresas de manufatura de BPA na China relataram 4,5 vezes mais dificuldade erétil e menos satisfação sexual geral do que outros homens. Como o bisfenol-A age no corpo O bisfenol-A é um desregulador endócrino, que interfere na produção e função de hormônios reprodutivos como estrogênio e testosterona. Evitar o BPA não é importante apenas enquanto você está tentando engravidar, mas é importante enquanto você está grávida. O BPA foi encontrado no líquido amniótico, e níveis elevados de exposição ao feto podem resultar em efeitos negativos sobre o desenvolvimento do cérebro e do sistema reprodutivo. Como um composto estrogênico, o BPA foi associado a muitos distúrbios reprodutivos, como síndrome do ovário policístico, infertilidade, endometriose e problema na tireoide. O BPA foi encontrado no fluido folicular ao redor dos óvulos em desenvolvimento, tecido endometrial dentro do útero e em níveis elevados na urina de mulheres com aborto espontâneo. Leia também::: Alimentação orgânica para crianças: quais os benefícios? Evite o bisfenol-A sempre que possível Uma forma de evitar essa ameaça à fertilidade e à saúde em geral é evitar ao máximo recipientes que tenham bisfenol-A em sua composição. Portanto, mude a água de uma garrafa de plástico para uma garrafa de aço inoxidável ou vidro. Também mude do armazenamento de alimentos e sobras em recipientes de plástico para opções de vidro ou aço inoxidável. Mas, para identificar os produtos que contêm bisfenol-A é importante observar nas embalagens a presença do nº 7 dentro do símbolo de reciclagem do plástico. Isso indica que o material foi feito utilizando BPA. Dessa forma, você protege você e sua família dessa terrível ameaça. E para saber ainda mais sobre o bisfenol A, confira o e-book que preparei sobre o tema. É só clicar no botão abaixo!
Refrigerante: Seu consumo impacta o comportamento das crianças
Quando falamos em alimentação infantil, o uso de refrigerantes é algo que nunca deve ser adicionado. Além do excesso de açúcar, ele influencia no comportamento das crianças. Ao abordar dessa forma, muitos pais têm dúvidas sobre como uma bebida não-alcoólica pode alterar o comportamento das crianças. Porém, estudos indicam que há uma ligação clara entre o comportamento agressivo e o consumo de refrigerantes em crianças, e há outras preocupações a serem consideradas. Para compreender essa ligação, confira o artigo abaixo. Comportamento associado ao refrigerante Se os problemas de saúde físicos não forem suficientes para dissuadir os pais de dar refrigerante às crianças, os problemas de comportamento associados aos refrigerantes poderão ser decisivos e contribuir para o impedimento dessa prática. Um estudo de 2013 publicado no The Journal of Pediatrics descobriu que a agressão, o comportamento de abstinência e os problemas de atenção estão relacionados ao alto consumo de refrigerantes em crianças pequenas. Os pesquisadores avaliaram 2.929 crianças de 5 anos de 20 cidades diferentes dos Estados Unidos. Mesmo depois de ajustar para fatores como depressão materna e violência doméstica, o consumo de refrigerantes ainda estava associado a comportamento agressivo. Crianças que bebiam quatro ou mais refrigerantes por dia tinham duas vezes mais chances de destruir os pertences de outras pessoas, entrar em brigas e agredir fisicamente as pessoas. Leia também::: Como se formam os hábitos alimentares das crianças? Ligação entre refrigerante e agressão Não está claro por quê o consumo de refrigerante foi associado a mais problemas de comportamento. Os refrigerantes são altamente processados e não há muitas pesquisas sobre como certos ingredientes afetam as crianças. Alguns estudos relacionaram o aspartame à irritabilidade e o benzoato de sódio aos sintomas relacionados ao TDAH. A cafeína também foi associada a alguns problemas de comportamento em