Entenda a relação entre os primeiros meses de vida e o sistema imunológico

Muitas doenças causadas por um sistema imunológico desregulado, como alergias e asma, podem ser atribuídas a eventos ocorridos nos primeiros meses após o nascimento.  É importante lembrar ainda que o sistema imunológico dos bebês não é tão desenvolvido quanto o dos adultos. Amamentar e vacinar seu bebê ajudará a protegê-lo de inúmeras doenças. Ao fortalecer o sistema imunológico do bebê nos primeiros meses de vida, é possível evitar uma série de doenças futuras. Sobre este tema, preparei o artigo abaixo com algumas informações importantes para as mamães e papais que querem dar mais segurança e saúde aos seus bebês. Vamos conferir? O que é o sistema imunológico? Por exemplo, o sistema imunológico é formado por uma variedade de células especializadas, tecidos e alguns órgãos que reagem de várias formas, a fim de nos proteger contra microorganismos e substâncias estranhas que tentam invadir e se instalar em nosso corpo, causando as infecções e até mesmo células do próprio organismo quando elas sofrem alguma mutação, como as células cancerígenas.  Se uma bactéria, um vírus ou outra substância estranha entrar no corpo, os glóbulos brancos os identificam e produzem anticorpos e outras respostas à infecção.  Depois de um primeiro contato, também é possível desenvolver a memória imunológica, em alguns casos, nosso organismo consegue reconhecer o contato prévio, com isso entra em “combate” mais rapidamente. O sistema imunológico de um bebê é imaturo quando ele nasce. Ele se desenvolve com o passar dos meses,à medida que são expostos a diferentes corpos estranhos, que podem vir a desenvolver determinadas doenças. Uma criança tem o sistema imunológico menos sensível por volta dos três anos de idade, quando o sistema imune está mais desenvolvido. O sistema imunológico em bebês Os anticorpos são passados ​​da mãe para o bebê através da placenta durante a  gestação.  Isso dá ao bebê alguma proteção quando nasce. O tipo e a quantidade de anticorpos transmitidos ao bebê dependem do nível de imunidade da própria mamãe. Durante o nascimento por parto normal, as bactérias da vagina da mamãe são transmitidas ao bebê. Isso ajuda a construir a colônia de bactérias no intestino que contribui para sua imunidade. Após o nascimento, mais anticorpos são transmitidos ao bebê no colostro e no leite materno. Mas o sistema imunológico dos bebês ainda não está completamente desenvolvido quanto o dos adultos.  Bebês prematuros correm maior risco de infecção porque seu sistema imunológico é ainda mais imaturo e eles não receberam tantos anticorpos transmitidos por suas mães. Os bebês produzem seus próprios anticorpos sempre que são expostos a um vírus ou germe, mas leva tempo para que essa imunidade se desenvolva totalmente. A imunidade passiva transmitida da mãe não dura muito e começará a diminuir nas primeiras semanas e meses após o nascimento. Leia também::: Aleitamento materno: Impacto positivo na saúde cognitiva Como fortalecer o sistema imunológico do bebê? Cada vez que seu bebê fica doente, ele desenvolve novos anticorpos que o protegerão no futuro.  Nesse ínterim, existem algumas coisas importantes que você pode fazer para proteger seu bebê. Amamentação O leite materno contém muitos elementos que apoiam o sistema imunológico do seu bebê. Estes incluem proteínas, gorduras, açúcar, anticorpos e probióticos.  Quando uma mãe entra em contato com germes, ela desenvolve anticorpos para ajudá-la a combater a infecção.  Estes são passados ​​para o bebê através do leite materno. Como mamães e bebês geralmente são expostos a germes semelhantes, isso significa que o bebê está protegido. Bebês amamentados têm menos infecções e se recuperam mais rapidamente em situações de infecções instaladas.  Vacinação Vacinar crianças é a forma segura e eficaz de protegê-las contra doenças graves. A vacinação causa uma resposta imunológica da mesma forma que um vírus ou bactéria faria.  Isso significa que, se seu filho entrar em contato com o agente infeccioso  no futuro, o seu sistema imunológico reconhecerá o microorganismo e responderá mais rapidamente, com isso haverá o “combate”  e poderá prevenir  complicações sérias. Seu bebê receberá as primeiras vacinas ao nascer, depois algumas mais às 6 semanas, 4 meses e 6 meses e durante os primeiros anos de vida. É importantíssimo seguir o calendário de vacinação e por isso a carteirinha do bebê é um documento essencial. Lá constam quais vacinas são necessárias e quando elas deverão ser administradas ao bebê. Alimentação Outro ponto que contribui para prevenir alergias alimentares do bebê é fazer uma introdução alimentar adequada a partir dos seis meses. Expor o bebê nesse período à  janela imunológica, que vai dos 6 meses aos 11 meses de vida, permite que seu organismo reconheça os alimentos. Por isso, ofereça ao seu filho alimentos como o ovo, por exemplo. Ofereça a gema, a clara. Seu bebê também deve ser apresentado a outros alimentos potencialmente alergênicos, como o peixe. Coloque  peixe no cardápio preparado para a introdução alimentar. Há diversas evidências científicas que comprovam o sucesso dessas condutas, pois previne riscos futuros de uma alergia alimentar. Sem contar que também ajudará na saúde e no desenvolvimento futuro do bebê como um todo. A exclusão desnecessária não diminui ao risco, ao contrário, pode aumentar suas chances de desenvolver uma alergia alimentar futura.  Leia também::: Quais são os benefícios do kefir para a saúde? Cuide do seu bebê! Como fica claro, fortalecer o organismo e o sistema imunológico do bebê é algo que inicia quando ele ainda está na barriga da mamãe, se segue no momento do parto, e continua durante a amamentação. É importante ainda que antes mesmo do parto, a mulher tenha um acompanhamento pré-natal de qualidade, por uma equipe multidisciplinar, para que a nutrição e desenvolvimento do bebê seja sempre nas melhores condições. Desta forma, o bebê nasce ainda mais saudável e forte, e seu sistema imunológico vai se fortalecendo cada vez mais para encarar todos os desafios que poderão surgir ao longo de sua vida. Espero que tenha gostado do artigo sobre sistema imunológico do bebê e, para mais dicas e muita informação sobre nutrição materno-infantil, siga também meu canal no Youtube!