crianças, então os pesquisadores suspeitam que o conteúdo de cafeína pode ter um papel importante. Uma condição física subjacente, como níveis baixos de glicose no sangue, também pode explicar a ligação. A baixa glicose no sangue pode fazer com que as crianças tenham desejo de refrigerante, ao mesmo tempo que as torna retraídas ou agressivas. Outros problemas dos refrigerantes Além de afetar o comportamento, o refrigerante apresenta vários outros problemas às crianças. As propriedades viciantes do refrigerante vêm de vários de seus ingredientes — primeiro, a cafeína. A cafeína é a droga que altera o humor mais comumente usada no mundo. Estudos afirmam que a cafeína produz dependência física. As crianças não são imunes a esta dependência e algumas podem até dizer que são mais suscetíveis aos efeitos da cafeína devido ao seu menor peso corporal. Embora isso possa parecer óbvio, um dos perigos do refrigerante é que ele não fornece a nutrição necessária para o nosso corpo. No entanto, fornece calorias vazias e pode suprimir o apetite. Consumir refrigerante pode fazer com que as crianças comam menos dos alimentos de que precisam para abastecer seus corpos. O cérebro de uma criança está se desenvolvendo ao longo da adolescência. Quando uma criança bebe refrigerante, ela está consumindo produtos químicos que estão alterando seu cérebro. O glutamato monossócido pode estar escondido no ácido cítrico do refrigerante, bem como nos sabores artificiais. Foi demonstrado que esta excitotoxina danifica os neurônios do cérebro de camundongos. Além disso, altos níveis de excitotoxinas têm sido associados a tumores cerebrais, doenças como a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson, danos cerebrais, distúrbios de aprendizagem e problemas comportamentais. Leia também::: Obesidade infantil: como iniciar uma mudança alimentar? Elimine o refrigerante O que o estudo faz é adicionar mais evidências para apoiar a possibilidade de que o consumo de refrigerante e o comportamento problemático, especialmente a agressividade, andam de mãos dadas. Se seu filho bebe refrigerante, a agressão e outros problemas de comportamento negativo podem estar relacionados ao consumo de refrigerantes. Eliminar os refrigerantes da alimentação infantil pode melhorar seu comportamento. Além disso, cortar o refrigerante também trará benefícios à saúde. Além de eliminar os refrigerantes, você também pode evitar que seu filho consuma bebidas energéticas. Essas bebidas altamente açucaradas, além dos problemas mencionados nos estudos citados acima, também podem desencadear outros problemas de saúde. Por isso, dê preferência aos sucos naturais — não os de caixinha. Dessa forma você estará incentivando seu filho a ter uma vida mais saudável no longo prazo. Espero que tenha gostado do artigo sobre os impactos do refrigerante no comportamento das crianças. E para mais dicas sobre alimentação infantil, siga meu canal no Youtube. Lá sempre compartilho muitas dicas e informações!
Vitamina B12: Suplementação fundamental na gestação
A gravidez é um momento em que a mulher deve ficar ainda mais atenta à sua saúde e aos seus hábitos alimentares. Conforme estudos recentes, os níveis de vitamina B12 devem estar entre os desejados para uma gestação saudável e também para a saúde do bebê, sendo assim, merece toda a atenção. A vitamina B12 é vital para a formação dos glóbulos vermelhos, bem como para o bom funcionamento e saúde do tecido nervoso. Se não for tratada, a deficiência pode levar à anemia e até causar dano cerebral, podendo ser irreversíveis. Dessa forma, é importante que os níveis no organismo da mulher sejam avaliados e, em caso de deficiência, seja feita a suplementação. Para falar mais sobre vitamina B12 e gestação, preparei o artigo a seguir. Vamos conferir? Quais os benefícios da vitamina B12? De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a vitamina B12 é fundamental na para prevenção de danos em relação ao fechamento do tubo neural e outros problemas neurológicos em bebês. Além disso, destacam que cerca de 1 em 20 adultos apresentam deficiência dessa vitamina, que é essencial. Ela é uma fonte de micronutriente energético por uma série de razões. O seu organismo depende dela para: Digestão, absorção de alimentos, uso de ferro e metabolismo Saúde reprodutiva feminina e gravidez Funcionamento saudável do sistema nervoso Regulação e formação de glóbulos vermelhos Função do sistema imunológico saudável Vigor físico, emocional e mental Os sinais e sintomas iniciais da deficiência de vitamina B12 podem ser sutis — mas com o tempo, eles se tornam mais perceptíveis. Os baixos níveis dessa vitamina podem dar origem a uma série de problemas de saúde, incluindo: Perda de apetite Problemas de equilíbrio Prisão de ventre Fadiga Feridas na boca ou língua Fraqueza Leia também::: A importância das fibras na alimentação infantil? Vitamina B12 e gravidez Baixos níveis de vitamina B12 em mulheres grávidas podem levar a um aumento do risco de má formação do tubo neural, parto prematuro, pré-eclâmpsia e interrupção da gravidez como publicado no The American Journal of Clinical Nutrition. Os autores realizaram uma revisão da literatura sobre a frequência com que as mulheres grávidas tinham deficiência de vitamina B12, e observaram que, em média, cerca de 25% das mulheres grávidas apresentavam deficiência em todos os trimestres. Sabe-se que a vitamina B12 atua em estreita colaboração com o ácido fólico. Desempenhando um papel significativo no funcionamento normal do sistema nervoso e na formação de glóbulos vermelhos do feto. E ainda, por si só, tem funções importantes na síntese de DNA, na formação do tecido sanguíneo e no crescimento saudável do feto. Ela também é ativa na produção de hormônios e neurotransmissores, tanto para a mamãe quanto para o bebê. Como obter vitamina B12? Durante a gestação, seu nutricionista ou médico obstetra pode prescrever a suplementação. Porém, ela também pode ser encontrada em alguns alimentos, tais como: Carne vermelha Ovos Leite Aves Peixe Ou seja, mulheres que adotam uma alimentação vegana devem estar mais atentas aos baixos níveis de B12, já que a origem principal dessa vitamina na alimentação vem de fontes de origem animal. Portanto, quando o consumo de alimentos de origem animal é pequeno ou nenhum, a introdução de B12 por meio de alimentos fortificados ou suplementação é fundamental. Leia também::: Qual é a quantidade de comida que o bebê deve comer por dia? Cuide de você e do seu bebê Por conta do estoque relativamente grande de B12 em nosso organismo (suficiente para durar vários anos), o início da deficiência de B12, acontece de maneira gradual. A ingestão inadequada geralmente não é a causa de uma deficiência, ao contrário, a má absorção é a principal causa. No entanto, uma deficiência pode resultar em sintomas que afetam o sangue, o cérebro e o intestino, e como mencionamos, podem trazer consequências ao desenvolvimento do bebê. Portanto, se você pretende engravidar ou está grávida, saiba que a vitamina B12 desempenha um papel preponderante na sua saúde e também na saúde do bebê. Hábitos alimentares saudáveis, contribuem para manutenção dos níveis adequados da vitamina B12, no entanto, a suplementação pode ser necessária para alguns indivíduos. Por isso, converse com o profissional da saúde que te acompanha, sobre a necessidade ou não de suplementação. O profissional é sempre a melhor pessoa para avaliar sua condição e suas necessidades. Espero que tenha gostado do artigo sobre vitamina B12 e gestação. E caso queira seguir recebendo dicas e muitas informações, siga meu canal no Youtube. Há sempre vídeos novos por lá!
Qual a importância da higiene do sono?