É necessário se exercitar durante a gestação?

Manter uma rotina regular de exercícios durante a gestação pode ajudá-la a se manter saudável e a sentir-se bem.  Estar fisicamente ativa durante a gravidez oferece muitos benefícios à  mulher, entre elas  saúde psicológica, melhor condicionamento aeróbio e menor risco de ganho excessivo de peso.  Sabemos que a atividade física pode  prevenir o diabetes gestacional, aliviar o estresse e aumentar a resistência necessária para o trabalho de parto e o parto. Mas é claro que toda atividade física durante a gestação deve contar com a orientação de um profissional capacitado e  deve ser autorizada pelo obstetra que faz o acompanhamento pré-natal. E para conhecer mais sobre os benefícios do exercício durante a gestação, confira o artigo que preparei abaixo! Benefícios da atividade física na gestação Os benefícios de caminhar, nadar ou dançar durante a gestação não são bons apenas para as mamães.  O exercício é tão bom para o seu bebê quanto para você. Confira alguns dos benefícios potenciais do exercício durante a gestação para seu bebê: Probabilidade reduzida de diabetes Um estudo descobriu que ratos nascidos de mães que se exercitavam tinham melhor sensibilidade à insulina, até mesmo quando adultos. Contribuição para a saúde cerebral Em um  estudo em que foi analisado a prole de camundongos de fêmeas prenhas submetidas ao exercício físico foi demonstrado que os descendentes desse grupo  eram menos propensos à neurodegeneração.   Menor IMC Pesquisadores  também demonstraram que filhotes de fêmeas prenhas submetidas ao exercício físico na gestação eram menos propensos a obesidade e diabetes.  Além disso, observaram o mesmo efeito em animais que receberam uma dieta rica em  em gordura.  Um coração saudável  Um grupo de pesquisadores analisando bebês  observaram  que a rotina de exercícios regulares durante a gestação reduziu a  frequência cardíaca dos fetos na 36ª semana de gestação.  Em 2014, fizeram o acompanhamento  dos bebês com 1 mês de vida e  observaram que os efeitos dos exercícios praticados pela mãe na gestação ainda estavam influenciando a frequência cardíaca dos bebês, mesmo após o nascimento.  Leia também::: Vitamina B12: Suplementação fundamental na gestação Pratique exercícios na gestação Mesmo que a maioria dos estudos tenham sido realizados em animais, os resultados são bastante promissores para humanos. Além disso, a maioria dos estudos sobre os benefícios dos exercícios durante a gestação analisa os efeitos de cerca de 150 minutos de tempo ativo por semana.  Essas sessões podem ser cinco sessões de meia hora ou três ou quatro aulas mais longas.  A prática de qualquer atividade física que favoreça ao aumento da  sua frequência cardíaca e mantenha seus músculos ativos são importantes, pode ser: caminhada, corrida, ioga, pilates, dança, aulas de aeróbica e natação. Assista também::: Principais causas de DIABETES GESTACIONAL Vá no seu tempo Além disso, se você é gestante, respeite o seu tempo. Faça atividade conforme a sua capacidade e vá aumentando aos poucos a duração, a intensidade e a frequência. Dedique-se a prática de atividade física, reserve um tempo para isso. Vai valer a pena!   Apenas certifique-se de seguir as regras de segurança para exercícios durante a gravidez: evite esportes de contato e atividades com alto risco de queda.  E interrompa o exercício, caso venha sentir qualquer desconforto. Também sempre converse com o seu obstetra, avaliando os eventuais riscos. Espero que tenha gostado do artigo sobre exercícios durante a gestação e seus benefícios. E para mais dicas e informações, siga também meu canal no Youtube!

Alimentação saudável promove felicidade!

Uma alimentação saudável vai além de proporcionar apenas mais saúde. Há estudos que indicam que ela também promove mais felicidade. Nem preciso dizer que a alimentação saudável é a melhor opção para prevenção da obesidade infantil, uma condição muito frequente e nos traz inúmeras preocupações. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a estimativa é que 6,4 milhões de crianças tenham excesso de peso no país, e 3,1 milhões já evoluíram para obesidade.  A doença afeta 13,2% das crianças entre 5 e 9 anos acompanhadas no Sistema Único de Saúde (SUS), o que poderá contribuir para  condições  preocupantes ao longo da vida.  O excesso de peso costuma estar associado a vários problemas de saúde físico, no entanto, sabemos que também tem efeitos psicológicos sérios, que inclusive impede a socialização e a entrada no mercado de trabalho. Crianças com sobrepeso são mais propenso à baixa auto-estima, imagem corporal negativa e depressão. Diante do ao tamanho desse problema, muitas pesquisas estão focadas em tentar entender a psicologia por trás do excesso de peso, bem como no impacto do excesso de peso no bem-estar psicológico das crianças. Leia também::: Açúcar na infância e as consequências a longo prazo O que diz a pesquisa Um desses estudos foi conduzido pela Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo, na Suécia. O estudo incluiu 7.675 crianças de 2 a 9 anos de oito países europeus. Bélgica, Chipre, Estônia, Alemanha, Hungria, Itália, Espanha e Suécia. No início do estudo, os pais responderam um questionário que detalhava a frequência com que alimentos específicos eram comidos a cada semana. Havia 43 itens alimentares para serem escolhidos no total. A partir de todas essas informações, cada criança recebeu um Índice de Adesão à Dieta Saudável (Healthy Dietary Adherence Score – HDAS). O escore HDAS captura informações sobre a adesão da criança a uma dieta saudável.  Leva em consideração comportamentos que levam o indivíduo a evitar alimentos açucarados e gordurosos e comer frutas e vegetais frescos. Além disso, o bem-estar das crianças foi avaliado no início e no final do período experimental de 2 anos. Foram incluídas informações sobre auto-estima, problemas emocionais e relacionamentos com pais e colegas. Altura e peso também foram  registrados no início e no final do estudo. Após análise dos dados obtidos, ficou clara a relação entre bem-estar psicológico e alimentação saudável.  Mais benefícios da alimentação saudável Além disso,  a nutrição adequada,  sendo equilibrada e variada, promove inúmeros benefícios para a saúde e bem-estar das crianças de forma geral.  Isso inclui diminuição dos riscos de doenças no presente e no futuro, manutenção de um peso adequado, estabilização do humor e  um bom desenvolvimento cognitivo.  Uma dieta saudável também tem uma influência positiva no bem-estar mental e emocional da criança. Os benefícios não param por aí: É muito mais fácil uma pessoa permanecer com os hábitos saudáveis adquiridos na infância do que mudar quando adulto. Sendo assim, cultive bons hábitos alimentares nas crianças, elas serão adultos mais saudáveis.  Criar um ambiente onde os alimentos ricos em nutrientes estão presentes, deve ser uma prioridade, pois podem ajudar a moldar os hábitos e preferências alimentares de seu filho ao longo da vida.  Leia também::: IAC prematura associada ao excesso de peso na infância Incentive a alimentação saudável Todos nós queremos que nossos filhos tenham uma vida agradável e que possam viver com qualidade. Essas  atitudes e decisões contribuirão para a felicidade, bem-estar e a  saúde a longo prazo. Por isso, devemos sempre priorizar a alimentação saudável de nossas crianças, desde o momento da introdução alimentar.  Espero que tenha gostado do artigo sobre a relação entre alimentação saudável e felicidade, e para mais dicas e informações sobre nutrição materno-infantil, siga meu canal no Youtube!

IAC prematura associada ao excesso de peso na infância

Dar início à introdução da alimentação complementar (IAC) de forma prematura pode aumentar drasticamente o risco de obesidade infantil.  O motivo não está claro. Alguns estudos sugerem que o risco está ligado a fatores metabólicos, outros apontam para alterações no microbioma do intestino do bebê e outros ainda sugerem que o risco está relacionado a fatores comportamentais.  Uma coisa é clara: o risco de obesidade é realmente maior quando os alimentos sólidos são iniciados precocemente, ou seja, antes dos 6 meses de idade. No artigo abaixo, compartilho com vocês algumas informações de estudos que comprovam essa relação. Vamos conferir? A obesidade infantil A obesidade infantil é uma epidemia global e um desafio crítico para a saúde pública.  No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que 3,1 milhões de crianças menores de 10 anos apresentam obesidade infantil.  A doença afeta 13,2% das crianças entre 5 e 9 anos acompanhadas no Sistema Único de Saúde (SUS), e pode trazer consequências preocupantes ao longo da vida.  Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, nessa faixa-etária, 28% das crianças apresentam excesso de peso, um sinal de alerta para o risco de obesidade ainda na infância ou no futuro.  Entre os menores de 5 anos, o índice de sobrepeso é de 14,8%, sendo que 7% já apresentam obesidade.  A obesidade infantil é resultado de uma série complexa de fatores genéticos, comportamentais, que atuam em vários contextos, seja ele familiar, escolar ou social. Condições vivenciadas  ainda na gestação podem influenciar ao longo da vida, como a nutrição inadequada da mãe e o excesso de peso.  A redução no tempo do aleitamento materno  exclusivo ou a  introdução alimentar precoce também são fatores que colaboram para a obesidade infantil.  A introdução da alimentação dos alimentos sólidos deve acontecer aos 6 meses de idade, pois nessa fase a criança apresenta o sistema digestivo mais desenvolvido. Leia também::: Açúcar na infância e as consequências a longo prazo Obedeça as etapas Os bebês precisam cumprir vários marcos de desenvolvimento antes de iniciar os sólidos, sendo necessário fazer as seguintes observações: Sustenta bem o pescoço Senta-se sem apoio ou com mínimo apoio Já não tem mais o reflexo de extrusão da língua, parando de empurrar automaticamente os sólidos para fora da boca Demonstra interesse pelos alimentos, tenta tocar na comida Ao pegar algum alimento, é capaz de coordenar seu movimento levando-o em direção à boca Mostra que está pronto e deseja mastigar Lembre-se, ao introduzir os  alimentos sólidos, devemos priorizar a qualidade em vez da quantidade.  Ter uma experiência positiva e construir uma boa relação com alimentos saudáveis ​​e ricos em nutrientes é fundamental para a vida, portanto, invista tempo e dedique-se a essa fase.  O que dizem os estudos? Bebês que começaram a comer alimentos sólidos aos três meses de idade ou antes mostraram mudanças nos níveis de bactérias intestinais e subprodutos bacterianos. Entre essas mudanças, estavam os ácidos graxos de cadeia curta, medidos em suas amostras de fezes. Os resultados foram publicados em um estudo da Universidade Johns Hopkins. O estudo sugere que a introdução precoce de alimentos sólidos pode predispor os bebês ao excesso de peso, pelo menos em parte, por alteração da rando a microbiota intestinal A ciência tem demonstrado a relação da introdução da alimentação completar com distúrbios imunológicos, estresse oxidativo e obesidade. Leia também::: Bisfenol-A prejudica o cérebro infantil Priorize o leite materno Até o sexto mês, a recomendação é o aleitamento materno, que deverá ser o único alimento do bebê.  Após essa fase, iniciamos a introdução alimentar e com isso aproveitamos a famosa janela imunológica, que é um nome dado a um período em que o sistema imune parece estar mais propício a aprender, portanto, parece estar menos reativo e está em pleno desenvolvimento. “Queimar etapas” e fazer a introdução da alimentação complementar precoce nos bebês pode trazer consequências para o resto da vida, como a obesidade e outras doenças associadas. O ideal é sempre contar com o apoio de uma nutricionista materno-infantil e priorizar a diversidade alimentar, sempre respeitando os limites e o conforto do bebê.  Espero que o artigo sobre a relação entre a introdução da alimentação complementar prematura e a obesidade seja útil e possa orientá-los. E para mais dicas e muita informação, conheça o curso “Bebê Vitaminado – Introdução Alimentar”, clicando no botão abaixo!