Todos precisamos ter uma boa noite de sono. E nas crianças, isso tem um papel ainda mais essencial, já que está ligado ao seu desenvolvimento. Por isso, praticar a chamada higiene do sono é uma forma de garantir uma noite tranquila e reparadora. Hoje em dia, com a vida muito agitada e corrida, não estamos dando a importância devida ao sono. Inúmeras vezes, pensamos na possibilidade de compensá-lo no final de semana. E quando se trata de nossos filhos, não tem sido diferente, fazemos inúmeras promessas, dizendo que nos esforçaremos mais no outro dia para garantir que eles irão para a cama na hora certa. Ou que vamos entrar na rotina quando encerrar as aulas ou quando começarem às férias… A lista de desculpas pode ser interminável. O fato é que praticar a higiene do sono é mais fácil do que se imagina, e trará grandes benefícios não só para crianças, mas também para toda a família. E é sobre esse tema que abordo no artigo abaixo. Vamos lá? Os benefícios do sono O seu filho precisa dormir para restaurar a energia que foram usadas durante o dia. Um cérebro descansado é capaz de resolver problemas, aprender novas informações e aproveitar o dia muito mais do que um cérebro cansado. Algumas áreas do cérebro do seu filho são ainda mais ativas enquanto dormem. Em geral, crianças que sempre têm uma boa noite de sono: São mais criativas Podem se concentrar nas tarefas por mais tempo Têm melhores habilidades de resolução de problemas São mais capazes de tomar decisões positivas São mais capazes de aprender e lembrar de coisas novas Tem mais energia durante o dia Podem criar e manter boas relações com outras pessoas Não dormir o suficiente todas as noites podem ter consequências negativas para seus filhos. Com o tempo, não dormir com qualidade suficiente todas as noites pode produzir uma série de problemas comportamentais, cognitivos e emocionais. O déficit de sono pode fazer com que seu filho se sinta mentalmente exausto. Também pode haver piora de sintomas comportamentais existentes, como por exemplo, ansiedade, mudança de humor e pode até mesmo desenvolver quadros de depressão. Quantas horas meu filho precisa dormir? O ritmo circadiano do seu filho (também chamado de “relógio biológico”) é um ciclo de 24 horas que sinaliza ao corpo quando deve dormir. O relógio biológico é influenciado pela idade da criança. As crianças costumam precisar de menos sono à medida que envelhecem. De acordo com um estudo da Academia Americana de Medicina do Sono, os recém-nascidos precisam de 16 a 18 horas de sono por dia. Já entre os 2 e 6 meses, já cai para 14 a 16 horas por dia. Com um ano, a criança precisa dormir entre 10 e 13 horas por dia. Na fase pré-escolar, entre os 3 e 5 anos, ela deve dormir em média 10 horas por dia. E ao chegar à adolescência, entre os 14 e 18 anos, deverá dormir entre 8 e 10 horas. O que é a higiene do sono? O sono é essencial, no entanto, muitas crianças e adultos, não conseguem atingir a quantidade de horas necessárias. Uma das melhores maneiras de voltar aos trilhos, é realizar a higiene do sono. Isso significa estabelecer hábitos que promovam uma boa noite de sono, fazendo disso uma rotina. As rotinas serão diferentes de acordo com a idade. Por exemplo, bebês não nascem com o mesmo relógio biológico que nos mantém dormindo à noite e acordados durante o dia. Em vez disso, os bebês dormem por algumas horas e depois ficam acordados por algumas horas, independentemente da hora do dia. Este é um comportamento perfeitamente normal para um recém-nascido, então os pais devem deixá-los manter seus padrões naturais de sonolência. Para evitar ter um bebê muito cansado, os pais devem reforçar a programação natural do sono, iniciando uma atividade relaxante após cerca de uma hora após o bebê estar acordado. Crie uma rotina Ter uma rotina antes de dormir, como definir o horário para ir para a cama, é o primeiro passo. Uma rotina pode começar de 30 minutos a duas horas antes da hora de dormir, e pode incluir atividades para ajudar a relaxar, como um banho quente ou a leitura de uma história. Seguir um padrão definido todas as noites ajudará seu filho a ficar mais calmo antes de dormir. Além disso, o uso de dispositivos eletrônicos (como televisores, telefones celulares e tablets) próximo à hora de dormir pode impedir que seu filho adormeça. Isso ocorre porque eles emitem luz, o que suprime a ação da da melatonina que causa a sonolência. É importante também que a família contribua para esse momento. Evitar uma agitação muito grande com a criança próximo ao horário de dormir também é essencial. Ela precisa de calma e tranquilidade, para que o sono venha de forma natural e tranquila. Tenha uma noite tranquila Os bebês precisam dormir para crescer e se desenvolver. Mas no início os bebês podem acordar com mais frequência para serem amamentados. Porém, a partir do sexto mês é comum que o bebê tenha uma boa noite de sono. Porém, se você está preocupado que seu bebê não esteja dormindo o suficiente ou que outro problema possa estar acontecendo, verifique com seu pediatra. O médico pode descobrir as causas, aconselhar sobre os hábitos de sono e garantir que seu bebê não tenha nenhum problema de saúde. Espero que tenha gostado do artigo sobre higiene do sono, e como ela pode ser benéfica para seus filhos e também para sua família. E para mais informações e dicas, siga meu canal no Youtube!