Seletividade alimentar é mais comum em crianças com autismo!

Crianças com TEA (transtorno do espectro do autismo) costumam apresentar  maior seletividade alimentar. E isso pode ser um grande drama para os pais.  A seletividade impacta diretamente nos nutrientes ingeridos pela criança e poderá acarretar em  carência nutricional, com inúmeros prejuízos no desenvolvimento. A alimentação monótona e repetitiva é bem comum entre esses pacientes, não costumam aceitar uma alimentação variada. Abaixo, explico mais sobre a seletividade alimentar em crianças com autismo, e como conseguir superar essa condição. Seletividade alimentar A seletividade alimentar é um problema bastante comum em crianças com transtorno do espectro do autismo (TEA).  Muitas crianças que foram diagnosticadas com TEA têm dificuldades com rigidez e uma necessidade de repetição, e isso vale para suas preferências alimentares também.  Antes de iniciar uma intervenção de alimentação, é importante descartar quaisquer condições médicas subjacentes que podem estar perpetuando as dificuldades de alimentação da criança.  As preocupações médicas comuns incluem a doença do refluxo gastroesofágico, alergias ou intolerâncias alimentares.  Quaisquer problemas médicos devem ser tratados antes da implementação de um plano alimentar. Leia também::: Refrigerante: Seu consumo impacta o comportamento das crianças Como tratar a seletividade alimentar Ao tratar qualquer criança com seletividade alimentar, o primeiro passo é obter um histórico alimentar muito detalhado, a anamnese precisa ser muito bem feita.  Pergunte sobre as primeiras experiências da criança com o aleitamento materno ou com mamadeira, a transição para a introdução alimentar e quais foram as reações ao ter contato com as diferentes texturas e temperaturas. Obtenha um diário de alimentação detalhado atualizado. Também é muito importante coletar informações sobre o ambiente em que a criança come.  Ele se senta à mesa da cozinha durante todas as refeições? Os horários das refeições são previsíveis e ocorrem em intervalos regulares programados e no mesmo horário todos os dias?  Como a comida é apresentada? Quanto tempo dura uma refeição típica? Quais são os comportamentos de recusa da criança? Quanto mais específicas forem as informações, melhor! Vale lembrar que a nutrição deve ser personalizada, individualizada, cada ser humano deve ser enxergado como único, inclusive, sob o ponto de vista nutricional! Mas antes disso, devemos enxergar a criança e tudo que a envolve. Leia também::: Obesidade infantil: como iniciar uma mudança alimentar? Um passo de cada vez Encontrar crianças dentro do espectro autista altamente seletivas é muito comum.  Mais do que a rejeição a sabores, esses pacientes contam com forte resistência a novas texturas dos alimentos. Por isso, introduzir novas opções pode ser um grande desafio. Forçar a ingestão de alimentos, não é uma opção. No entanto, os novos alimentos devem ser apresentados de forma gentil e gradual.  Tenha paciência e persistência Busque uma rotina saudável para você e seu filho! Espero que o tema da seletividade alimentar em crianças com autismo lhe seja útil. E para receber mais dicas e informações, se inscreva também em meu canal do Youtube!

Bisfenol-A prejudica o cérebro infantil

Os seres humanos são expostos a inúmeros disruptores endócrinos todos os dias, em todos os lugares.  Essas substâncias prejudiciais à saúde estão presentes em nossas casas, em todos os ambientes.  As vias mais comuns de contaminação é a oral, através da ingestão de alimentos contaminados e também a via transdérmica, ou seja, quando nossa pele entra em contato com essas substâncias.   Com milhares de produtos químicos flutuando em nosso ambiente, a exposição a qualquer número é praticamente inevitável.  Uma substância muito utilizada é o bisfenol A (BPA), um componente químico usado para a produção  de plásticos.  Sendo amplamente utilizado em equipamentos esportivos, garrafas de água, dispositivos médicos e como revestimento em latas de alimentos e bebidas.  O BPA tem maior probabilidade de contaminar alimentos quando  é submetido ao aquecimento, como ocorre quando aquecemos os alimentos no microondas.  Não à toa, ele foi proibido em diversas embalagens, como mamadeiras, por exemplo. Apesar da proibição do BPA em mamadeiras, dois estudos recentes mostram que os recém-nascidos ainda estão sendo expostos aos disruptores endócrinos, e isso pode estar afetando o desenvolvimento dos seus cérebros. Como o BPA afeta nossos corpos O BPA imita e interfere na função do estrogênio — um hormônio que nos ajuda a nos desenvolver quando somos jovens. Ele também é um hormônio importante para a reprodução. Recentemente, um estudo avaliou a presença do bisfenol A em amostras biológicas de gestantes e correlacionaram ao desenvolvimento infantil em diversas fases.  Além do Bisfenol A, analisaram a presença do Bisfenol S e F. No estudo se detectou a presença de Bisfenol na urina principalmente no primeiro trimestre e foi possível correlacionar ao maior perímetro cefálico e aumento no ganho de peso.    Os cientistas estão preocupados com os efeitos do BPA em fetos, bebês e crianças diante a altíssima exposição nos dias  atuais. Uma vez que alguns dados sugerem que a contaminação com Bisfenol pode afetar o comportamento, bem como o desenvolvimento cerebral e da próstata, dos testículos e das mamas. Leia também::: Como escolher utensílios para a introdução alimentar livres de BPA? Desenvolvimento do cérebro fetal A exposição ao BPA tem o potencial de afetar o desenvolvimento do cérebro durante a gestação, de acordo com pesquisas. O impacto inclui mudanças no desenvolvimento estrutural, interferência na regulação do estrogênio e modificações no DNA.  De acordo com o estudo, isso pode ter efeitos sobre o comportamento social e ansiedade após o nascimento. Estudo em animais demonstrou  os efeitos do BPA no desenvolvimento cerebral.   A exposição embrionária ao BPA demonstrou interromper o desenvolvimento neocortical normal, acelerando a diferenciação/migração neuronal.  Ou seja, algumas descobertas sugerem que a exposição gestacional ao BPA pode levar a mudanças duradouras e permanentes no cérebro do feto. Sendo assim, além de evitar os  disruptores endócrinos após o nascimento, é fundamental que as mães também evitem a contaminação durante a gestação. Leia também::: O perigo do plástico na mesa: o que você precisa saber sobre o bisfenol-A Evitando exposição  Evitar o BPA e outros disruptores endócrinos é extremamente necessário, sendo um desafio, pois estão extremamente presentes.  No entanto, uma pessoa pode tentar minimizar a exposição fazendo o seguinte: evitar recipientes para alimentos de policarbonato no micro-ondas ter em mente que os recipientes com códigos de reciclagem 3 ou 7 podem conter BPA reduzir o consumo de alimentos enlatados e ultraprocessados escolher recipientes de vidro, inox ou porcelana para alimentos quentes, em vez de plástico Em 2011 uma pesquisa muito interessante foi realizada, alguns cientistas analisaram os níveis de BPA antes e após a restrição de alimentos ultraprocessados, apenas  Após 3 dias de ingestão de alimentos frescos, ou seja, sem produtos retirados de uma lata ou embalagem de plástico.  Mas eles descobriram que os níveis de BPA caíram significativamente durante este tempo. Isso indica que ele pode ser eliminado rapidamente do corpo. Cuide de você e de quem ama O bisfenol A é um produto químico presente em plásticos rígidos, incluindo garrafas de água potável e muitos utensílios domésticos. A pesquisa mostrou que a exposição ao BPA pode perturbar o funcionamento do sistema endócrino e o desenvolvimento do cérebro infantil.  Por isso, a melhor alternativa é evitar ao máximo aquecer alimentos em recipientes plásticos, já que há grande risco de contaminação. Portanto, ao tomar cuidados diários, além de eliminar sempre os produtos enlatados e ultraprocessados, você garante maior qualidade de vida a você e a quem você ama. Além disso, tais disruptores endócrinos podem proporcionar diversos outros problemas à saúde. E para saber mais sobre os riscos que eles representam, confira o meu livro Epidemia do Plástico – Bisfenol A (BPA): Você precisa saber! É só clicar no link abaixo!

Açúcar na infância e as consequências a longo prazo

Crianças e adolescentes que consomem muito açúcar na infância estão mais sujeitas a se tornarem obesas, hiperativas e ainda apresentarem prejuízo cognitivo, quando adultas. Estudos que comprovam os malefícios do consumo excessivo de Glicose a curto, médio e longo prazo não param de ser publicados, como esse publicado na Frontiers in Neuroscience. Para entender mais sobre o estudo e também os problemas do açúcar na infância, confira o artigo abaixo! O que diz o estudo Na pesquisa experimental realizada em camundongos, observaram que os animais submetidos a uma dose menor de sacarose apresentaram menor ganho de peso e outros problemas de saúde.  Em contrapartida, quando o açúcar foi colocado em maiores quantidades na alimentação, os resultados mostraram sérias consequências. O estudo descobriu que o consumo de açúcar a longo prazo (12 semanas) aumenta significativamente o ganho de peso,  e estimula de forma anormal e excessiva o sistema nervoso. Além disso, o consumo excessivo de açúcar também altera a memória episódica e espacial. Esses resultados são semelhantes aos relatados em transtornos de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Novos estudos são necessários para determinar os efeitos a  longo prazo também em adultos, no entanto, tudo indica que o excesso de açúcar está associado a inúmeros problemas de saúde, sendo a maioria muito recorrente na população.  Leia também::: Refrigerante: Seu consumo impacta o comportamento das crianças Alterações no microbioma Outro estudo, conduzido pela Universidade da Califórnia — Riverside, demonstrou que a ingestão excessiva de  gordura e açúcar na infância pode influenciar  o microbioma para o resto da vida, mesmo que o indivíduo passe a se alimentar de maneira mais saudável, posteriormente.  Para o estudo, os autores formaram dois grupos — um que foi alimentado com uma dieta saudável e o outro mantido com uma dieta comum ao dia a dia do padrão americano — com muito fast food, comida processada e açucarada. Os animais que receberam uma dieta semelhante ao padrão “americano” (rica em gordura e açúcar) apresentaram redução no número de bactérias presente no intestino como, Muribaculum intestinale. Essa bactéria está envolvida no metabolismo dos carboidratos.  O estudo também mostrou que as bactérias intestinais são sensíveis à quantidade de exercícios.  Em um corpo saudável, existe um equilíbrio entre organismos patogênicos e benéficos. No entanto, se houver o desequilíbrio, seja pelo uso de antibióticos, presença de doenças ou dieta não saudável, o corpo pode se tornar suscetível a inúmeras  doenças. Elimine o açúcar  O açúcar além de favorecer a obesidade, também pode ter outras consequências a longo prazo no corpo humano, como doenças cardiovasculares, nefropatia e retinopatia diabética e outras.  Comer muito açúcar também pode levar a deficiências nutricionais. Os  alimentos açucarados não apenas deslocam grupos de alimentos essenciais, como proteínas, frutas, vegetais, laticínios e grãos inteiros, mas também esgotam as vitaminas do corpo durante a digestão, como as vitaminas B envolvidas no metabolismo da glicose. Por isso, em vez de ingerir  calorias vazias, como a do açúcar, as crianças precisam de espaço para alimentos nutritivos, esses sim são necessários para o crescimento e o desenvolvimento saudável. As crianças em crescimento precisam de proteínas para o desenvolvimento muscular e gorduras saudáveis ​​para apoiar o cérebro e o sistema nervoso.  Uma criança que ingere grande quantidade de  refrigerante  pode deixar de absorver  quantidade necessária de cálcio, que é fundamental para de ossos fortes.  Dessa forma, incentivar as crianças a desenvolverem o gosto por alimentos naturais sem açúcar os leva a hábitos alimentares mais saudáveis ​​e à prevenção de doenças crônicas na idade adulta.  Leia também::: Cozinhar com as crianças: por que é importante? Família tem papel importante na alimentação  Sempre gosto de frisar —  a família tem um papel importante na educação alimentar das crianças. Afinal, os pequenos aprendem muitas coisas observando o que acontece ao ser redor. Então, não adianta falarmos para eles que o açúcar é ruim, e comer doce o tempo todo, beber  refrigerante, e comer comidas ultraprocessadas e industrializadas. Ou seja, o nosso exemplo é tudo dentro do nosso lar, vamos nos educar para sermos educadores dos nossos filhos, isso inclui também quando o assunto é alimentação. Inclusive, se quiser aprofundar mais seu conhecimento sobre a nutrição materno-infantil, siga meu canal no Youtube e confira os vídeos que posto falando sobre alimentação. Tenho certeza que você vai amar!

Consumo excessivo de fast foods, um alerta necessário!

 “Fast food” ou então comidas rápidas, normalmente  se refere a alimentos industrializados,  em geral, as pessoas consumem  rapidamente, dentro ou fora do local de venda.  Porém, há muitas evidências que comprovam os vários efeitos negativos para a saúde, ao comer fast food em excesso, rotineiramente, tanto a curto quanto a longo prazo. O fast food é normalmente muito pobre em nutrientes, podemos dizer que são alimentos com calorias vazias.  De acordo com um artigo da revista Health Promotion Perspectives e nós sabemos claramente, os alimentos  fast food tendem a conter várias substâncias tóxicas para o organismo, causando inúmeros prejuízos.  É também rico em açúcar, sódio e gorduras saturadas ou trans, bem como em muitos conservantes e ingredientes processados. Em geral, não têm nutrientes benéficos à saúde humana. Ou seja, hoje em dia, já é possível encontrar alguns alimentos para consumo rápido preparados com ingredientes saudáveis e sem a adição de conservantes e corantes.  Ainda bem que a sociedade está se despertando para isso! Sem dúvida, alimentos saudáveis é a prevenção de inúmeras doenças e também sinônimo de qualidade de vida. No texto abaixo, falo um pouco mais sobre o tema e como essa comida industrializada impacta no organismo. Vamos conferir? Impacto de curto prazo Um estudo sugere que comer alimentos com mais açúcar na primeira refeição do dia pode favorece  a pessoa sentir mais fome na refeição seguinte do que se comer uma refeição com baixo teor de açúcar. Os alimentos açucarados não são os melhores em promover a saciedade. Além disso, alimentos ricos em carboidratos aumentam a demanda do corpo por insulina, o que também promove mais fome em um período de tempo mais curto após a refeição. Os especialistas acreditam que quanto mais fome uma pessoa tiver antes da próxima refeição, maior será a probabilidade de ingerir mais calorias do que o necessário. Além disso, outro estudo também apontou que o consumo de altos níveis de sódio pode ter um impacto significativo na função cardiovascular, contribuindo para quadros hipertensivos e a  retenção de líquido. Leia também::: Caldos e Temperos Industrializados Impacto de longo prazo Mas existem muitas pesquisas que mostram que comer fast food regularmente pode prejudicar a saúde de uma pessoa também no longo prazo. E não estamos falando apenas da obesidade não! Isso ocorre porque a maioria dos fast food são  ricos em açúcar, sódio, gordura saturada e gorduras trans, ingredientes processados ​​e calorias, e pobre em antioxidantes, fibras entre  outros nutrientes. São alimentos altamente inflamatórios. Em uma revisão científica identificaram diversos  efeitos danosos, às vezes irreparáveis, associados ao  consumo de fast food. Esses riscos incluem obesidade, resistência à insulina, diabetes tipo 2, hipertensão e outras patologias. Também pode levar a maior inflamação, menor controle de infecções, maiores taxas de câncer e maior risco de doenças alérgicas e auto-inflamatórias. E por fim, um estudo publicado na revista Appetite também sugere que existe uma relação causal entre uma dieta rica em gordura saturada e carboidratos simples — típica de muitos fast food — e uma menor capacidade de memória e aprendizado.  Esse tipo de dieta também pode aumentar o risco de doença de Alzheimer e doença de Parkinson. Leia também::: Obesidade infantil: como iniciar uma mudança alimentar? Precisamos mudar isso! Diante de tantos problemas causados por esse tipo de alimentação, podemos ter sérios problemas no futuro. Inclusive, vemos cada vez mais pessoas comendo fast food, seja pela correria do dia a dia, ou pelo efeito que eles causam no cérebro. Sim! O fast food é altamente palatável e ativa os centros de recompensa no cérebro rapidamente. Mas essa combinação  favorece a preferência  pelos alimentos altamente processados ​​e estimulantes. Isso reduz o desejo por alimentos “in natura”. Dessa forma, precisamos mudar o estilo de vida e os hábitos alimentares, vamos começar pelos nossos filhos e por nós. Devemos sempre preferir comida de verdade, como vegetais frescos, frutas, grãos, e fontes de proteínas saudáveis. Isso nos proporcionará mais qualidade de vida, hoje e a longo prazo, tanto para nós quanto para nossos filhos! Portanto, crie o hábito de ingerir comida de verdade, podendo variar a cada preparo, use a criatividade.  Além disso, alimentos ultraprocessados não promovem saúde  e bem-estar. Preparei um vídeo para o meu canal do Youtube falando especificamente sobre o macarrão instantâneo, confira, vale super a pena. É só dar o play abaixo! Investir em alimentação é: PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE! Juntos faremos a diferença nessa geração!

Quais são os benefícios do kefir para a saúde?

O uso de probióticos na alimentação vem ganhando cada vez mais espaço, principalmente pelos estudos comprovando seus benefícios para a saúde. E um dos “queridinhos” da vez é o kefir, que passou a ser conhecido de forma mais abrangente apenas recentemente, apesar de ser bastante comum em outras partes do planeta. Como muitos outros alimentos fermentados, incluindo kimchi e kombucha, o kefir é uma fonte de bactérias “boas” para o seu intestino. No artigo abaixo, preparei uma lista com os benefícios do kefir para a saúde e como os probióticos são benéficos para nossa microbiota intestinal. Vamos conferir? O que é o kefir do leite? O kefir é uma bebida fermentada feita pela adição de grãos de kefir ao leite e, em seguida, deixa-se fermentar por cerca de 24 horas. O produto é formado pela combinação de bactérias vivas, sendo  conhecida há séculos e o processo se mantém igual ao longo das gerações. Durante este tempo, as bactérias e leveduras nos grãos de kefir transformam os açúcares do leite em ácido lático, fazendo com que tenha um gosto ligeiramente azedo.  Graças à sua consistência cremosa e sabor ácido, o kefir é frequentemente comparado ao iogurte. Além disso, é possível encontrar o kefir puro ou com sabores, como baunilha, mirtilo e morango na maioria dos supermercados ou lojas de produtos naturais. E seus benefícios para a saúde são variados, e amparados por estudos, como listo abaixo: 1. Melhora a digestão Os probióticos podem ajudar a restaurar o equilíbrio do intestino, melhorando assim a digestão. O processo de fermentação também ajuda a quebrar a lactose do leite. Portanto, há algumas evidências que sugerem que o kefir pode ser tolerado por aqueles que sofrem de intolerância à lactose.  Aqueles com uma condição diagnosticada como doença inflamatória do intestino (DII) ou síndrome do intestino irritável (SII) devem consultar um médico ou nutricionista antes de introduzir alimentos fermentados,  em alguns casos, eles podem piorar os sintomas. Leia também::: Probióticos podem prevenir alergias? 2. Pode auxiliar na perda de peso A obesidade tem sido associada a um desequilíbrio nas bactérias intestinais.  Algumas evidências sugerem que as espécies de lactobacilos, ou grupo LAB (bactérias ácido-láticas), como aquelas encontradas no kefir, estão associadas a mudanças no peso, no entanto, mais evidências são necessárias para comprovar a eficácia na perda de peso. Outras evidências sugerem, em vez disso, que os probióticos não diminuem o peso corporal ou afetam a perda de peso/IMC.  Claramente, precisamos de mais pesquisas que comprovam os efeitos do Kefir na perda de peso. 3. Promove a saúde óssea O kefir tradicional feito de leite de vaca é uma boa fonte de cálcio e vitamina K, nutrientes importantes para a saúde óssea.  À medida que envelhecemos, nossos ossos ficam mais fracos, o que pode aumentar o risco de osteoporose e fraturas, especialmente em mulheres na pós-menopausa. O kefir, junto com outros laticínios, é uma fonte importante de cálcio na dieta. 4. Reduz a inflamação A inflamação está envolvida em inúmeras patologias, como artrite, diabetes e tantas outras. Os efeitos anti-inflamatórios e imunomoduladores dos probióticos foram relatados em alguns estudos e tem demonstrado efeitos interessantes em relação aos marcadores inflamatórios, apresentando redução dos mesmos Leia também::: Quais os benefícios do consumo de tâmaras na gravidez? A introdução na alimentação deve ser  em pequenas quantidades Apesar dos benefícios, é recomendado que sua introdução seja feita de forma devagar na dieta.  Uma vez que, pode causar gases, distensão abdominal e outros sintomas digestivos.  De maneira geral, as pessoas com intolerância à lactose podem consumir  o kefir, pois o processo de fermentação converte a lactose do leite em ácido láctico. O kefir é uma bebida fermentada cremosa e com sabor azedo que oferece muitos benefícios à saúde — principalmente pelo  fato de ser um alimento rico em uma variedade de Lactobaccilus, leveduras e também o Kefiran.  Embora seja seguro para a maioria das pessoas, o ideal é sempre conversar com seu nutricionista para saber se, de fato,  o kefir pode ser introduzido na sua alimentação e de toda a sua família. Espero que esse  artigo sobre os benefícios  do probiótico Kefir  seja  útil e você possa desfrutar desse super alimento.  E para mais dicas e muita informação sobre nutrição, siga meu canal no Youtube! 

Exposição ao Bisfenol-A promove riscos na gestação?

O Bisfenol-A (BPA), é um composto químico usado em larga escala na produção de plásticos, devido ao seu baixo custo e também por garantir resistência e durabilidade aos produtos acabados, sendo assim, a indústria tem grande interesse em utilizá-lo na linha de produção. O problema é que ele impacta diretamente na saúde humana e promove riscos à gestação e também ao bebê. O Bisfenol-A é usado na produção de quase tudo que temos contato no dia-a-dia, desde garrafas plásticas de água, recipientes utilizados para armazenamento de alimentos,  e recibos de papel, por exemplo.  O BPA foi produzido na década de 1890, por um químico russo.Inicialmente ele foi considerado para uso como um estrogênio artificial, uma vez que imitava fortemente o efeito dos hormônios estrogênicos no corpo.  Em meados do século passado, o BPA foi empregado na fabricação de plásticos de policarbonato e resinas epóxi, devido a produção de plásticos mais resistentes “inquebrável”  quando aquecidos ou resfriados. O BPA sempre foi  barato e eficaz, daí o uso comercial generalizado desse produto químico extremamente prejudicial à saúde.  Apesar da crescente evidência de que o  BPA está ligado a efeitos colaterais graves, estudos indicam que as pessoas ainda estão expostas a níveis prejudiciais de BPA. Isso provavelmente se deve ao fato de que você pode encontrá-lo em qualquer lugar, seja em garrafas plásticas descartáveis ​​de água, recibos de compras realizadas em supermercados, lojas, postos de combustíveis e tantos outros lugares, brinquedos infantis, em alimentos enlatados e etc.  Para falar mais sobre  essa substância tão presente em nossas vidas e ao mesmo extremamente prejudicial à saúde e capaz de promover  riscos à gestante, preparei o artigo abaixo! Como o BPA afeta a saúde O Bisfenol-A possui atividade estrogênica e, portanto, capacidade de interferir no sistema endócrino.  O BPA  tem sido associado a causa de problemas reprodutivos, imunológicos e neurológicos. Também está ligado a um aumento da probabilidade de Alzheimer, asma infantil, doenças metabólicas, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.   O BPA é solúvel, portanto, gera uma preocupação ainda maior, pois  ao entrar em contato com líquidos ou ao ser aquecido, a ligação formada com o plástico pode se rompida e o BPA pode contaminar os alimentos, seja a água ou alimentos sólidos. Além de poder afetar a reprodução masculina ou feminina, também pode afetar o bebê que está sendo gerado. Afinal, ele atua como um disruptor endócrino, podendo comprometer o desenvolvimento como um todo, com consequências para o resto da vida. Estudos epidemiológicos mostram uma associação entre o BPA e efeitos adversos na saúde perinatal, infantil e adulta. Leia também::: Bisfenol-A: Uma ameaça para a fertilidade Impactos no desenvolvimento fetal As condições necessárias para o desenvolvimento de um feto saudável são bem peculiares e requer uma atenção toda especial. Afinal, alguns eventos nessa fase poderão ter impactos negativos por toda a vida.  Já sabemos que durante a gravidez as mulheres não devem beber álcool ou fumar e que precisam ter muito cuidado com as escolhas alimentares. As mulheres que se preparam para engravidar e as gestantes precisam estar atentas  com os plásticos com os quais entram em contato. Inclusive, um estudo descobriu que o BPA tem um efeito negativo em alguns processos de desenvolvimento fetal. A maneira como isso acontece é preocupante. Essencialmente, o BPA no corpo da mulher atua similarmente a um hormônio, “engando” o sistema reprodutor.  Isso bloqueia ou altera a produção dos hormônios naturais do corpo, isso pode  comprometer a qualidade e quantidade dos óvulos de uma mulher, bem como alterar o DNA do feto e favorecer ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis.  Em mulheres, os níveis séricos de BPA correlacionaram-se com a ocorrência de abortos espontâneos  e até mesmo casos de infertilidade.  A exposição pré-natal ao BPA também foi correlacionada ao aumento do risco de asma infantil. Outro estudo, demonstrou que a exposição ao BPA está associada a menores taxas de crescimento fetal e menor peso ao nascer. Assista também::: Alimentos que gestantes devem evitar O plástico sem BPA é seguro? Existem no mercado  os chamados plásticos ‘livres de BPA’, normalmente, são garrafas plásticas reutilizáveis, no entanto, precisamos ficar atentos.   Sabe por quê? Os fabricantes precisam continuar produzindo os plásticos para permanecerem no mercado. Para isso utilizam o Bisfenol com pequenas alterações na molécula, conhecidas como BPS e BPF. Essas substâncias são extremamente prejudiciais à saúde, como o BPA.  Algumas evidências em relação aos produtos “BPA free” tem demonstrado que a estratégia da indústria em utilizar o BPS não garante segurança aos usuários. Essas substâncias também interferem no sistema endócrino, causando inúmeros efeitos deletérios sobre o organismo, afetando principalmente a reprodução.  Portanto, é fundamental  atentarmos para a nossa exposição ao Bisfenol, seja ele A, S, F e outros que existem no mercado, pois as descobertas dos prejuízos em relação ao uso dessas substâncias estão apenas começando. E de forma ainda mais especial as mulheres gestantes, pois os prejuízos  poderão impactar  por toda a vida de seus bebês, mesmo que ainda estejam em desenvolvimento. Espero que o artigo sobre os riscos que o Bisfenol-A na gestação tenha sido claro. Para aprofundar ainda mais o seu conhecimento, confira meu livro “Epidemia do Plástico – Bisfenol A (BPA): Você precisa saber!” É só clicar no botão abaixo!